27.2. To My Youth

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!Me desculpem pelo capítulo gigantesco, o maior do livro inteiro!

Fico parada em frente ao prédio de dança. 

Uma parte minha acha que eu deveria ter ficado em casa, escondida debaixo dos cobertores enquanto espero adormecer e esquecer tudo o que aconteceu em relação a Diane... E a outra parte acha que eu deveria sair de casa, porque às vezes, ficar naquela mansão me sufoca e depois do que aconteceu no quarto da minha irmã mais velha, sentia estar num verdadeiro forno, com dificuldade para respirar.

Por causa do meu comprometimento com Rowan, acabei vindo até aqui.

Fiz tudo tão manualmente que mal vi o tempo passar, ou prestei atenção nas coisas ao meu redor. Eu estava no modo automático e quando me vi, estava subindo as escadas para a sala de ensaio.

O lugar estava silencioso, o que me faz pensar que os The Leaders acabaram o ensaio mais cedo.

Quando abro a porta, Rowan está sentado no chão, de costas para mim, mas acaba girando o pescoço por não ter sido muito silenciosa – a porta enferrujada também não ajudou.

– Acho que estamos com um problema no nosso acordo, já que você esqueceu uma das regras principais – Rowan diz se levantando, com aquela áurea malvada de sempre, mas... Eu não sei se estava animada para confrontá-lo. – Você está atrasada.

– Desculpa – confesso fechando a porta atrás de mim e cabisbaixa. – Tive alguns problemas em casa.

– Vamos discutir um aumento por você não cumprir o combinado de: sem atrasos – ele tagarela procurando a música em seu celular e aproveito que está quente para abaixar o capuz do moletom rosa. – Aliás, como foi o ensaio com...

Rowan para de falar de repente quando levanto a cabeça para encará-lo. Vejo as linhas do seu rosto ficarem tensos e o espanto fazer os olhos arregalaram. Ele até esquece de digitar o resto da música no celular.

– O que aconteceu com o seu rosto? – ele se aproxima urgente, eu franzo o cenho e começo a passar as mãos em meu rosto.

Quando todo na lateral do rosto, no lado direito, meu rosto arde bastante. Bem no local que Diane tinha me acertado. Deve ter ficado vermelho, já que está causando pontadas de dor.

Depois da nossa briga, custei a sair do quarto. Neguei ir jantar com a família, meu pai até me chamou duas vezes depois, mas insisti que estava com cólica e sem fome. O único momento que me desloquei da minha cama, foi para trocar de roupas e vir para o ensaio no meio da noite.

– Eu... – engoli em seco e ele deixou o celular no bolso da calça, aproximando a mão com cuidado, encostando os dedos na minha pele, mas dessa vez, não dói. – Tropecei no sabonete no banho.

Rowan dá uma risada cruel.

– Essa desculpa foi ótima – Rowan volta a ficar sério. – Uma pena que eu reconheço a marca de um tapa a distância.

– Muitas brigas com Charlie, suponho.

– Boa tentativa de distração – ele dá um sorriso e tira os dedos do meu rosto. – Quem fez isso?

Sua voz é gelada como o inverno.

– Não foi nada, Rowan...

– Foi o seu pai? – Rowan chuta e eu até dou um passo atrás de susto.

– Não, claro que não, ele jamais faria isso – insisto, mas Rowan não está convencido, não me restas dúvidas a não ser falar a verdade. – Foi... A minha irmã mais velha, Diane, nós brigamos feio e... Isso aconteceu.

Teoria da Serendipidade [CONCLUÍDO]Where stories live. Discover now