38. Life Goes On

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Procuro a cabeleira ruiva por todos os cantos do shopping. Ela está um pouco atrasada.

Combinamos nos encontrar no shopping de Millstown às quatro horas da tarde. Não sei como consegui acordar depois da festa de aniversário da Sierra, devo ter perdido o horário de dormir.

Meu telefone vibra, quando vou conferir esperando ver o contato de Becca, dou um sorriso nervoso com o Tia Rose piscando para ser aberto. Entro rapidamente na conversa e as bochechas doem de tanto sorrir com as fotos que ele manda.

Uma com Sierra e seus melhores amigos, com Rowan e eu entrando no meio. A outra é Joshua e eu dançando, com uma sequência com Noah surgindo entre nós. Depois disso, tem uma foto que é Rowan e Sierra, com Logan e Jackie se beijando no fundo.

Meu coração palpita com as próximas. Uma é Rowan e eu dançamos no meio da pista, ambos sorridentes, a próxima é mais de perto, com nós dois rindo, minha cabeça jogada para o alto, enquanto Rowan está com os olhos focados em mim.

A próxima é nós dois na mesa de comidas e bebidas. A foto do beijo. De sorrisos sendo dados para o nada. Umedeço os lábios e rio quando Rowan manda várias carinhas com as bochechas rosadas. Dou uma risada por ser atípico dele agir assim.

Eu penso em ligar pra ele, ouvir sua voz e a sua risada. Estou indo nas chamadas contatá-lo quando olho ao redor e vejo o meu encontro de hoje.

– Desculpa a demora – Becca fala, bufando. – Acabei enrolando em casa.

– Tudo bem – digo guardando o celular, desistindo de ligar para Rowan. – Vamos? Quero ser rápida, combinei com todo mundo para a surpresa ser às oito horas.

– Já pensou no que vamos comprar? – Becca pergunta amarrando o cabelo em um rabo de cavalo alto. – Porque eu não faço a mínima ideia, eu sou péssima com presentes.

– Vamos encontrar.

Puxo Becca comigo para nos inundar com as lojas do shopping. Passamos em frente a algumas lojas, apontei algumas sugestões, mas para a minha decepção, Becca parecia mais área que o habitual.

– Becca? – dou uma cotovelada de lado para ela, que não parava de encarar um gambá de pelúcia na vitrine. – Está tudo bem?

Ela fica em dúvida em falar, meneia a cabeça, passa os dedos pelos fios vermelhos e demora bastante tempo para me responder.

– Nem tanto – ela desabafa.

– Aconteceu alguma coisa?

Becca bufa e finalmente me encara, seus olhos estão apreensivos e os lábios finos mais sérios do que eu me lembre.

– Eu... Iria esperar juntar com Tessa para contar, falaria amanhã porque hoje é o dia do aniversário dela – ela declara e passa os dedos no rabo de cavalo. – Mas eu acho que posso contar pra você e depois para ela, sinto que...

– Quer se sentar em algum lugar? – pego seu pulso com intenção de puxado para um grupo de bancos no andar em que estamos.

– Eu estou bem – ela solta o meu aperto, caminhamos até a sacada do andar, a garota prendendo os braços no parapeito que dá visão dos andares abaixo.

Eu acabo a seguindo, assim que ela desabafa, a armadura dela cai e consigo ver toda preocupação que tanto a aflige.

– E então? – cobro.

– Ontem meu pai chegou em casa bem revoltado – ela comenta após respirar fundo. – Pelo que eu entendi, chegou um caso na delegacia que o deixou bem puto da vida, um menino de dezesseis anos foi expulso de casa depois que os pais descobriram que ele era gay.

Teoria da Serendipidade [CONCLUÍDO]Where stories live. Discover now