O Herdeiro dos Deuses

Capítulo 05 - Viagem ao Arcade

Harry passou os próximos dias apenas se recuperando. Ele usou muito mais magia do que pensava lutando contra Amora e isso cobrou seu preço. Ele tinha certeza que Hermione o teria feito ir ver um curandeiro. Ron pode ter deixado ele se safar, mas não sem alguma maternal ao estilo Weasley. Nenhum dos dois estava com ele, então foi muito fácil ficar deitado na cama, inconsciente, por um dia inteiro. No dia seguinte, ele se levantou da cama para fazer duas refeições completas no mesmo número de horas, apenas para desmaiar novamente.

Não foi até o terceiro dia após o incidente do soco de Deus que ele se sentiu humano o suficiente para se mover. Ele tomou banho, escovou os dentes e tentou controlar o cabelo. Era só ele ou seu cabelo ficou ainda mais indomável depois que ele quebrou os feitiços que Loki havia colocado nele? Harry não podia provar isso, pode ter sido apenas que agora que ele tinha uma visão perfeita, a feição que era seu cabelo estava mais óbvia.

Lentamente, como se tivesse sido colocado sob um feitiço do tempo, ele se vestiu. Seu cérebro parecia mingau. Ele não tinha certeza do que fazer agora. Hermione mencionou no trem que ele deveria considerar pedir aos Vingadores ajuda com a questão de Voldemort. Mas ele os viu contra um usuário de magia. Não tinha sido bom. Talvez se fosse um usuário de magia humana, então eles teriam um tiro melhor, mas a última coisa que ele queria era matar qualquer um deles.

Então, talvez ele devesse simplesmente voltar para a Grã-Bretanha. Ao mesmo tempo, a própria ideia fez seu estômago revirar. Harry olhou para a cama. Talvez fosse melhor apenas deitar e derreter no colchão. Esqueça tudo e se torne nada. Mesmo quando o pensamento entrou em sua cabeça, ele sabia que era estúpido. Ele se sentiu culpado por até mesmo considerar isso. Ele não poderia abandonar o mundo para Voldemort. Não quando ele era o único que poderia salvar alguém dele.

Harry foi até a varanda e olhou para a cidade. Quase tudo havia sido consertado pelo que ele podia ver. Talvez seu pai tivesse usado magia. Ou talvez ser um bilionário significasse que você poderia consertar sua torre instantaneamente. Harry não saberia, graças a todo o dinheiro que seus pais e Sirius deixaram para ele, ele era apenas um milionário. Harry bufou uma risada e passou a mão pelo cabelo. Ele pode muito bem ser um turista por um tempo. Não faria mal nenhum pensar em seu próximo passo.

Harry saiu do hotel e começou a vagar, não queria usar magia e deu a volta a pé pela cidade. Sua magia ainda parecia um pouco instável. Ele foi para o lado trouxa da cidade para explorar ao invés do mágico. Estava quente lá fora, muito mais quente do que Harry estava acostumado. Em 30 minutos, ele percebeu que apenas vagar era capaz de fazê-lo morrer de insolação. Então, Harry se esgueirou para o lugar mais próximo que parecia interessante. Uma arcada.

Ele tinha ouvido Dudley falar sobre fliperamas antes, quando seu primo fez 7 anos em sua festa de aniversário. Harry tinha, é claro, passado o dia inteiro no armário. Duda falou sobre como foi divertido por semanas depois, fazendo Harry ferver de desejo. E agora aqui estava uma arcada. Era um prédio enorme, iluminado principalmente por todos os jogos e consoles. A primeira coisa que Harry encontrou foi uma mesa de câmbio onde ele poderia trocar dinheiro trouxa por moedas.

Tudo naquele lugar era tão diferente de tudo que ele havia experimentado que ele decidiu que poderia enlouquecer. Poucos minutos depois, Harry tinha um copo de plástico gigante cheio de moedas de ouro. Não demorou muito para encontrar um jogo que quisesse experimentar. Era uma montagem completa onde você se sentava em um assento de motocicleta e fingia dirigir contra outros jogadores do computador. Sentar nele lembrou vagamente a Harry de andar de vassoura, então ele colocou o número necessário de moedas e foi embora.

Realmente era bastante fácil comparado a pilotar uma vassoura. Não que fosse menos divertido. Ele disputou algumas corridas, perdendo-se nas pistas digitais. Era entorpecente, mas não do jeito que ele era antes de tudo começar. Não como ele se deitou na cama e não pensou em nada. Sua mente ainda estava trabalhando, e não estava pensando em nada além do jogo. Foi agradável. Não admira que Dudley tenha gostado tanto.