Secondo Capitolo

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Heitor Alvez

São Paulo, SP, Brasil.

Estou dentro do carro em direção a São Paulo, deixando meus filhos com Soren me acalma e me dá coragem de ficar quase vinte e quatro horas sem ver eles.

Eu sou mais do que só apagado a eles, ainda mais depois de tudo que Clara fez durante a gravidez.

Clara foi um relacionamento de uma única noite, que acabou com as consequências mais maravilhosas da minha vida, e depois que eles nasceram a mulher simplesmente foi embora.

Eles já estão com quase um ano e dês de que aprenderam a começar a falar nunca perguntaram da mãe, nem uma vez, e eu agradeço a Deus por isso, mas por contrapartida eles vivem fazendo perguntando sobre Soren, vivem querendo ele, as vezes até acho que serie trocado por ele.

Eu realmente queria que meus filhos fossem mais próximos de Soren, mas Pedro, que eu tenho como um grande amigo meu, vive com ciúmes dele perto de mim, o que eu realmente não entendo, sempre tratei Soren de forma gentil e amigável e nunca dei qualquer indício de algo a mais.

Embora ele me lembre uma pessoa com quem me envolvi no meu passado, mas além de já fazer muito tempo e que isso aconteceu. O menino era a coisa mais linda do mundo, ruivo de olhos azuis, corpo bonito, mas é namorado de um dos meus melhores amigos.

Aos meus vinte e cinco anos eu já perdi demais para me dar ao luxo de perder a amizade de Pedro, primeiro meu pai quando tinha nove anos, aos vinte minha mãe morreu, ambos assassinados pela mesma pessoa, na minha casa, onde deveria ser seguro para eles viveram em paz.

Eu conheci mais minha mãe, e a dor quando eu cheguei em casa e vi o corpo dela sangrando no chão na sala, ela já estava morta e eu não pude fazer nada, isso me afundou na bebida e nas drogas, e foi assim na minha vida, até que conheci aquela pessoa, um ruivo muito parecido com Soren, eu parei para tentar encontrá-lo novamente, mas nunca consegui.

Claro que fiquei com muitas pessoas nesse muito tempo, mas nunca esqueci ele, não me lembro do seu rosto, eu estava muito chapado naquela noite para me lembrar, mas com a maior certeza eu me lembro dos gemidos de prazer dele.

Minha viagem para São Paulo e pela compra de algumas armas, o foco do meu morro e vender drogas e armas, mas as armas somente para criminosos, e com isso nos sempre encomendamos elas com a máfia italiana, sei que é a máfia mais perigosa de todas, mas eu nunca tive problemas com ele e eles nunca tiveram problemas comigo, e espero que continue assim.

Eu na verdade só estou indo porque esse e o maior carregamento que eu já pedi, e como parece que eles já tiveram problemas com o Brasil eu mesmo tive que ir, com dinheiro vivo para o pagamento.

Eu acho que conhecerei uma pessoa importante hoje, e não sei se isso me assusta ou não.

__________*__________

Assim que chegamos em um galpão supergrande no meio da mata, vejo dois homens se aproximando, ambos muito bem vertidos, terno alinhados, parecendo realmente pessoas ricas.

- Você deve ser Heitor Alvez - diz um deles me olhando.

- Sou eu mesmo - respondo encarando-o.

- Me siga - disse ele se virando e começando a andar.

Eu pego uma pequena bolsa onde estava o dinheiro e sigo eles.

Assim que entramos no galpão vejo um homem alto, meio musculoso, com um terno completamente fino, cabelos negros e olhos azuis que me lembravam muito Soren.

Ao lado dele havia um outro homem, ruivo também de olhos azuis, com terno também elegantes, o homem se parecia com Soren, quase completamente, poderiam até ser considerados gêmeos, mas não idênticos.

O homem ao lado direito parecia mais um menino, ano deveria ter mais de dezenove anos, também de cabelos negros e olhos azuis, mostrando que eles provavelmente eram parentes.

Isso se confirmou ainda mais com quando todos eles me olham ao mesmo tempo, e parece que isso penetra na minha alma. Eles com a maior certeza do mundo são parentes.

- Senhores - digo cumprimentando deles.

- Trouce o dinheiro? - o ruivo perguntou me olhando sério.

Mostro a bolsa e logo novamente a jogo no chão. O menino mais novo vai devagar até lá e depois de vistoriar, talvez para saber se não havia nada além do dinheiro, ele recolhe a bolsa e vai para onde estava antes.

- As armas já estão no seu carro - disse o homem do meio ainda me encarando.

- Um prazer fazer negócios com vocês - digo me virando e saindo de lá sem mais palavras.

Giovanni Santinelle

Assim que o homem sai me viro para Samuel com um pequeno sorriso nos lábios.

- Esse pelo menos não me pareceu apavorado – digo com um grande sorriso nos lábios – o que nos torna tão assustadores? Eu sou um anjinho, papa Pietro sempre diz que eu tenho a cara de um anjinho – completei fazendo drama com um pequeno biquinho nos lábios.

- Pelo menos se estivesse com medo não mostrou – Samuel constatou ainda seriamente – o único até agora. E para com isso, sabe que para nossos pais somos pequenos anjinhos, mas você com essa cara de bravo que sempre faz assusta a todos – falou sorrindo minimamente, o que me fez sorrir também.

- Esse é o último do dia – falei me virando e começando a andar em direção ao meu carro – vamos você tem que dirigir – falei jogando a chave para ele.

Samuel vem até mim alguns segundos depois com a chave em suas mãos, infelizmente aqui no Brasil somente pessoas maiores de dezoito anos podem dirigir, uma perda de tempo e da minha paciência, na minha humilde opinião.

- Não arranhe meu carro - peço só de lembrar que meu carro é novo e muito caro aqui no Brasil.

- Sou seu irmão mais velho menino – disse dando um tapa de brincadeira na minha cabeça - quando você tirou a carteira eu já dirigia de olhos fechado a anos – disse brincando.

Eu só posso sorrir com suas palavras.

- Scusa nonno (Desculpa aí vovô) - digo brincando com ele.

- Nonno solo se è il tuo stupido papà (Vovô só se for seu pai idiota) - resmungou emburrado, e eu só pude rir de sua resposta.

Para falar a verdade estou chorando de tanto rir com a irritabilidade de suas palavras.

- Mio padre è anche tuo padre (Meu pai também é seu pai) - resmunguei quando me acalmei um pouco mais.

- Non importa (Isso não importa). 

Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)Where stories live. Discover now