Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)

Quarantaduesimo Capitolo

Eleonora Santinelle

Dia Três

Assim que chego no à galpão, em meu ótimo estado emocional e de espírito, mais do que só pronta para matar Camille Dubois. Eu e minha criatividade já tivemos o trabalho de escolher o que faremos com ela.

Eu só não sei se quando ela abrir a boca, já que eu sei que abrira, se eu não mudarei de ideia e farei outras coisas, ou tudo mais um pouco.

Assim que eu entrei vejo Beatrice me olhando meia nervosa, e sei pelo seu nervosismo que estava me esperando.

Beatrice Santinelle é o tipo de pessoa que para mim seria uma ótima consigliere para a máfia italiana.

Eu ainda me lembro quando eu fui anunciada como consigliere da máfia, isso a duas gerações atras, foi um escândalo, mas quando Edoardo anunciou que Luna seria a sub-chef foi ainda pior. Nos duas, junto com a ascensão de Raika como Capo da máfia alemã foi o estopim para mulher se rebelarem na máfia, o que muito me agrada até hoje, me deixa orgulhosa comigo mesma quando me lembro e vejo mulheres mafiosas como Beatrice Santinelle.

Beatrice me lembra a mim mesma, mas do que minha filha mais velha, os olhares carinhosos, corpo magro, qualquer um poderia dizer que ela é inofensiva, mas eu já vi essa menina cumprindo uma ordem direta, ela não piscou quando matou alguém pela primeira vez, ela não piscou na iniciação no momento da tortura, ela com a maior certeza lembra de mim na sua época.

- Em que posso ajudá-la Beatrice? - pergunto parando a dois metros dela, olhando bem no fundo dos seus olhos.

- Queria saber se eu posso ver - disse ela me olhando esperançosa.

A diferença morreu na minha mente ali, mas logo depois eu me senti ainda mais orgulhosa de mim mesma. Claro que na minha época eu tinha que ficar vendo escondida o avô de Edoardo, que também se chamava Edoardo torturando para aprender tudo, mas agora e só elas pedirem mesmo que não há problema.

- Seus pais sabem que está aqui? - pergunto não me recordado de Bernardo me falar que ela viria.

- Eles não sabem - disse ela sendo sincera - você sabe por que eles estão aqui?

A conversa que eu tive com Bernardo ontem no momento em que eu cheguei na Itália passa na minha cabeça.

Flashback On

Assim que saio do avião vejo Bernardo e um de seus maridos Pietro me esperando ao lado de um belo carro, até mesmo a minha vaidade tem que admitir que o carro e lindo.

- Quão feio o negócio está? - pergunto me aproximando dele.

- Nós temos problemas com a França a anos tia - respondeu Bernardo sorrindo para mim.

- Você não mandaria Isabela me ligar com extrema urgência para mim vir para a Itália? - perguntei olhando para ele com a minha maior curiosidade.

- Pedimos para Isabela deixar para que nos mesmos falacemos com você - disse Pietro sorrindo para mim, que eu calorosamente retribuo.

Sempre gostei muito de Pietro, dês do momento em que eu o conheci. Um que em nenhum momento quis o dinheiro de Bernardo, e só por isso ele já me conquistou.

Vi em seus olhos o medo quando soube que estava gravido dos gêmeos, vi em seus olhos e ouvi o choro sem nenhum amparação quando o filho mais velho dele foi sequestrado, esse menino passou por muita coisa, e vi em todos os momentos a recusa dele pelo dinheiro, pelo luxo e por aí vai.

- Nós achamos Soren - disse ele. Pietro e Bernardo sempre procuraram por ele, fazem vinte e cinco anos e eles nunca conseguiram achar, e agora Pietro chega e fala que encontrou o menino, isso me deixa mais do que só feliz - mas o problema e que ele estava com Camille e Pierre Dubois estavam com ele no Brasil, só que eles sabiam quem ele era e mesmo assim o esconderam de nós.

- Disse Dubois? - pergunto me lembrando vagamente desse nome.

- Eles são uma família muito importante na França - disse Bernardo - o problema é que eles o deixaram passar fome, o maltrataram e quando ele roubou para comer o mandaram para o reformatório juvenil do Brasil.

Digiro as informações por leves segundos.

- Ficarei mais do que só feliz em torturar os dois – digo.

Flashback Off

- Vamos lá - digo começando a andar até a pequena salinha onde Camille Dubois estava.

Vejo a mulher em pê, com as costas apontadas para a porta, onde vejo as lindas marcas de chicote que Isabella deixou.

A família Santinelle é uma coisa muito infantil, dês da minha época. Pelo que Luccas me falou queríamos que eles sofressem mais do que tudo, então dividiram seis dias, mas para essa mulher, só Maria Julia, e agora eu toquei nessa mulher.

Eu passei a noite tendo várias ideias para usar com ela, exerci a minha criatividade mais do que só bem, como se eu fosse uma adolescente de dezoito anos novamente.

- Camille - digo - quero que a coloquem na cadeira novamente.

Em menos de dez minutos novamente, Camille Dubois estava sentada em uma cadeia, com a cabeça baixa.

- Conheci seu pai - digo depois de uns minutos em silencio - hoje minha querida você vai morrer, mas eu vou me divertir um pouco antes.

- Qui es-tu toi-même? (Quem e você mesmo?) - perguntou ela com um pouco de dificuldade.

- Bom eu sou seu pior pesadelo - digo com um grande sorriso no rosto - eu sou Eleonora Santinelle - informo, ela levanta a cabeça e me olha confuso, ninguém no nosso mundo me conhece por esse nome. Minha fama me presede, mas não com esse nome - quero que tragam o marido dela aqui - digo olhando para um homem na porta - uma dica para você Beatrice - digo chamando a atenção da menina no canto da sala - se você realmente quiser ser uma torturadora de elite, nunca se deixe ser conhecida pelo nome.

Vejo o olhar curioso de Beatrice sobre mim, mas não diz nada.

- Só olha e aprenda - digo pegando a será elétrica e sorrindo para ela, que me olha com medo - não é uma coisa tão assim - vejo um homem entrando, o mesmo estava meio arregaçado, mas ainda faltam dois dias para mim me divertir com ele, então eu vou esperar um pouco - Solo per tua informazione. Sono meglio conosciuto nel nostro mondo come la moglie del diavolo (Só para a informação de você. Eu sou mais conhecida no nosso mundo como, a Esposa do Diabo).