Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)

Diciottesimo Capitolo

Soren Oliveira

Segunda-feira.

Assim que acordo corro para o banheiro, maldito estomago que não está segurando nada a alguns dias, nada mesmo.

Assim que me levanto do vaso, depois de colocar todo o meu jantar para fora, ouso um pequeno chorinho de fora do quarto.

Me levanto e lavo rapidamente minha boca, bato meus olhos na cama e vejo Heitor dormindo serenamente na cama, abro a porta do quarto e vejo Adam em pê coçando os olhinhos lindos com a coberta enrolada nele.

- Olá bebê - digo pegando-a no colo.

- Papa - resmungou ele baixinho encostando a cabeça no meu pescoço e ressonando.

Fico estático no chão depois dessas palavras, tenho vivido com eles a mais de um ano, e a seis meses passei a dormir todas as noites com o pai deles, mas daí me chamar de pai é demais para minhas emoções.

Olho para a cama e vejo Heitor me analisando calmamente.

- Eu não falei para ele me chamar assim - digo me sentando na cama.

- Eu sei que não - respondeu ele me dando um selinho e um beijo na testa de Adam - ele te chamou assim da última fez quando você acordou no hospital, entendo por que você ficou assim. Não esquece que tem que ir ao hospital hoje.

- Eu odeio tirar sangue - resmungo nada contente.

- Eu sei - respondeu ele sorrindo - mas nos prometemos a Fredericco.

- Prometemos entre aspas - respondo logo em seguida - eu não prometi nada.

- Mas também não foi do contra - disse ele entrando no banheiro.

__________*__________

Assim que acabo de tirar o sangue vejo Fredericco parado na porta sorrindo tenso para mim.

- Eu te odeio - afirmo me levantado – só estou aqui porque confio em você.

- Você vai me amar se o que eu estou pensado estiver correto - disse ele me olhando mais tenso ainda.

- Talvez... - sou interrompido pela forte ânsia de vomito e saio correndo para o banheiro e vomito todo o meu café da manhã.

- Você está bem? - perguntou Fredericco atrás de mim preocupado.

- Eu só estou com problemas no estomago - digo assim que acabo de vomitar.

- Posso fazer um exame? - ele perguntou atrás de mim.

- Se não for para tirar mais sangue de mim eu aceito - digo sorrindo para ele.

- Não se preocupe - respondeu - eu tirei uma amostra de sangue de reserva.

- Quase me ofendi por me fazer sangrar mais do que deveria - respondo rindo dele.

- Em 30 minutos eu vou confirmar minhas suspeitas - com isso Fredericco me ajudando a levantar.

Heitor Alvez

Assim que chego em casa vejo Soren sentado no sofá, tomando suco na taça de vinho e olhando para um papel.

- Oi - digo indo até ele.

Dou um beijo nos lábios dele que estava me olhando apreensivo.

- O que está acontecendo Soren? - pergunto olhando para ele preocupado