Trentanovesimo Capitolo

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Soren Santinelle

Dou um pequeno passo para a direita, e miro a adaga atirando-a logo em seguida,

Em menos de dez segundo ela atinge o alvo, sei que atingiu ele já que o mesmo gritou de dor, mas eu ainda não vi se pegou bem no meio dos peitos, onde Giovanni me desafiou a acertar.

- Olha só você... - Samuel faz uma pequena pausa antes de continuar - infelizmente para mim e para Giovanni, você acertou.

Olho finalmente para a adaga que estava bem no meio do peito de Walter, que ainda gemia de dor.

- VOCÊ AINDA NÃO VAI MORRER - grito, mas acho que ele nem mesmo estava me ouvindo - TEM GENTE QUE AINDA QUER UMA PEQUENA VINGANÇA CONTRA VOCÊ.

- Acho que estão nos devendo dois mil euros - disse Antony debochado.

- Debitarei na sua conta até a meia noite - respondeu Giovanni nada feliz com a derrota.

- Concordo com ele - constatou Samuel também nada contente.

- Tortura? - perguntou Antony animado, até demais.

- Eu vou ficar fora disso - respondi e logo depois Samuel concordou.

- Chato - resmungou Giovanni, fazendo um pequeno biquinho, olhando para nós dois.

- Eu já estou cansado e começando a ficar enjoado - respondo olhando para ele - e além de tudo ainda estou cansado da viagem de vinda até aqui.

- Eu estou enjoado mesmo - constatou Samuel depois de mim - além de que eu prometi a Mattia que voltaria logo, hoje é o dia de folga dele e prometemos passar o dia juntos. Hoje e amanhã quando vamos ao obstetra – concordou sorrindo feliz.

- Melosos - resmungou Antony.

- Um dia você vai se apaixonar - dissemos eu, Samuel e Giovanni juntos.

- Me dê alguns segundos - digo quando eles começaram e sair de perto de mim e ir até nossos pais.

Chego perto de Waltar, Beatrice já tinha saído de perto, e como Walter e Sofia estavam perto um do outro eu conseguiria falar com eles juntos.

- Acho que isso e um grande castigo da vida - digo rindo deles, que mesmo morrendo de dor me olha com raiva - vocês tentaram de tudo para me fuder na minha vida, mas olha onde eu estou agora - digo abrindo só meus braços - e olha onde vocês estão ai - aponto para eles com deboche - eu sou um médico recém formado, tenho três, pais que me amam muito, tenho irmãos, tenho um namorado maravilhoso, tenho três filhos maravilhosos e mais um a caminho - digo passando a amo no pequeno incluso no pé da minha barriga - eu consegui tudo que eu mais queria.

"Vocês queriam tirar a minha esperança de felicidade a minha vida toda - digo sorrindo amargamente - vocês me tiraram todas as pessoas que gostavam de mim. Como aquele meu coleguinha de escola, depois o Rique e por aí vai - digo e vejo a raiva deles só aumentar - se tivessem me devolvido para os meus pais no momento em que Manon Rossi meu deixou com vocês, seriam protegidos, teriam uma boa vida - afirmo - mas não, escolheram ficar do lado da máfia francesa, e agora vocês estão aqui, vão morrer, mas vão sofrer muito antes disso. Não por mim, eu já dei um presente para você Walter - digo girando a adaga ainda gravado no meio do seu peito, o que o faz gemer ainda mais de dor,

"Eu venci na minha vida - afirmo olhando brevemente para trás - e vocês perderam tudo",

Essa e a última coisa que eu digo, antes de me virar e sair de perto,

Bernardo Santinelle

Assim que Soren, Samuel, Giovanni, Antony e Beatrice saem do galpão com Heitor e Henrique sairão indo para casa.

Ficamos apenas eu, Pietro e Benjamin.

Eu estou com a raiva não a alturas, não que a minha raiva seja todas pelas atitudes dele, Pedro Gustavo Santos, mas esse já tem pessoas procurando até de baixo da terra, mas enquanto eu não o tenho para brincar e acima de tudo descontar a minha grande raiva por tudo que meu filho passou.

Eu não sei como, mas eu uma dor mais do que só absurda ouvir seu filho contando tudo aquilo. Eu consegui a muitos anos atras tirar Pietro dessa vida antes que ele fizesse mais do que só um programa, que no caso foi comigo, mas foi uma noite apenas, e depois eu não paguei, só cheguei e o declarei meu como sempre foi e sempre vai ser.

Eu salvei meu marido daquela vida, e mesmo assim não consegui salvar meu filho dessa dor, eu vi em seus olhos azuis a dor que ele sentiu ao falar sobre aquilo, ao lembrar sobre isso eu vi o mar de dor que eu sentia.

Essa dor também me causava dor, nenhum pai de verdade conseguiria não sentir dor ao ouvir aquelas palavras e ver a dor nos olhos do seu filho.

Chagando perto de Pierre eu já lhe dou um grande soco no abdome, e logo tirei e gravei a adaga que Soren tinha lançado nele.

Claro que fiquei orgulhoso pelos meus filhos serem ótimos apostadores. Soren mesmo fazendo isso pela primeira vez ainda sim acertou em cheio e ganhou mil euros, uma ótima aposta se quer saber.

- Você com a maior certeza e um figlio de uns puttina - digo socando de novo, e ouvindo ele gemer - vocês vão ficar em outro lugar a partir de hoje à noite - digo sorrindo cruelmente para eles - vocês ainda ficaram vivos por mais uma semana, ou seja, sete dias para vocês sofrerem.

- Você vai pagar pelo que fizerem - disse Pietro com um sorriso cruel no rosto - nel peggior modo possibile (da pior forma possível) - completou o mesmo.

Meu olhar se conecta em Benjamin, e pelo pequeno sorriso no rosto eu sei que ele está pensando em algo cruel.

- Cosa sta succedendo, e pensando alla testa creativa, amore? (O que está passando, e bolando na cabecinha criativa amor?) - pergunto chegando perto de Benjamin, e logo depois temos a total atenção de Pietro.

- Sua tia ainda está de férias no Caribe? - perguntou ele.

- Tia Eleonora? - pergunto.

- Ela mesma.

- Ainda sim - respondo e depois me volto para Pietro - eu tenho que comunicar o resto da família sobre a aparição repentina de Soren.

- Ela poderia vir até aqui e nos ajudar - resmungou Benjamin.

- Eu acho que ela adoraria.

- O que acha de privarli del sonno? (privar eles do sono?) - perguntou Pietro analisando os dois.

- Un'altra grande idea amore (Outra ótima ideia amor) - respondi.

- Elettro-shock? (Choque elétrico?) - perguntou Benjamin.

- Uma ótima forma de não deixar eles dormirem - disse Pietro, parecendo realmente gostar daquela ideia.

- I miei mariti sono molto cattivi quando vogliono. Per Dio (Meus maridos são muitos maus quando querem. Por Deus) - falo sorrindo minimamente para os dois.

- Nessuno scherza con i nostri figli e va in punizione (Ninguém mexe com nossos filhos e sai em pune) - falaram juntos, me fazendo sorrir mais um pouco.

- Soffriranno molto per quello che hanno fatto al mio piccolo bambino (Eles vão sofrer muito pelo que fizeram com meu pequeno bebezinho). 

Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)Where stories live. Discover now