Cinquantottesimo Capitolo

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Soren Santinelle

Meus pais se olham e logo depois olham para Mattia, o olhar deles me deixa desesperado.

- Como Heitor está? - pergunto novamente desesperado olhando para eles.

- Heitor foi atingido no segundo osso da região lombar - informou Mattia - ele passou por uma cirurgia para a remoção da bala, mas a cirurgia foi muito complicada - disse ele.

Eu sei que deve ter sido uma cirurgia muito delicada, mas o meu maior medo ainda estava por vir.

- Ele vai poder andar novamente? - pergunto olhando sério para Mattia,

- Heitor teve um grande sangramento, em um dos vasos diretamente ligados a coluna - respondeu o mesmo desviando o olhar do meu - ele ainda não acordou, estamos esperando para ver se ele consegue sentir alguma coisa nas pernas, ou até mesmo mover ela.

- Quão grave foi o sangramento? - pergunto respirando fundo e tentando me acalmar. Mattia me olha um pouco e depois devia o olhar, o que me irrita muito - eu sou médico Mattia, me fale logo quão grave foi o sangramento.

- Muito feio - respondeu o mesmo - você ficou um dia em um estado como coma, Heitor entrou em cirurgia uma hora e meia antes que me chegar, ele só saiu da cirurgia a cinco horas, mas ainda não acordou.

- Você poder trazê-lo para cá? - pergunto olhando para ele esperançoso.

- Eu não sei - disse ele olhando para papa Bernardo, que lhe lançou um olhar que faria qualquer um, menos meus outros pais tremerem na base - vou providenciar isso.

E sai.

Volto a olhar para meu bebê, que estava dormindo calmamente.

- Ele lembra muito você - disse papa Pietro ao meu lado - você era mais quentinho do que ele.

- Meus filhos pai? - pergunto preocupado.

- Seus irmãos estão com eles - disse ele e logo arregalo os olhos, com medo dos meus três anjinhos junto com meus dois irmãos mais novos e Samuel com aquele barrigão - na casa de Hericco e Luccas que estão ficando de olho neles a todos os momentos

- Quase infartei agora - digo sorrindo um pouco - pai você percebeu que meu bebê não foca seus olhos em ninguém.

- Mas reage muito bem ao som - completou ele me olhando, seu olhar primeiro era preocupado, mas depois virou mais suave - eu percebi, mas Samuel era um pouco assim nos primeiros dias.

- Tem certeza? - pergunto olhando para ele, ainda meio preocupado em ser alguma coisa mais que só isso.

- Seu irmão era assim - me garante ele, me passando conforto ao extremo - mas temos que esperar para ver.

- Hai ragione (Você tem razão).

__________*__________

Depois de uns trinta e cinco minutos finalmente a cama de Heitor e posta ao lado da minha.

Eu fiquei lá, alternando o olhar entre ele e nosso bebê, meus pais ficaram comigo, mas eu vi que estavam cansados então os mandei para casa.

La para as nove de noite me trouxeram uma refeição, eu já estou fora de perigo então eu tenho uma boa refeição, nada de comida horrível de hospital.

- Olá senhor Santinelle - vejo a minha médica noturna entrando.

Mattia foi embora a algum tempo, então a doutora Eleana Sailveira que estava me atendendo, ela levou a algum tempo meu bebê para fazer alguns exames.

Vejo a enfermeira atras dela trazendo meu bebê em um carrinho normal, não na incubadora.

- Ele está respirando normalmente - disse ela me olhando admirar o bebê - então decidi tirar ele da incubadora e tirar os respirados.

- Posso pegar ele? - pergunto olhando com os olhos brilhando para meu bebê.

- Claro que pode - disse ele sorrindo para mim - quer ajuda?

- Eu já tenho trigêmeos em casa - digo pegando meu pequeno bebê cuidadosamente.

Meu bebê é muito magrinho, bem levinho.

- Ele e bem levinho - digo olhando para ela preocupada

- No último mês de gestação o bebê cresce - disse me olhando sorrindo - ele está um pouco abaixo do peso ideal, mas considerando o fato dele ser prematuro ele está "no peso ideal" - disse ela entre aspas - eu vou deixar você com o seu bebê e comendo um pouco, qualquer coisa e só chamar.

Sorrio para ela assentindo.

Eu como um pouco, olhando fascinado para o pequeno bebê dormindo calmamente no meu colo. Uma das minhas pequenas estrelas, meu bebê mais novo.

Heitor Alvez

Minha consciência começa a voltar.

Eu sinto dor na parte de trás da minha cabeça.

Escuto um aparelho, e aposto que é um aparelho do coração, antes de abrir os meus olhos as imagens de Pedro entrando no hospital passa pela minha cabeça.

Flashback On

- Em que posso ajudá-lo senhor? - perguntou a recepcionista me olhando.

- Meu namorado, Soren Santinelle, tem uma consulta no obstetra - digo sorrindo falsamente para ela.

A mulher começa a procurar no computador o nome. me viro procurando com o olho Soren, quando o vejo olhando para a aporta na frente do bebedouro.

O jeito rápido que Soren se vira e paga o celular, olho para a porta e vejo Pedro, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, o mesmo aposta a arma em sua mão para Soren.

Corro o mais rápido que eu consigo até lá, e felizmente sinto o tiro pegar em mim.

Vejo o olhar horrorizado de Soren, sei que ele está assustado, eu tento me levantar e ajudá-lo, já que temo por ele e por nosso bebê, mas doí muito, eu não consigo me mexer.

Sinto minhas pernas falharem, até que eu caio de joelhos, e logo depois caio no chão e apago.

Flashback Off

Abro meus olhos repentinamente.

Eu sei que eu estava em um quarto de hospital. O quarto onde eu estava, estava escuro, já era de noite pelo que eu percebi.

Logo depois escuto um pequeno resmungo nada contente, e vejo a luz do banheiro ligado.

Não consigo me levantar, a dor e muita para me levantar.

Alguém sae do banheiro.

- Heitor - a voz de Soren chega até mim.

Finalmente as luzes se assentes, então vejo Soren andando até mim, em seus braços tem um pequeno embrulho azul.

- Mio Dio graças a Dio você acordou - disse ele - pera que eu vou chamar o médico.

O mesmo cuidadosamente coloca o pequeno bebê que estava em seus braços do lado da cama ao lado da minha, em um pequeno "carrinho" e sai do quarto.

Uns minutos depois, Soren entra novamente na sala com um homem ao seu lado.

- Senhor Alvez - disse ele vindo até mim - e muito bom vê-lo acordado.

- O que aconteceu depois que eu levei o tiro? - pergunto e logo depois acrescento - e porque eu não estou sentindo minhas pernas. 

Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)Where stories live. Discover now