Trentaseiesimo Capitolo.

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Soren Santinelle.

- Na mesma hora liguei para Henrique, depois que Manon nos informou que meu querido filho trabalhava para a máfia italiana, nós não poderíamos arriscar que coloca-se semelhança entre Soren e Samuel Santinelle - disse ela olhando para todos nós com nojo - quando você começou a tirar as maiores notas da escola a minha raiva só aumentou, então te deixar sem comer foi instantâneo, e parecia que eu tinha ganhado na loteria, te deixamos lá, e assim nos livramos de você e do problema que teríamos com os italianos, mas pelo jeito não adiantou - murmurou o final bem baixo.

- Sabe onde Manon Rossi está? - pergunto me aproximando.

Eu não sei de onde veio isso, eu só sei que eu estou com raiva, muita raiva, ninguém dessa sala deve ter a mínima ideia.

- De onde veio essa coragem toda seu viadinho de merda? - perguntou Walter debochado, uma péssima ideia.

Dou um passo para trás, e os olhos dele brilham em divertimento, mas eu só pego a arma na cintura de Rique e dou um tiro no ombro esquerdo dele, logo após um gemido meio alto de dor, o mesmo me olha com raiva, mas vejo lá no fundo de seus olhos o medo, e esse medo que ele demonstra para mim me faz sentir poderoso.

- Non lo chiederò una terza volta (Não vou perguntar uma terceira vez) - digo olhando sério para ele, ainda com a arma apontada, mas dessa vez, ela aponta para o seu coração.

- Eu não falaria nada para alguém como você - respondeu o mesmo, com a maior coragem que consegue demonstrar.

Dou um sorriso que nem eu mesmo sabia que consegue dar, e me aproximo dele que ne acompanha cada passo que dou, e quando estou perto o suficiente eu dou um sorriso e abaixo a arma, na altura do pau dele.

- E il mio ultimo avvertimento (É meu último aviso) - digo o encarando.

Vejo o claro medo em seus olhos, continuo com a arma ali, mas a cada segundo aperto mais e mais. Ele me olha e sabe que não estou blefando e eu também sei que não estou.

- Ela está no Brasil - disse ele finalmente - na verdade a uns três anos ela possou a ser nossa vizinha, mas acho que quando chegaram lá ela foi embora o mais rápido que pode.

Viro o olhar para meus pais, mas não é a eles que meu olhar e dirigido, e sim a menina atras de nós, que permanece me analisando com clara curiosidade.

- Cercalo (Busque-a) -digo olhando no fundo dos seus olhos.

A menina nem mesmo pensa em questionar, e sai do galpão, espero que para cumprir o que eu lhe mandei fazer.

Meu olhar se volta para os dois na minha frente, e no momento eu estou com mais raiva do que eu posso esconder, ou ao menos querer esconder.

- Você me paga por todos aqueles anos - digo com a maior calma que eu consigo.

Escuto passos de salto ecoando pelo lugar. Olho para trás de vejo Beatrice, muito bem-vestida me olhando, os olhos azuis dela se encontram com os meus, e depois de entender o que teria que fazer a mesma sorri maldosamente para mim, e eu calorosamente como um bom irmão mais velho retribuo o sorriso.

- Infelizmente para você Sofia... ou Camille, não sou eu ou qualquer um de nós a cuidar de você, as honras serão do Beatrice - digo olhando minha irmã - lhe apresentei? - pergunto debochado - minha irmã mais nova, Beatrice Santinelle. Bom minha madrinha também vai gostar de fazer as honras, mas no momento ela está ocupada, mas tinha certeza de que arrumara tempo mais tarde - digo sorrindo.

- Seria maravilhoso se prendessem eles no teto - disse Beatrice analisando Sofia, que já tremia de medo olhando minha irmã.

- Se desejo é uma ordem – digo.

Vejo alguns homens nas sombras e assim que vem meu olhar vazem o que Beatrice pediu.

Vejo mais três pares de sapados andando em nossa direção, e por puro reflexo eu e Beatrice viramos a cabeça e olhamos ao mesmo tempo.

Samuel e Antony estão se aproximando de nós, ao lado de um outro homem. O mesmo era baixo, pela luz vejo os lindos olhos azuis, cabelos pretos perfeitamente arrumados, com um terno bem alinhado em seu corpo, uma coisa que me chamou a atenção e o piercing na boca, mais especificamente uma argola prata do lado esquerdo da dos lábios.

Reconheci o mesmo assim que o analisei por inteiro, Giovanni Santinelle, meu irmão do meio, o papa Pietro me disse que ele estava viajando para a Grécia. Eu realmente estava louco para conhecer ele.

O mesmo assim que me olha, me dá um pequeno sorriso, que eu retribuo, mas tudo o mais discreto possível.

Eu e Beatrice nos afastamos um pouco, já Antony, Samuel e Giovanni se aproximam de nós. Samuel se colocou ao meu lado, e depois de olhar de canto de olho, involuntariamente estamos em ordem de nascimento.

Eu, Samuel ao seu lado Giovanni, que ao seu lado está Antony e Beatrice na ponta.

Ao olhar a minha frente vejo que Sofia e Waltar estavam amarados em algumas correntes que estavam presas no teto.

- Toda sua Beatrice - disse Antony olhando para ela.

Beatrice vai até uma mesinha ao nosso lado, na mesma hora eu olho para Samuel, e vejo que o mesmo olha para o homem a nossa frente, antes de se voltar e primeiro olhar para Antony e Giovanni e depois para mim.

Seus olhos brilham, como se tivesse uma grande ideia.

- Sua mira e boa? - Giovanni me perguntou, parecendo ter a mesma ideia que Samuel. Convivência extrema isso, só pode.

- Quando eu estou com raiva pode até ser ótimo - digo o olhando.

- Está com raiva? - perguntou Antony olhando para Walter ainda amarrado, nos olhando.

- Um pouco.

- Então vamos praticar tiro ao alvo? - ele perguntou com carinha de inocente.

- Com uma arma ou com as facas? - Antony pergunta finalmente entrando da conversa.

Antes que Giovanni responda, escuto uns múrmuros de conversas atras de nós.

- Acha que é uma boa ideia deixá-los fazerem isso? - Heitor pergunta, um pouco assustado.

Eu também estaria assustado, mas acho que nesse primeiro dia com a minha família eu já me acostumei com ela, e já me adaptei ao que eles e eu mesmo somos.

- Claro que sim - escuto a voz do meu pai Bernardo respondendo - onde acha que nos mafiosos aprendemos a arte da tortura senão em momentos como esse?

- Então eles vão ser usamos como bonecos? - perguntou Heitor desacreditado.

- Camille vai ser como uma boneca de aprendizado para Beatrice - afirmou Benjamin - ela tem quinze anos, está aprendendo. Já Pierre, vai ajudar Antony, que tem dezesseis anos e está aprendendo, e Soren se ele quiser.

Volto a olhar para Samuel, Giovanni e Antony por alguns segundos, antes de sorrir.

- Acho que vou amar as facas. 

Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)Where stories live. Discover now