Cinquantunesimo Capitolo

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Soren Santinelle

Deixei Samuel na casa dele, que felizmente não era longe da nossa casa, e levei Antony para a minha casa, já que as tenções na casa dos nossos pais estão a mil, ele estava sem expressão e não falou uma única palavra na ida, quando chegou em casa ele colocou um sorrindo nos lábios e foi brincar com as crianças, foi uma máscara perfeita, se não tivesse visto ele chorando a poucos segundo pensaria que seu dia foi ótimo, perfeito.

Quando saímos papa Bernardo estava bebendo uísque sentado no sofá, olhando para o nada, perdido em seus próprios pensamentos, papa Benjamin estava olhando para um ponto fixo, parecia completamente perdido, enquanto papa Pietro olhava a lareira, parecia ainda em choque, estava preocupado com eles, mas Samuel estava em pior estado, talvez hormônios, então deixei ele com Mattia, que felizmente não estava de plantão.

Mandei mensagem para Beatrice e disse que se ela não fosse ficar na madrinha dele que fosse para a minha casa, e falei por cima o que aconteceu e pedi que me espera-se que eu contaria tudo, ela estava com Antonella e Pietra, Isabela estava por perto, tenho certeza.

Estou agora no meu carro indo em direção ao apartamento de Giovanni, no centro de Palermo, meu irmão mora em um prédio de luxo no centro da cidade, bem perto da empresa da família, um lugar bonito e cheio de arvores, bem fechado e seguro a alguns meses, de acordo com Samuel ele comprou quando vez dezoito anos antes de viajar.

- Em que posso ajudá-lo? - perguntou o porteiro assim que eu toquei o interfone.

- Sou Soren Santinelle - digo rapidamente - meu irmão Giovanni Santinelle mora no apartamento sessenta e dois no decimo sétimo andar – informei seriamente não muito tempo depois.

- Ah.. Sim senhor Soren - disse o porteiro depois de um tempo – seu irmão deixou avisado a algum tempo que casa o senhor aparece-se era para liberar a entrada – disse logo em seguida liberando a entrada.

O portão se abre e eu rapidamente estaciono o carro na primeira vaga que eu encontro, não estou com paciência e nem tempo hoje.

Entro no prédio e peço o elevador para a cobertura, onde Giovanni mora.

Assim que chego no apartamento, como o dele e como a fechadura digital dele e por palma da mão e a minha já estava cadastrado, eu logo entro no apartamento, só estive aqui uma vez e é limpo e organizado, mas não hoje, estava uma zona de guerra.

Não estava tão bagunçado assim na verdade, porém, comparado à última vez estava organizado, a porta do quarto dele que me chamou atenção, aberta e arreganhada, vou para o quanto dele, e vejo as gavetas e o armário completamente aberto e faltando muitas roupas, logo entendo o que ele fez.

Pego meu celular descendo o mais rápido que minha barriga permite, ligando para minha madrinha.

"Parla, ama la vita della madrina (Fale amor a vida da madrinha) - fala minha madrinha assim que atende o celular".

"Madrina per l'amor di Dio. Papà Bernardo e Giovanni hanno litigato, perché lui è incinta e non sa chi sia il padre, ma ve lo spiego dopo. Non è nell'appartamento, i suoi vestiti sono in disordine e la sua valigia manca, penso che stia lasciando il paese (Madrinha pelo amor de Deus. Papai Bernardo e Giovanni brigaram, porque ele está gravido e não sabe quem é o pai, mas mais tarde eu explico isso. Ele não está no apartamento, as roupas dele estão reviradas e falta a mala, eu acho que ele está indo embora do país)".

Entro no banheiro e vejo o que me parece milhares de testes de gravidez, várias marcas, das mais batatas as mais caras, todos com o mesmo resultado.

"Madrinha ele não está bem, preciso achar ele, se visse o que eu estou vendo entenderia – falo olhando em volta com lagrimas querendo transbordar de meus olhos".

Benjamin Santinelle

Quando os meninos saíram eu ainda fiquei ali, olhando Bernardo, que estava perdido em seus próprios pensamentos, eu, por outro lado, estou irritado ao extremo.

Giovanni é meu filho, eu o carreguei por nove meses, sento dores para ele sair, quase morri dando à luz para ele, peguei aquele pequeno serzinho em meus braços, procurei estar lá em todos os momentos importantes, todas as apresentações, jogos e feiras de ciências, formatura, dando tudo do bom e do melhor para ele comer e vestir, e no momento em que ele mais precisou de mim para defendê-lo de um Bernardo maluco e nem nexo algum eu fiquei quieto e deixei que ele ouvisse aquelas palavras.

Fazia anos que as lagrimas não rolavam tão rapidamente e com tanta intensidade elas rolavam por meus olhos.

- Como pode fazer uma coisa dessas Bernardo - Pietro é o primeiro a falar, ele saiu de seu estado de completo choque e agora estava olhando para Bernardo – ele é nosso filho não merecia ouvir isso – continuou calmo, mesmo que estivesse olhando para ele da forma mais zangada, um olhar que eu nunca vi na vida.

Ao contrário da calma de Pietro eu estava irado de raiva, quando meu choque passa eu me levanto irado e me volto para Bernardo.

- Eu te disse uma vez e vou repetir Bernardo Giusseppe Francesco Santinelle, se algo acontecer com meu filho, meu pequeno bebê Giovanni, eu nunca, nunca, nem no fim dos tempos eu vou te perdoar – falei calmamente olhando no fundo de seus olhos – porque o que você disse para ele ninguém, nem o piro tipo de ser humano merece ouvir do próprio pai, palavra que meu filho não merecia ouvir de ninguém – falei.

Ele não disse nada, não esboçou nenhuma reação apenas ficou me olhando, e isso me deixou com mais raiva ainda.

- Você vai para o quarto de hospedes, ou para a casa do seu pai – digo e Pietro ao meu lado fica apenas em silencio, mas sei que concorda comigo – só... Só fica longe de mim, não posso dividir a cama com o homem que acabou de falar esse tipo de coisas para meu filho, nosso filho, nosso pequeno Giovanni. 

Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)Where stories live. Discover now