Sessantaduesimo Capitolo

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Soren Santinelle

Depois de mais ou menos uma hora e meia, e tanto eu quanto Heitor estarmos morrendo de angústia sentados no consultório o doutor volta com Luigi nos braços.

Eu nem primeiro momento pego rápido Luigi, que logo volta a dormir no meu colo.

- O que meu filho tem? - perguntou Heitor olhando para ele.

- Fizemos alguns exames e constatamos que Luigi está ficando cego - disse ele nos olhando.

- Qual o nome da doença? - perguntei depois de uns minutos.

Meus braços mesmo sem perceber apertavam mais me pequeno bebê contra meu peito.

- Catarata - respondeu ele - catarata e mais normal em pessoas idosas, só um caso em sete mil com crianças, para bebês o dado e ainda menos, um caso em noventa mil - disse ele só servindo para eu apertar mais Luigi em mim - nós podemos fazer uma pequena cirurgia para parar o avanço da doença, mas a cirurgia recomendada para ele talvez recuperar toda a visão só pode ser feita depois dos vinte anos - informou ele.

- Como assim? - Heitor perguntou olhando para ele sem entender.

- A taxa de sucesso da cirurgia antes dos vinte anos e menor que 12% - disse ele nos olhando - mas podemos fazer uma simples cirurgia nos olhos dele que vai fazer a propagação da cegueira pagar.

- Então ele ainda pode ver? - perguntei.

- Ele hoje deve estar enxergando tudo escuro, o que é normal, mas em geral ele pode ver a silhueta de vocês, mas não necessariamente os rostos - disse ele nos olhando.

- E depois da cirurgia? - perguntou Henrique - como ele provavelmente vai ver?

- Ele provavelmente vai continuar vendo só a silhueta com se ele estivesse em um quarto escuro e vocês abrissem a porta e bem atras tivesse uma luz - explicou ele.

- Quando ele vai fazer a cirurgia? - perguntei olhando para ele.

- Podemos marcar para depois de amanhã a cirurgia - disse ele pegando o prontuário de Soren.

- Ele já nasceu com catarata? - finalmente perguntei.

- Pelo estágio que ela está, talvez sim - disse ele dando um suspiro - talvez ele já tenha nascido com ela, mas seria impossível de detectar se fosse o caso.

Sabe aquele momento que a culta te consome, eu tive todos os sinais, mas por alguém motivo eu não percebi, ou não queria perceber, eu não sei.

- Muito bem - disse Heitor tomando a frente de tudo - amanhã que horas devemos estar aqui?

- As sete e meia - disse ele.

Eu ainda estava estático, com Luigi no colo, parecia um pesadelo, um pesado e eu queria acordar logo.

__________*__________

Luigi já está em cirurgia a sete horas, eu não estou só preocupado, eu já estou desesperado.

- Fique calmo amor - disse Heitor segurando minha mão.

- Não era para demorar tanto - digo mais nervoso a cada segundo.

- Se algo tivesse acontecido já tinham nos avisado - disse ele me lançando um sorriso forçado para mim.

Depois de mais dez minutos finalmente vimos o cirurgião de Luigi vindo até nos.

- Senhores - disse ele chegando perto de nós - vocês devem ser os pais de Luigi Santinelle.

- Somos - concordou Heitor.

- Como este nosso bebê? - perguntei logo em seguida.

- A cirurgia foi um sucesso - disse ele dando um sorriso calmante - nos constatamos que o dano não estava tão avassalador como pensamos, então constatamos que com sus dezoito anos ele pode fazer uma cirurgia e dependendo o estado lá, ele pode voltar a enxergar completamente normal.

- Podemos ver ele? - Henrique perguntou.

- Claro que podem - disse ele.

Nós o seguimos até a UTI, onde ele estava em uma incubadora.

Tão quietinho.

- Ele vai ficar bem amor - disse Heitor.

- Tomara que você tenha razão - digo baixinho.

Três Anos Depois

- Não fique nervoso - disse Samuel atras de mim.

- Como não ficar nervoso? - pergunto me virando para ele - estou bonito?

- Você sabe que você está lindo - disse ele me olhando sorrindo.

A posta se abre, e entrando vejo Luigi, ele passa por Samuel sem maiores dificuldades e vem até mim

- Oi meu amor - digo dando um beijo na testa dele - você não acha que ta grande demais pra pedir colo? - pergunto rindo

- Meus olhos doem papai - disse ele baixinho.

Vou até uma pequena mala que eu trouce o Vision Pro, um remédio que o médico nos receitou caso ele tivesse dor.

- Toma amor - digo dando uma garrafinha de água para ele junto com a cápsula.

Não existe uma versão liquida desse remédio, então Luigi aprendeu a tomar a capsula.

- Via passar amor - digo passando a mão nos cabelos dele.

Luigi fez a cirurgia a três anos.

A recuperação foi dolorosa tanto para nós quando para os meus irmãos, que ficaram muito com Agatha, Amalia e Adam, já que Luigi vivia chorando com dor depois da cirurgia, e as crianças acabavam acordando durante a noite.

Hoje as coisas estão melhores, tanto que ano que vem Luigi vai começar na escola. Meus bebês mais velhos estão com sete anos, eles são muito protetores com Luigi, e sempre entendem quando as vezes, mas quase nunca acontece, nós temos que remarcar as coisas que fazemos com eles para ir em uma consulta.

- Pai - vejo Agatha entrando no quarto com um lindo vestido branco, igual ao meu terno - faltam um minuto.

Olho para Samuel, e ele sorri para mim.

- Já está na hora - digo olhando nervoso para meu irmão.

- Já está não hora - concordou ele sorrindo.

__________*__________

Assim que chego na casa do meu avô, vejo meu pai me esperando. Samuel já tinha ido para o seu acento.

- Preparado meu amor? - pergunto ele me olhando.

- Se eu disser que não - digo sorrindo nervoso.

- Eu vou estar com você - disse ele me dando um beijo nos meus cachos.

- Não me deixa cair pai.

- Nunca. 

Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें