Quarantaquattresimo Capitolo

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Soren Santinelle

Meus dias estão sendo mais calmos do que esperava, venho me conectando cada vez mais com meus pais, meus irmãos e minha família em geral, eles são incríveis, os melhores pais do mundo.

As crianças também estão gostando, ainda mais porque meus pais os mimam muito, Benjamin disse que é porque são os primeiros netos que eles sempre quiseram, mas que Samuel os estava fazendo esperar demais, eles amam as crianças.

Ainda não conheci Mattia, o marido de Samuel, mas pelo que me disseram ele é um cara legal, além de ser médico.

Tenho estado próximo dos meus irmãos também, estou tentando conhecê-los o máximo que posso, ainda mais Beatrice e Antony que vão voltar logo para a escola no começo da próxima semana, em especial Antony.

Meu irmão mais novo é bem calmo e tímido, chega a ser engraçado como ele é retraído com todos, mas está se mostrado aberta comigo, assim como Giovanni que vem me visitar todos os dias.

Tinho andando mal esse tempo, o médico que visitei esses dias, ele disse que apenas é a mudança de temperatura e de geografia, meu corpo está se adaptando e que logo voltaria ao normal.

Estou extremamente cansado e enjoado, então estou descansando agora com Antony ao meu lado conversando comigo.

- Se não gosta de lá por que ainda estuda? - perguntei enquanto falávamos do internato que ele e Beatrice estudam.

- Papá Bernardo estudou lá, tia Isabela, tio Luccas, tio Luca e todos os nossos tios estudaram lá - disse calmamente dando de ombro - Samuel e Giovanni também, todo mundo de nossa família estudou no Le Rosey, além de ser a melhor escola do mundo - falou como se fosse obvio, e eu apenas sorri para ele.

- Mesmo assim, se você não gosta da escola deveria falar com nossos pais e sair - falei calmamente.

- Soren irei estudam em Le Rosey, príncipes e princesas, filhos de pessoas muito famosas e ricas, filhos de empresários que sejam o futuro do mundo - disse e eu apenas concordei ouvindo-o - é uma escola de elite e eu sou um dos melhores alunos do meu ano, nossos primos estudam na mesma sala que eu, até que gosto de lá, mas as pessoas são outra coisa - disse meio desconfortável com a conversa.

Paramos por segundos a conversa quando sorrio e resolvo mudar o assunto.

- E quando vai voltar? - perguntei.

- A cada duas semanas voltamos para o final de semana - disse feliz - volto em Venerdì na parte noturna e fico até Lunedì de manhã, já que só tenho as aulas da tarde de Lunedì - falou.

Antony iria falar alguma coisa, mas percebemos Heitor parado nos observando.

O menino fica meio tenso, assim como fica perto de qualquer pessoa.

- Vou deixar que conversem - disse se levantando e sorrindo para mim e depois sorrindo meio envergonhado para Heitor, antes de sair rapidamente de perto de nós.

Heitor Alvez

Viver com os sogros é uma coisa anormal para mim.

Os pais de Clara tinham morrido anos antes de pensarmos em nos conhecer, e ela foi a única namorada que tive, agora estou aqui na casa deles, parece que Bernardo Santinelle me observa a casa passo que dou, se eu der um passo errado é capaz dele me mantar.

As crianças estão com o senhor Pietro e Benjamin Santinelle, então esse é o momento em que chego para falar com meu namorado. Soren estavam descansando, ele vem se sentido bem enjoado ultimamente, então venho cuidando das crianças como posso, mas seus pais são os que mais ficam com eles, como avôs babões.

O médico disse que era normal, mas mesmo assim estou preocupado com ele, por mim ficaria sempre de olho, mas as crianças precisam de atenção, mesmo agosta estando com os pais de Soren.

Assim que chego no quarto que eu e Soren dormimos nos últimos dias vejo que ele estava em uma conversa empolgada com seu irmão Antony.

Fico observando-os por um tempo, eles falavam sobre a escola de Antony e como ele teria que voltar em algum tempo para Le Rosey, na Suiça, mas que viria a cada dois finais de semana para visitar.

Não demora muito para que percebessem minha presença e para que Antony nos deixe a sós.

Me aproximo e me sento ao seu lado, o ruivo me lança um olhar e um sorriso calmo, não falo nada por alguns segundos, coloco calmamente sua mão na sua barriga e faço carinho, o fazendo sorrir ainda mais.

- Parece desconfortável - falou algum tempo depois me olhando curioso - aconteceu alguma coisa? - perguntou logo em seguida muito preocupado.

- Só é desconfortável morar com meus sogros - admito de uma vez, sabia que subi para falar com ele sobre isso, então dar círculos não faria sentido nenhum - seu pai e Henrique me odeiam! - afirmei logo em seguida.

- Eles não te odeiam - disse me olhando sério, e eu apenas sorrio e discordo - Heitor eles não te odeiam, apenas são protetores demais comigo. Henrique sempre foi próximo de mim, de nada fomos separados, e tem meu pai Bernardo ele me perdeu uma vez e de acordo com meu pai Pietro ele é muito ciumento - explicou calmamente.

- Eles me olham como se fossem me matar a qualquer momento - falou fazendo-o rir ainda mais - tenho medo de estar dormindo e eles me matarem - admito segundos depois.

- Eles não fariam isso - disse - mas se quer saber e se sente desconfortável podemos mudar, podemos comprar uma casa aqui perto, o que acha? - perguntou calmamente colocando sua mão em cima da minha.

- Faria isso por mim? - perguntei calmamente - você acabou de conhecer seus pais e seus irmãos quer saber tudo sobre eles, é mais fácil estando aqui para se conectar a eles - digo preocupada com ele só querer me agradar.

- Pensei em um lugar aqui perto - falou logo em seguida - além disso as crianças vão adorar ter uma casa própria e nós teríamos nossa privacidade - falou dando no ombro.

Olho nos seus olhos por alguns segundos antes de me jogar e beijar seus lábios.

- Amo você - digo assim que nos separamos beijando seu rosto.

- Também te amo seu idiota.

Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)Where stories live. Discover now