Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)

Ventinovesimo Capitolo

Soren Santinelle

- Acho que agora que todas as emoções pararam, acho que você tem várias perguntas, não é mesmo Soren? - perguntou Benjamin me olhando.

- Eu realmente tenho algumas perguntas.

Olho para Heitor, o que vem na minha mente e a conversa que eu tive com ele no avião vindo para cá.

Eu pensei bem sobre o assunto e depois de uns dez segundos decidi que realmente não me importo com a resposta negativa ou positiva.

Flashback On

- O que você tanto pensa? – perguntou Heitor ao meu lado.

- Estou enjoado – respondo nada feliz com o maldito enjoo que estava praticamente estourada em mim, dês do momento em que o avião decolou – mas o que está me fazendo perder o sono é que acho que tem mais nessa história que eles não me contaram.

Digo apontando para o sr. Simon e Fredericco conversando baixo, as vezes no olhavam e depois voltavam a conversar.

- Lembra quando eu pedi para você ficar com as crianças? – ele pergunta e eu só o olho confuso – a vez que você terminou com Pedro.

- Lembro – respondo de imediato.

- Eu fui resolver um carregamento de armas – disse ele baixinho, no meu ouvido mais especificamente no meu ouvido bem baixinho – eu sempre comprei armas da máfia italiana, que pertence à família Santinelle .

Me afasto de Heitor o olho no fundo de seus olhos. Posso perceber que meus olhos estão arregalados.

- Fala sério? – pergunto descrente.

Máfia?

A família Santinelle é mafiosa?

Eu ouvi tantas coisas das boas sobre meu pai Pietro Santinelle, que só de pensar que ele e um mafiosos perigoso me dá um negócio no estomago.

Os meus olhos em Fredericco e no sr. Simon e o mesmo na mesma hora estava me olhando, ele sorriu amorosamente para mim antes de voltar a conversar com o filho.

Como alguém que acabou de me dar um sorriso daquele pode ser um mafioso?

Será que ele é da máfia?

Será que sabe que o filho é da máfia?

Será que Fredericco é da máfia?

Que bosta de incerteza.

- Eu acho que conheço seu irmão gêmeo – continuou dizendo ele baixinho – naquele dia, e se eu estiver certo eu conheci não só seu irmão gêmeo, mas também outro irmão seu, e o pior seu pai – disse ele e vejo que o mesmo está começando a entrar em pânico.

- Por que está entrando em pânico idiota? – pergunto não entendendo sua reação.

- Se eu estiver certo seu pai é só praticamente o dono do mundo – respondeu o mesmo – e eu estou em um relacionamento com o filho perdido dele, já tenho três filho e mais um a caminho. Ele vai cortar meu pau.

- Acha mesmo que eles são mafiosos? – pergunto.

- As feições de Fredericco não me são estranhas, nem o sobrenome dele, sabia que já tinha ouvido em algum lugar só não conseguia dizer onde – respondeu ele dando um longo suspiro – mas depois que eu conheci seus pais, eu consegui ver a silhueta do revólver na cintura dele, além do fato de Luca Santinelle ser o Subchefe ou o Capo da máfia americana a alguns bons anos – respondeu o mesmo me olhando no fundo dos olhos.

- Oque? – pergunto confuso – o que é Capo? E o que é SubChef?

- Capo é tipo o chefe de tudo – respondeu – tudo que acontece nos Estados Unidos passa pelo Capo americano. Claro que todo líder tem seu braço direito, e isso seria o SubChef, o pai desse menino e um do dois, tenho certeza. 

Maldita sorte de gerico.

Flashback Off

- Vocês são mafiosos? – pergunto de uma vez

Olho a todos ao nosso redor, meu pai Bernardo e meu pai Pietro estão estáticos no chão.

Nossa é tão bom chamá-los de pai, foi tão rápido, mas na minha cabeça faz completamente sentido chamá-los assim.

Vejo Samuel e Antony me olhando com os olhos arregalados, e ao mesmo tempo abaixam a cabeça. O se. Simon e Fredericco imitam o gesto e também abaixam a cabeça.

Benjamin assim como Antony por outro lado só me encaram e ambos sorriem de lado, antas de assentirem.

- Sorte de gerico – resmungo, mas logo depois dou um sorriso

- Não vão surtar? – Samuel me pergunta surpreso.

- Eu não – respondo fazendo carinho nos cabelos de Adam, que aceita gentilmente o carinho e volta a dormir profundamente.

- Eu falei que ele não se importaria – disse Fredericco sorrindo.

- Não me venha com essa – digo sorrindo debochado para ele – eu vi o que aconteceu na festa do Theo – com essas palavras Fredericco fica branco e todos olham para ele com dúvida sobre o assunto – eu quero ver contar para ele sobre isso.

- Cazzo (Porra) – disse ele pegando o celular e saindo de casa, com Amalia ainda nos braços.

- O que foi isso? – perguntou Beatrice ao meu lado, olhando para a porta.

O sr. Simon e eu trocamos olhares cumprisses, já que apenas nos dois vimos o que aconteceu na festa.

- Um dia você saberá – responde o sr. Simon – eu vou ver o que ele está fazendo e Soren, tome cuidado com o que vai falar agora – ele diz e eu olho para ele sem entender – seu pai matara aquela pessoa sem pensar duas vezes.

- Que pessoa? – perguntaram os dois curiosos.

Na hora os olhos de todas as pessoas da sala se focam em Heitor, que só arregala os olhos.

Heitor Alvez

Quando os olhos azuis se focam em mim eu tremo na base, tremo completamente na base, o que faz com que Agatha choraminguem em desconforto no meu colo.

Não vou mentir estou com medo, estou na casa dos maiores mafiosos do mundo.

Bernardo Santinelle é o Capo da máfia italiana, Samuel Santinelle é um dos melhores torturadores do mundo, eles são as pessoas mais influentes do mundo atualmente, ninguém em sã consciência bate de frente com os Santinelles, só os franceses, mas os Santinelles podem destruí-los se quiserem, embora não soubesse o porquê eles não fizeram isso ainda.

Mas eu? Eu sou só um homem que chegou aqui com o filho deles de vinte e cinco anos, que eles estão reencontrando depois de todo esse tempo.

Detalhe, nós já temos três filho e o quarto a caminhos, eu estou morrendo de medo de que Bernardo Santinelle arranque minhas bolas.

Ainda tem a história do Pedro se eles não arrancarem minhas bolas por ter engravidado o filho deles ou por outras coisas eles com a maior certeza arrancaram quando descobrirem que dentro da minha casa Soren sofreu um dos maiores traumas de sua vida.

- Ele não fez nada – disse Soren dando um longo suspiro – acho que éemelhor todos se sentarem porque eu vou contar tudo para você sobre mim.

- Tem certeza disso? – pergunto preocupado com isso.

Eu estudei minunciosamente todo o passado de Soren, não que eu tenha falado isso para ele.

O passado de Soren com a família adotiva dele não é nem um pouco fácil, e me preocupa dele estar pela primeira vez que eu saiba falando sobre isso.

- Eu tenho certeza – respondeu ele me lançando um sorriso que ao mesmo tempo e confortante, mas nervoso – eles precisam saber, para me entenderem.

- Está me deixando preocupado – disse o sr. Pietro ainda até Soren e praticamente o pegando no colo.

- É melhor todos se sentarem antes que eu comesse a falar.