Quindicesimo Capitolo

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Heitor Alvez

Meu Deus.

Assim que os lábios de Soren encostam nos meus, uma corrente elétrica passa por toda a extensão de meu corpo.

No começo eu fiquei completamente em choque, mas assim que me recuperei logo retribui seu beijo

O gosto dos lábios de Soren é maravilhoso, em um segundo estamos um do lado do outro, e no outro Soren estava no meu colo em um beijo ardente. Com minhas mãos exploro seu corpo, é um lindo corpo, bem esculpido, uma cintura não fina, mas definida. Os cabelos dele que não estavam tão grandes, mas nem tão pequenos, todo cacheadinhos.

Ele estava apenas de cueca, e assim começo a fazer carinho nas coxas dele, que estavam sem nenhum pelo.

- Pera - disse ele ofegante se afastando de mim - isso não deveria acontecer - resmungou mais para si mesmo do que para mim.

- Você não quer isso Soren? - pergunto tirando as mãos dele de mim.

Em nenhuma hipótese eu quero que o mesmo se sinta obrigado a fazer isso, eu quero, mas respeitarei a vontade dele acima de tudo, não importa o que ele queira.

- Não é isso - disse ele finalmente me olhando - eu não sei se aguento ficar de novo com você, para você acordar no outro dia sem saber o que aconteceu - ele resmunga novamente baixinho desviando o olhar do meu e abaixando a cabeça e a escorando no meu peito.

- O que quer dizer com isso? - pegando seu queixo e o ergui, para olhar no fundo dos seus olhos - o que quer dizer com isso? Onde ficamos a primeira vez Soren?

O olhar que ele me lançou alguns segundos depois foi chocante para mim, ele estava chocado com a minha falta de memória sobre o assunto.

- Fazem uns sete anos - disse ele baixinho me olhando - eu ainda era um... - a pausa e o receio é algo mais do que só perceptível na sua voz - um prostituto na época - diz ele em voz baixa - foi apenas uma noite normal para mim na época, mas aí você apareceu, e foi tudo diferente. Foi intenso e muito bom, e pela primeira vez na vida eu senti realmente prazer quando eu fiz sexo, mas aí o outro dia chegou - disse ele desviando o olhar e respirando fundo - quando eu acordei você ainda estava dormindo, estava agarrado a você, e eu ainda me lembro que isso me fez corar violentamente de vergonha, me levantei devagar e comecei a andar pelo quarto de hotel que estávamos, até que você finalmente acordou... - a pausa dramatica que ele fez me deixou um pouco tenso.

Eu me lembro vagamente da noite, mas se ele for a pessoa que eu estou pensado, lembro-me de fleches de memória da noite com o anjo ruivo e da manhã, mas nunca me lembro do rosto dele, mas sempre me lembro dele.

Eu procurei por ele, tentei encontrar ele no mesmo lugar na noite do dia seguinte, e no outro dia e nos dias que sucederam a ele, mas nunca o encontrei.

- Eu não me lembrava do seu rosto - digo beijando sua bochecha, o fazendo sorrir auditivo - eu te procurei.

- Me procurou? - o olhar de surpresa de me deixou com o coração na mão - por que me procurou?

- Eu sempre te procurei - garanto olhando para ele.

- Por quê?

- Porque eu nunca me esqueci de você - respondo beijando o canto da sua boca - eu te procurei que nem um louco depois daquela noite, mas como não conseguia me lembrar do seu nome ou do seu rosto, mas mesmo assim eu não desisti de te encontrar.

- Pedro costumava morrer de ciúmes por isso - diz ele baixinho dando uma pequena risada. Uma risada que fez tempo que eu não vejo no lindo rosto dele - eu costumava dizer que já era mais do que só passado, mas acho que ele nunca acreditou em mim.

- Quando vocês se conheceram? - pergunto olhando em dúvida.

- Naquele mesmo dia - respondeu ele me olhando nos olhos - ela foi te procurar, eu estava me vestindo, depois disso acabamos nos encontramos ao acaso algumas vezes até que ele começou a me ajudar e depois veio o relacionamento.

Olho um tempo para ele, uma raiva vem de dentro de mim, uma raiva de Pedro que só senti naquele dia.

- Pedro te viu no quarto naquela noite? - perguntou segurando minha raiva o máximo que eu posso.

- Ele me levou para casa - respondeu dando no ombro - e depois disse que voltaria para te ajudar.

- Então deixe-me ver se entendi - digo não conseguindo mais conter a raiva - o filho da puta do Pedro sabia que eu estava te procurando igual um louco e mesmo assim não me contou que você era a porra do namorado dele?

- Eu acho que sim - responde ele.

- Considerava ele meu melhor amigo - resmunguei bravo.

- Considerava ele uma das melhores pessoas da vida a menos de dois anos - respondeu ele me olhando nos olhos.

Soren me olha um pouco antes de finalmente me beijar novamente. O gosto do beijo dele continua igual ao primeiro beijo que demos, a mais ou menos sete anos atras, lembro-me claramente do nosso primeiro beijo, um beijo gosto, creio de paixão, bem parecido com esse que estamos dando agora, só que na ocasião a sete anos atras estávamos nus.

- Da última vez que fizemos isso estávamos nus em uma cama - disse Soren me olhando com desejo.

Pego Soren no colo e subo as escadas. Não podemos tirar as roupas no meio da casa, ou transar no sofá, eu tenho filhos não posso ser irresponsável a esse nível, mas no meu quarto ninguém vai nos incomodar.

Assim que chego no quarto jogo ele na cama, o que o faz gargalhar meio alto.

Fecho a porta e como meu quarto e a prova de sol ninguém ouve nada que fazemos, o que me deixa mais tranquilo.

Soren Oliveira

Assim que Heitor fecha a porta do quarto eu me atirei em seus braços e passei a beijá-lo e ao mesmo tempo tirávamos nossas roupas, rapidinho fiquei peladinho sentado ao seu lado.

Heitor me pediu para ficar de pê para ver meu corpo, eu não tive o que reclamar então só me levantei completamente nu e fiquei na sua frente.

- Como eu senti falta desse corpo - disse ele me fazendo rir.

- Eu me senti quase ofendido - digo rindo da cara dele - se me ego não fosse tão grande ficaria ofendido por se lembrar do meu corpo e não do meu rosto.

Antes que ele possa falar mais alguma coisa eu fiquei de costas pra ele mexendo no meu bumbum para aumentar o seu tesão e quando me virei o encontrei completamente nú com um belo cacete nas mãos e não resisti àquele pedaço de carne duro feito um pedaço de pau e caí de boca.  

Aquele Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 03)Where stories live. Discover now