Capítulo 40 - Alucinações

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Capítulo Quarenta — Alucinações

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Capítulo Quarenta — Alucinações

Ponto de vista de Sophia Hummel

Eu fecho os meus olhos levemente, sentindo as partículas de neve caindo sob a minha pele. A sensação é tão maravilhosamente reconfortante. Faz-me recordar do chocolate quente que a minha mãe fazia toda noite antes de dormir em minha infância. Como eu daria tudo para que ela pudesse acordar daquele coma.

Inspiro profundamente o cheiro extremamente agradável que exala das rosas.

― Você ainda está aí? ― Nicholas chama a minha atenção, saindo da casa. — Não sabia que você gostava de jardinagem. Eu aposto que não chegou a ver as flores do jardim do prédio dimensional. É bem cuidado, com diversidade em flores paranormais.

― Então, você também gosta? ― Pergunto, curiosa.

― Eu não. ― Ele responde rapidamente. ― Já minha mãe, louca por jardinagem.

Estreito o meu olhar ao ouvir, pela primeira vez, ele mencionar a sua família. Obviamente, as suas barreiras agressivas não estão presentes, o dia de hoje está sendo uma novidade.

― E quais são as flores favoritas de sua mãe? ― Curiosa, eu insisto novamente na conversa.

― Orquídeas. ― Nicholas responde, enquanto eu posso perceber um esbouço de um leve sorriso em seu rosto, como boas lembranças.

― Eu gosto de todas. ― Encanto-me pelo assunto. ― Mas eu tenho um amor secreto pela Tulipa Semper Augustus. Sempre tive o sonho de poder vê-la pessoalmente.

― Você sonha em conhecer flores? ― Nicholas faz uma careta em desgosto. ― Deveria sonhar com algo maior.

― A felicidade possível nos sonhos está nos olhos de quem vê. ― Sorrio. ― Eu gosto das flores, a simplicidade é algo revigorante. Além do mais, elas possuem um aroma maravilhoso, e uma beleza tão encantadora.

Estranhamente, sinto-me satisfeita e até curiosa pela conversa de caráter tão comum que nós estamos a ter. Repentinamente, eu noto que um táxi estaciona próximo a nós.

― Aproveitando, vamos comprar nossos vestuários. — Nicholas diz. Apenas assinto, afirmando em resposta, e assim nós adentramos o táxi chamado por ele.

Não demorou muito ao chegarmos em um imenso shopping. Ao adentrar a imensidão do local, por um momento, eu quase esqueço de minha realidade. Suspiro aliviada. Inconscientemente, este destino tão comum traz sensações de liberdade.

Nicholas nos guia por diversas lojas, porém, quase não direciona sua palavra a mim, muito menos opina em qualquer escolha das vestes.

Incomodo-me por seu gosto ser tão exorbitante. Devo confessar que ele tem bom-gosto, mas nem de longe caberia em meu orçamento. Enquanto ele esbanja em lojas de grande nome, eu opto por lojas com grande liquidação, cabendo assim na minha conta bancária.


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