Sinopse:
Em meio de uma época de sequestros intencionando fortalecer o mercado negro, os moradores costumeiros de uma pequena cidade acreditavam intensamente que o motivo disto seria posto sobre uma lenda local. Wachowski, um ser das trevas condenad...
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Capítulo Vinte e Sete — Personalidade Assombrosa
Lentamente, remexo-me. O macio colchão sob as minhas costas me faz suspirar confortavelmente. Eu abro os meus olhos com dificuldade, incomodada com as minhas pesadas pálpebras evidenciando o cansaço ainda presente. O teto branco com as bordas de gesso vermelho me faz estranhar a desconhecida decoração. Eu sinto a minha cabeça latejar em dor.
Eu franzo o meu cenho ao reparar sobre o acesso de soro conectado ao meu braço através de uma punção venosa, conectando-me a diversos equipamentos hospitalares.
De imediato, em um brusco e rápido movimento, eu retiro o acesso de soro, sentando-me ao ser atingida bruscamente com as recordações dos acontecidos anteriores. Inconscientemente, eu logo percebo que finalmente os símbolos não estão mais presentes em meus braços.
Nervosa, eu varro o local com o olhar, receosa ao ambiente desconhecido. O quarto possui a sua decoração em toques sutis, enquanto, ao meu redor possui equipamentos hospitalares. O luxo também esbanja em cada objeto e móvel, porém, de uma forma um tanto rústica. Onde estou? Quem era a silhueta que eu vi pouco tempo antes de apagar?
Rapidamente, eu retiro o macio edredom que me cobre, imediatamente intencionando levantar, porém, assusto-me ao observar que as minhas vestes estão diferentes. Agora, encontro-me com um vestido vinho de cumprimento curto. Eu me recordo perfeitamente que eu não estava com essa determinada roupa.
― Você acordou!
De repente, assusto-me com um homem ao passar pela porta do quarto enquanto diz em um tom alegre. A primeira coisa que chama a minha atenção é a tonalidade de sua pele, tão pálida como um albino, possuindo contraste aos fios extremamente negros de seu cabelo.
O homem sorri, e em passos lentos, aproxima-se ao carregar uma bandeja de alimentos que só agora eu percebo presente sob as suas mãos.
― Trouxe alguns alimentos para você, o seu corpo ainda deve estar fraco. ― Cautelosamente, ele coloca a bandeja próximo a mim sob a cama, enquanto toma a palavra. — O seu espírito voltou ao seu corpo, porém, foi arrebatado ao inferno. Este arrebatamento fará com que você continue a ver todos os sobrenaturais.
Eu estreio os meus olhos ao analisar o homem à minha frente. De alguma forma, a sua voz e a sua aparência me parecem extremamente familiar. Mas o meu raciocínio ainda está muito lento para conseguir identifica-lo, ainda me sinto atordoada com as minhas recordações.
― Quem é você? ― Questiono.
A sua presença me causa péssimos calafrios. Uma sensação tão negativa quanto o tom mais escuro de sofrimento. Algo em mim grita ensurdecedor que eu não devo me aproximar ou confiar.
― Perguntas depois. ― Ele coça a nuca, incomodado, desviando o seu olhar para a bandeja com alimentos. ― Primeiro, coma alguma coisa. Soube que você é uma grande fã de panquecas e coxinhas.