Sinopse:
Em meio de uma época de sequestros intencionando fortalecer o mercado negro, os moradores costumeiros de uma pequena cidade acreditavam intensamente que o motivo disto seria posto sobre uma lenda local. Wachowski, um ser das trevas condenad...
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Capítulo Sete — Mistérios Alucinógenos
Margarete Mezzolo, a governanta do local, surpreendentemente, tem uma personalidade muito diferente dos demais. Muito educada e gentil, o seu jogo de etiqueta é extremamente desenvolvido.
Margarete me levou à suíte em que eu, temporariamente, hospedar-me-ei. Para chegar ao cômodo, utilizamos um elevador, que nos leva a um subsolo infinito. O meu andar é corresponde ao de número 6, com um corredor repleto de quartos, subsolo abaixo. Estranhamente, eu noto o contrariar presente na estrutura do prédio. Enquanto os números dos andares em negativo sobem para as alturas, os números dos andares em positivo descem aos subsolos.
O andar de número 6, e o quarto de número 1.567. Como qualquer outro cômodo deste local, é um ambiente digno de perfeccionismo, esbanjando um luxo demasiado. Porém, apesar disto, o desordenado mar de questionamentos traz diversos redemoinhos sobre os confusos acontecimentos e descobertas.
Os meus pensamentos me atormentam sobre eu não conseguir fugir a tempo. Engulo ruidosamente em seco diante desta possibilidade, recordando-me sobre a minha mãe. Eu preciso fugir, e voltar ao trabalho para pagar as suas despesas médicas. Meu pai precisará de ajuda com isto.
Eu suspiro frustrada, guiando o meu olhar à porta do quarto trancada ao escutar passos pelo corredor. Eu acompanho a sombra passar, e logo, a luminosidade do corredor se apaga. Pessoas se recolhem para o descanso noturno, diferente de mim, que tenho os meus pensamentos altos demais para conseguir me acalmar.
Eu varro o meu olhar pelo quarto, este não possui janelas por estar no subsolo. Eu caminho até uma segunda porta, revelando-se um banheiro exageradamente grande. As suas cômodas brancas suspensas na parede, possuem produtos higiênicos da melhor qualidade. A grande banheira sofisticada ao lado esquerdo parece me chamar para um banho relaxante.
Por alguns segundos, eu fixo o meu olhar no reflexo pálido transmitido no espelho preso à parede. Encontro-me tão abatida, desestruturada.
Eu me retiro do banheiro e caminho à terceira porta presente no quarto, deparando-me com um closet repleto de roupas devidamente organizadas em cabides modernos. Eu analiso que os modelos variam apenas entre uma camisa de frio e uma blusa baby look, acompanhadas sempre de uma calça moletom, em contínua cor acinzentada e do número 1.567, o mesmo número gravado na porta de meu quarto.
Eu franzo o meu cenho ao perceber que, coincidentemente, as roupas possuem o mesmo tamanho que eu visto. Engulo ruidosamente em seco ao pensar que se assemelham as vestes de prisioneiros. Eu preciso ir embora deste lugar o quanto antes.
Ao voltar ao quarto, eu foco na grande cama ao centro, organizadamente coberta por edredons grossos e travesseiros aparentemente macios. Sento-me nesta, atordoada em pensamentos tão arrastados com o peso da negatividade, torturam-me até a alma.