Capítulo 12 - Gran Finale

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Capítulo Doze — Gran Finale

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Capítulo Doze — Gran Finale

De imediato, eu abro os meus olhos, assustada. A minha respiração ofegante quase me sufoca, em conjunto com uma intensa dor em meu corpo. Gradativamente, recordo-me dos acontecimentos anteriores, e ao olhar ao meu redor, eu percebo que as consequências batem avassaladoramente à porta.

O local em que eu me encontro é escuro, iluminado apenas por uma fraca lâmpada pendurada ao centro por fios elétricos visíveis. Ela balança de um lado ao outro, acompanhando a brisa gelada que entra no ambiente por um velho tubo de ventilação instalada no teto.

Eu estreito os meus olhos, forçando a minha vista a se acostumar com a pouca claridade.

Nervosa, eu comparo a estrutura do local a um porão ou uma prisão, nas piores condições. As paredes descascam a sua tinta com algum problema de infiltração, tão sujas que não se percebe a sua cor verdadeira. O chão úmido possui algumas poças de água, e em outras partes, há algo como resíduo de graxa.

À minha frente, há uma porta de ferro enferrujado, aparentando pesar uma tonelada. O único objeto sob o meu alcance, presente no precário ambiente, é um colchão fino e mole, sujo e desconfortável, no qual o meu corpo está deitado.

Eu engulo ruidosamente em seco, forçando os meus movimentos a me sentar, mas eu sou atingida por uma dor aguda em minhas costas.

O lugar me causa calafrios ruins, e a repugnância me atinge quando o meu olhar aleatoriamente se foca em um rato aparentemente morto à apenas uns metros de distância. Eu sucumbo uma ânsia de vômito com o odor insuportável.

Assusto-me ao, enfim, perceber que presente no colchão, atrás de mim, um lençol branco que contém algumas manchas de sangue, vagarosamente se mexe. Sob o relevo, eu arrisco em dizer que há alguém por de baixo. Em um sobressalto, levanto-me ao me afastar.

O contato de meu pé descalço com o chão úmido faz com que o meu corpo trema em calafrios. Tremedeira esta que eu não sei ao certo ser derivada do frio ou do nervosismo que me consome.

A pessoa deitada no colchão está de costas para mim, porém, as suas costas largas, cabelo curto e braços fortes evidenciam a sua masculinidade. Estreito os meus olhos em análise, encarando-o nervosamente.

― Ryan? ― Eu hesito em meu palpite. A camisa social preta do homem é muito parecida com a que Ryan usava.

Em primeiro momento, evitando um sufocamento nervoso, eu procuro controlar a minha respiração ofegante, tentando manter ao menos alguma lógica. E assim, cautelosamente, aproximo-me. O meu toque em seu ombro é hesitante, porém, obtém um murmuro incompreensível em resposta, evidenciando a sua fraqueza.

Viro-o lentamente, e sucumbo um susto. O seu rosto ensanguentado é cheio de hematomas e cortes. Não é Ryan, porém, reconheço-o como o homem misterioso que eu me esbarrei, uns dias atrás, no hospital.

Asas da NoiteWhere stories live. Discover now