Capítulo 49 - Um Ar Revigorante

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Capítulo Quarenta e Nove — Um Ar Revigorante

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Capítulo Quarenta e Nove — Um Ar Revigorante

― Quero que me acompanhe à um lugar. ― Nicholas diz, fazendo-me franzir o cenho em confusão pelo horário na madrugada. ― Quem sabe, se chegarmos a tempo, nós conseguimos ver o nascer do sol.

Sua fala me causa extrema surpresa. Onde que "Nicholas" e "nascer do sol" combinariam na mesma frase?

— Talvez, eu me arrependa em dizer isto, mas... — Ele dá uma pausa antes de prosseguir. —Ultimamente, eu tenho percebido que eu não devo te ter como uma ameaça. Eu não entendo o motivo de eu estar te ajudando, mas algo estranho me diz que seria o certo a se fazer. E talvez, eu devesse começar com isto como um arrependimento aos meus erros.

Nicholas me encara por segundos, fixando profundamente seu olhar. Sua expressão é perdida em seus próprios pensamentos enquanto eu não consigo esconder a surpresa que a sua fala me causou.

— Vem, não precisa trocar o pijama. ― Nicholas diz. Estreito os olhos, confusa.

― Aonde vamos? ― Questiono.

― A um lugar especial. ― Ele limita.

Por um momento, eu penso com suspeitas. Ultimamente, Nicholas está estranho, de bom humor, diferente de sua tipicidade. Porém, eu ainda tenho desconfianças sobre o local pela madrugada.

— Não vou te fazer mal. — Ele diz ao notar minha desconfiança. — Acredita em mim.

Hesitante, eu assinto em concordância, e logo, nós saímos porta à fora, adentrando ao seu carro alugado.

O caminho é silencioso. Eu percebo que Nicholas está cansado, devido aos seus vários bocejos, e que quando nós paramos nos sinais vermelhos, ele solta o peso de sua cabeça no apoio do banco e suspira pesado. Isto desperta ainda mais a minha curiosidade sobre o local. Afinal, o que de tão importante não pode esperar até o amanhecer?

O tempo passa e a cada curva, outra rua dá origem a um novo caminho. Eu observo cada detalhe com extrema desconfiança. O frio no exterior do carro se evidencia no vidro embaçado.

A paisagem urbana se afasta, dando origem à rural, deixando-me mais atenta. Ao atingir uma estrada de barro, o lugar é iluminado apenas pelo luar, e agora, em conjunto com o farol alto do carro.

A paisagem na minha janela se enche de árvores, escurecendo ainda mais o local. Minha desconfiança aumenta em um nível extremamente alto. Eu temo que Nicholas esteja me levando para a morte que eu tanto adiei.

Balanço minha cabeça negativamente, tentando manter a calma ao afastar esses pensamentos ruins. Limpo o vidro embaçado da janela ao meu lado, e os meus olhos são agraciados pela bela paisagem natural.

Nós atravessamos uma longa ponte com aspecto medieval. Ao lado direito abaixo, possui uma grande floresta de coníferas, com as suas folhas levemente balançadas pela leve brisa fria. Por um momento, todos os pensamentos alarmantes me deixam, dando espaço apenas para a admiração pela paisagem magnífica.

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