Capítulo 60 - Um Vazio Doloroso

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Capítulo Sessenta — Um Vazio Doloroso

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Capítulo Sessenta — Um Vazio Doloroso

Ponto de vista de Nicholas Wachowski

— Acorde.

Uma voz distante gradativamente se faz presente em seu tom desconhecido. Imediatamente, eu tento abrir os meus olhos, mas a fraqueza em meu organismo me impossibilita.

Eu forço os meus movimentos, impaciente com a situação, mas eu apenas tenho como resultado, a leve percepção de minha pele, passando a sentir uma brisa fria, em conjunto com algum acolchoado em minhas costas.

Frustrantemente, sinto-me como um objeto inanimado, completamente incapaz de demonstrar que está vivo.

Eu tento, primeiramente, controlar a minha respiração, passando a ter controle sobre uma rajada de ar maior. O vento forte bate contra o meu corpo, e enfim, eu passo a escutar um barulho de motor grunhindo, levando-me a crer que eu estou em algum barco.

Concentro-me, enfim, conseguindo mover as minhas pálpebras, pesadas em cansaço. A primeira coisa que eu vejo é o céu escuro, carregado com algumas nuvens acinzentadas.

— Você está bem?

Tão repentinamente quanto a voz, um desconhecido rosto feminino surge diante de minha visão. Rapidamente, eu tento me mover, porém, eu ainda não tenho sucessos diante disto. Engulo ruidosamente em seco ao não conseguir nem ao menos falar.

Apenas as pupilas de meus olhos, conseguem movimento, vasculhando a lancha que aparentemente eu me encontro. Inconscientemente, eu busco por Sophia, logo a encontrando desacordada sob um acolchoado banco. Uma outra garota a dá atenção, realizando algumas massagens em seu peito, como se tentasse reanima-la.

Ao me deparar com o seu estado ruim, estranhamente, uma aflição sufocante me atinge, fazendo-me perder o controle sobre a minha respiração e as minhas pálpebras.

A calma se esvai rapidamente, sendo consumido por sensações antagônicas que me levam de volta à escuridão.

...

Lentamente, eu abro os meus olhos, deparando-me com o teto branco. Cauteloso, eu olho em volta em analise ao ambiente, reparando que eu estou em um hospital. Logo, eu percebo que o meu braço esquerdo está preso com algema no metal da cama hospitalar. Bufo irritado, com a compreensão que a polícia já deve ter cercado o local.

Imediatamente, eu tiro o acesso de soro ligado ao meu pulso e me sento, desta vez, obtendo sucesso em meus movimentos. Fecho os meus olhos com força ao sentir uma dor aguda em minha cabeça.

— Ele não vai a lugar nenhum.

De repente, eu escuto uma voz familiar, fazendo-me abrir os meus olhos de imediato ao perceber a porta do quarto se abrindo. Jonathan, com seu uniforme policial, adentra o cômodo.

Asas da NoiteWhere stories live. Discover now