Ainda Existe Amor em Nós

Capítulo 11

MEREDITH

Eu precisava esquecer o Derek, me desapegar dele. Eu não fiquei surpresa por ele ter escolhido ficar com a Addison, os dois tinham um filho e no final das contas eu não queria estar no meio dessa confusão toda. Porém, no começo fiquei muito brava e me senti uma idiota por não desconfiar que ele ainda tinha uma esposa e principalmente por ele não ter falado. Me senti mais idiota ainda por ter pensado que ele me escolheria...
Mas eu precisava sair de tudo isso, esquecer e seguir em frente, por isso foquei no meu trabalho. Pesquisas, casos que foram rejeitados por outros médicos de tão complexos. meu dia todo se resumia a trabalho e pesquisas, meu caminho todos os dias era de casa ao trabalho e do trabalho para casa. Até Cristina me dizer que eu estava virando uma máquina de trabalho e que eu precisava sair e beber, segundo ela.

Eu não estava de plantão e consegui sair mais cedo, Cristina iria comigo até o bar do Joe como havíamos combinado pela tarde. Quando nos sentamos para pedir alguma coisa o pager da mesma tocou e ela precisou voltar rápido para o hospital, já eu fiquei ali mesmo. Eu já estava lá, sentada com um copo de tequila na minha frente, eu não iria recusar.
Fiquei ali sentada sozinha e já havia perdido as contas de quantos shots de tequila eu havia tomado. Em uma mesa atrás de mim tinha um grupo com três enfermeiras e mais dois enfermeiros que trabalhavam no hospital, mais especificamente no centro cirúrgico, eu me recordava um pouco do rosto deles, apesar de sempre estarem de mascara e touca os sapatos diziam nitidamente que trabalhavam no centro cirúrgico. O barulho no bar juntamente com a música não tão alta no fundo não estava tão estridente, eles também estavam falando alto e eu consegui ouvir um pouco da conversa. O tema da conversa? Eu!.

Quem que é a vagabunda aqui? Me virei os questionando depois de ouvi-los me chamarem de amante vadia e a outra enfermeira concordar me chamando de vagabunda.
Escuta aqui sua enfermeirazinha de quinta Me levantei e me aproximei apontando o dedo indicador na cara da mesma, que se levantou.
Eu até posso ser a amante, mas a única vadia aqui é você!  Naquele exato momento senti uma mão pesada me puxando pela cintura querendo me tirar dali.

Ei, e você pensa que tá fazendo o quê? Me voltei para quem queria me afastar da confusão e era o Derek. Eu não havia visto ele entrar, fiquei confusa por um instante. Porém naquele momento o álcool bateu forte depois de tanto tempo sentada que por eu estar um pouco meio sem forças ele conseguiu me puxar para fora dali. Só me dei conta que ele conseguiu me levar embora quando já estávamos no carro e chegando em uma rua perto de minha casa.
Ele me parecia irritado, e eu me sentia como uma criança quem os pais precisaram ir buscar por conta de ter aprontado na escola.

Sabia que me chamaram de amante vadia? Comentei quando descemos do carro. Eu suspeitei que ele me levaria para casa. Aquelas enfermeiras Fiz uma cara de desgosto junto com a minha fala. Elas só sabem puxar o saco dos médicos. Puxei minhas chaves do bolso quando o mesmo pediu para poder abrir a porta.
Você não tinha que ter se intrometido na onde não foi chamado! Você me tirou do bar as forças! Isso foi errado. E-e eu não queria vir embora, eu sabia muito bem me defender sozinha! Comecei a falar mole nem estava pensando direito antes de falar. Tive apenas tempo de me virar para o outro lado quando senti aquela queimação subir do meu esôfago para a minha garganta. Segurei meu cabelo e apertei os olhos notando que toda a bebida que eu havia tomado, de estômago vazio, estava no chão perto da porta de entrada.
Eu não entendi muito bem porém Derek ficou, pediu para eu ficar sentada na minha cama enquanto ele estava no banheiro. Logo o mesmo voltou me levando para lá e me ajudou a sentar na banheira cheia de água. Eu estava com um braço em volta do pescoço dele, ele estava tão próximo que então eu tentei um beijo. Será que esse era o motivo dele estar ali?. O mesmo se nega e se afasta buscando a minha escova de dentes.