Capítulo 38

53 5 3
                                    

ADDISON

Pressionei os lábios ouvindo o maior falar, fiquei em silêncio o ouvindo. Esperei ele terminar e fui em direção a porta do quarto que até o momento estava fechada.

Por favor, sai.

Pedi segurando a porta aberta e dando espaço para ele sair. Voltei meu olhar para ele.

Derek, por favor.

Ele desiste e sai. Fechei a porta assim que ele saiu e me encostei na mesma por um tempo.

MANHÃ SEGUINTE

Não tem ninguém que pode ir pra você, mamãe? Harry perguntou como se já fosse um adulto querendo arrumar uma solução pro "problema" da mãe.

Não Harry, eu preciso ir, eu tenho pacientes me esperando. Mas vocês ficam com o papai, pode ser?

Ah, mas era uma viagem pra todo mundo!Hannah reclamou brava.

Pensa assim, uma viagem só com o papai, é legal também!

Quando não tiverem mais precisando de você, você volta! Harry sugeriu.

Isso!! Hannah concordou animada.

Vou pensar nisso. Conclui querendo fugir do assunto logo e ele vibraram.

Estávamos tomando café da manhã, só nos três na mesa, Derek ainda estava no quarto de hóspedes, onde ele passou a noite. Eu não consegui dormir depois que "conversamos" e passei a noite em claro, quase não me dei conta que o sol já estava nascendo e eu ainda nem havia deitado na cama. Desci na cozinha e o café da manhã ja estava pronto, Hannah e Harry já estavam na cozinha querendo comer o que a Helga preparava. Acordaram animados para passar o dia inteiro na praia. A animação deles caiu um pouco quando eu disse que iria voltar para casa porque tinha que ir trabalhar.

Depois que tomamos café, me despedi deles e peguei um táxi até um hotel na cidade, sinceramente, bem longe da praia. Na noite passada decidi que voltaria para Seattle, não irá conseguir ficar ali, afinal, com que cara eu iria sair com o Derek sem que o Harry e a Hannah percebessem alguma coisa? Iria fingir que estava bem e bancar com o Derek o casal perfeito como nos filmes de Hollywood? Não iria dar certo, era melhor eu voltar, mas fiquei com dó de tirar aquele momento dos pequenos e decidi deixá-los com o Derek. Sério injusto da minha parte ter prometido a viagem para eles e depois negar dizendo que iríamos ir. Afinal, em Seattle eu iria ver o Derek sem saída, aqui, eu ainda consigo o evitar e fugir para Seattle novamente como irei fazer. Aqui ou lá nossos problemas ainda continuariam, se bobiar, maiores... Procurei por um vôo direto para Seattle aquele dia na internet e sem sucesso, todos os vôos já estavam lotados, o próximo que eu tinha chances de conseguir uma passagem, era no dia seguinte a noite.

Passei aquele dia inteiro no hotel e no dia seguinte de manhã decidi que iria fazer logo o aborto sem pensar duas vezes. Eu conhecia uma clínica na cidade que fazia aquele tipo de procedimento, era uma clínica conhecida por alguns médicos e passar um tempo na nossa casa em Hamptons uma vez acabou nos gerando vários pontos que não conhecíamos.

Pedi um táxi e fui a clínica. Tentava não pensar em nada e nem ninguém, queria poder desligar a minha mente naquele momento e só entrar. Passei por uma consulta antes do procedimento, a cada cinco segundos a médica que iria realizar o procedimento olha nos seus olhos e pergunta se você tem certeza, qualquer suor que escorrer na sua testa naquele momento, ela desconfia e te pergunta de novo, em outra tonalidade e intensidade. Era obrigatório um contato de emergência, por obrigação coloquei o celular do Derek, ele era a minha única opção ali.

Ainda Existe Amor em NósWhere stories live. Discover now