nós vamos só relaxar

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Pior que ele vem até mim e põe a mão na pochete ao redor da minha cintura, como se estivesse procurando um meio de tirá-la daqui. Eu tô me questionando quais são os planos dele para agora...

— O que você quer fazer? — questiono.

— Tirar isso.

— Para quê?

— Ora, para quê... — ele revira os olhos, então consegue achar a fivela ajustável. Leva segundos para que eu não sinta mais a bolsa apertando ao redor do meu quadril.

— A gente não pode demorar, nem fazer nada sério, porque estamos no meio do trabalho... — falo.

Ele não diz nada a princípio, apenas deixa a bolsa em cima do dólmã dele. Quando volta, me abraça pela cintura com tanto carinho que fica até impossível não sorrir.

— Nós vamos só relaxar — é o que me diz.

Eu concordo com a cabeça, envolvendo seus ombros com meus braços. Apoio o queixo no topo da sua cabeça e percebo quão cheiroso seu cabelo está. Sério, ele só vive cheiroso e gostoso, me dá vontade de beijá-lo inteirinho só de amor e carinho que tenho por ele. Queria me expressar de uma maneira melhor, porém a situação em si mexe demais com o meu coração e fica meio difícil pensar nas coisas.

— Você vai estar livre hoje à noite? — questiono, balançando um pouco o seu corpo de um lado para o outro.

— Quando é que eu fico livre durante a noite, Noah?

— Ah, sei lá... — limpo a garganta ao engolir em seco. — No final da noite?

— Talvez, por quê? — ergue o rosto para encarar-me e eu tiro a sua franja do rosto.

— A gente poderia sair, sabe? Ou então fazer algo juntos...

— Eu vou trabalhar até tarde e certamente estarei cansado — me explica, apertando-me mais contra seu corpo.

— Então eu posso te buscar?

— Para onde?

— Ah... Bem... Não sei... — começo um carinho na sua nuca e sei que ele gosta. — Para a minha casa, se você quiser descansar. Posso te fazer um chá, uma massagem, podemos assistir a algum filme ou ficar relaxando até dormir. Você que sabe.

Josh sorri para mim e eu fico muito idiota com isso. Onde já se viu se desmanchar assim no sorriso de alguém?

— Ok, então... — me dá um beijo na bochecha esquerda e eu sorrio mais ainda. — Obrigado pelo convite.

— Se sinta convidado todos os dias.

— Oh, que jovem cavalheiro... — ele ri minimamente e se estica para beijar-me nos lábios.

Eu estou tão feliz que não preciso implorar por isso, porque basicamente faz parte da rotina de namorados. E, bem, como somos namorados, significa que também faz parte das nossas rotinas. E me deixa extremamente animado com a ideia, porque é simplesmente fazer e pronto, já está bom e está incrível. Amo quando põe a mão na minha nuca, mas também aperta minha cintura dessa maneira, eu me derreto por inteiro. Quero me tornar completamente parte dele e eu não ligo mais se isso for um problema.

— Vem... — ele quebra o beijo ao me puxar para o sofá.

Quando sentamo-nos, ele ponho a mão no seu cabelo e percebo o sorrisinho que ele dá com isso. Eu tô falando sério quando digo que ainda não estou acostumado com ele tão carinhoso e amável e boiola como agora. Minha teoria é que antes ele se segurava porque não queria demonstrar por mero capricho ou honra das suas palavras de "nada de grude" ou sua aversão sobre se apaixonar. Mas olha ele aqui agora, se arrepia todo só em sentir minha mão acariciando o cabelinho da sua nuca.

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