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" Estamos chegando ", respondo minha irmã enviando uma mensagem pelo whatssap, quando ela avisa que está me aguardando.

Passo o endereço da casa dos meus pais para Thiago e não demora muito, logo chegamos na rua dela. Vejo o automóvel de Nassur estacionado de um lado e eles do outro, próximo do portão aberto da residência.

Pulo para fora, assim que Thiago para o carro, com uma felicidade enorme no rosto. Hoje acordei cedo bem animada, pois eu não via a hora de finalmente conhecer a morada dos meus genitores.
Abraço Alana, que retribue na mesma intensidade. Cumprimento o irmão dela e meu namorado também faz o mesmo.

— Então, vamos entrar? — Chamo já entrando.

Alana me segue e os dois homens ficam parados no portão, viro para eles:

— Vocês, vem também! Não vejo problemas — aceno com a mão.

— Vou trancar o portão novamente — Lana volta para trás.

Acho que minha irmã pediu as diaristas para deixar tudo como estava, pois a mesma cortina roxa está na janela.

— Finalmente! — digo entrando e olhando o cômodo.

A sala tem dois sofás de três lugares de cor bege eles estão sem capas, um de frente para o outro, com uma pequena mesa retangular de madeira entre os mesmos. No centro da mesa tem dois vasos de plantas artificiais. As paredes são brancas e piso em cerâmica da mesma cor. Na parede entre a porta e a janela, tem três quadros muito bonito com flores.

— Gente, eu nem lembrava mais de todos os detalhes — Alana fala caminhando para outra porta à esquerda.

— Eu não lembro de nada — respondo seguindo-a.

Encontramos uma segunda sala, com uma estante preta onde tem um lugar para acomodar uma televisão daquelas antigas, outro lugar do lado para som e embaixo algumas gavetas. O sofá e duas poltronas pretas combinam perfeitamente com a estante.

Paro para olhar dois quadros acima do sofá. Em um está um casal, que são nossos pais e no outro eu e minha irmã.

— Eles eram tão lindos — comento, com os olhos marejados virando para Thiago que se aproximou de mim.

Ele passa seu braço em minha cintura e observa junto.

— São vocês? — aponta para o outro quadro.

— Sim — sorrio.

Na foto eu uso um vestido roxo rodado, na altura dos joelhos e minha irmã um conjunto vermelho de blusa e short.

Lana passa por nós, voltando para a outra sala, enquanto eu vou onde ela estava antes. A sala de televisão é ampla com a de jantar, onde uma mesa retangular de madeira com seis cadeiras nas laterais, também de madeira acolchoadas. E virando como se fosse um L tem a cozinha com um armário e uma pia. Na casa não tem todos os móveis, pois o meu tio disse que precisou vendê-los para custear o velório de meus pais. Abro uma porta na cozinha e vejo uma pequena sala onde tem duas prateleiras, acredito ser uma dispensa.

— Lice!? Vem aqui! — Lana grita com grande alegria na voz.

Thiago também me segue. Como uma grande curiosa que sou, não precisa chamar duas vezes.

— Onde? — pergunto chegando na primeira sala.

— Aqui no corredor — indica e sua voz sai do outro lado.

Perto da porta principal outra está aberta. Me aproximo caminhando rápido até onde ela está. Abro a boca quando minha irmã me dá passagem e vem atrás de mim. O seu irmão já está observando o ambiente.

Sem Direção (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora