17 - II

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— Isso é mentira, você que sempre andou desconfiado de mim — Renato se desculpa levantando com o livro na mão.

— Eu tenho os meus motivos, não se esqueça disso — Thiago tira o chapéu e passa a outra mão em seu cabelo bagunçado, alisando-o para trás.

Fico observando o quanto ele é sexy com aquele estilo e ainda mais quando passa a mão desse jeito, tentando organizar o cabelo desajeitado.

— É melhor ir ler meu livro em paz — diz passando ao lado de Thiago — É melhor tomar um banho, não tem cheiro agradável — vira-se para trás olhando para meu namorado. — Alice, conversamos mais depois — abana a mão para mim e depois começa a subir as escadas.

— Não precisa me dar instruções sobre o banho, eu sei muito bem que preciso de um — grita para que Renato ouça na metade da escada.

— Não entendo vocês — franzo a testa vendo-o suspirar.

— Vou banhar agora.

Thi torna a colocar o chapéu na cabeça e vai andando em direção aos degraus. Caminho depressa e em segundos estou ao seu lado.

— O que você quis dizer com, "ele sempre desejou"? — pergunto com uma leve curiosidade e ouço mais outro suspiro.

— Será que não está na cara dele? Desde que você chegou, olha o que ele fez? Ou você já esqueceu? — para me analisando com uma voz um pouco elevado e com raiva em seu rosto.

Eu não gosto quando o vejo assim, mesmo ficando bonito com raiva, para mim esse lado não combina com ele. No inicio eu não o via desse jeito, achava que fosse até um anjo perfeito, e que não odiava ninguém, só fazia o bem para as pessoas. Ou eu não conhecia Thiago ainda ou fui eu quem mudou ele.

— Não, lógico que não esqueci. Mas não tem nada a ver, isso foi antes de nós namorar.

— É aí que mora o problema, Renato praticamente me enche todos os dias, que gostou de você antes de mim. Já estou quase socando a cara dele — Meu namorado pega na maçaneta da porta com tanta força, me fazendo imaginar que iria quebrá-la.

— Calma meu amor, você não pode fazer isso. Ele… — Thiago interrompe minhas palavras.

— Como você me chamou? — mesmo estando com raiva, vejo um sorriso no canto de seus lábios.

Sinto o meu rosto corar, levo as duas mãos em meu rosto e sorrio envergonhada.

— E-eu chamei Thiago — minto  observando-o trancar a porta.

— Repete novamente — insiste não ligando para minha resposta mentirosa.

Ele abraça e me erguendo para cima, colando ao seu corpo, um formigamento percorre minhas costas. Sinto o cheiro de seu perfume misturado ao suor.

— Você não vai banhar? — questiono ao me colocar no chão novamente.

— Sim. Pode me esperar aqui no quarto — fala antes de começar a abri os botões da camisa.

Fico feliz por estar aqui observando os seus movimentos lentos. Desejo tocá-lo ao ver o peitoral esculpido surgir quando os três primeiro botões estão abertos. Por outro lado fico triste, eu quero ir junto com ele para o banho, mas o mesmo me pediu para ficar no quarto. Me oferecer para ir com Thi para o chuveiro, parece vergonhoso demais. Mesmo tendo momentos íntimos, a vergonha não quer apartar de mim. Ah, como quero me libertar dessa maldita, que só atrapalha e não ajuda em nada.

Minha boca saliva vendo o ultimo botão ser aberto. Continuo parada sem conseguir desviar o meu olhar de seu corpo e sem dizer uma palavra. Tenho muita vontade de tocar nele, essa noite passada não dormimos juntos e vê-lo praticamente sem blusa só me deixa com mais desejo.

— Ou quer tomar banho comigo? — volta a falar, adivinhando os meus pensamentos.

Subo meu olhar para seu rosto e um sorriso malicioso está plantado em sua boca. Permaneço em silêncio por alguns segundos, sem reação.

— É, humm. Se. Não. For. Incômodo. Para você — minha voz sai hesitante e pausadamente.

Thiago dirige até mim, com o sorriso mais largo.

— É óbvio que nunca será incômodo — sua voz grave em meu ouvido, faz o meu corpo todo estremecer. — Vem! — enlaça seus dedos nos meus e me guia para o banheiro.

Thiago abre a porta do boxe e termina de retirar a camiseta e joga dentro do cesto e o chapéu pendura em um gancho acima do cesto de roupas. Ele coloca as mãos na fivela do cinto e eu impeço segurando suas mãos ásperas.

— Deixa eu fazer isso, não se dê o trabalho — no mesmo instante Thi prende a respiração e assente me deixando concluir o restante.

Inicio abrindo a fivela delicadamente e sem pressa. Tiro o objeto que cerca a cintura dele, deixando-o cair na cerâmica branca e desprendo o botão da calça jeans. Não tenho tanta dificuldade por estar folgada em seu corpo. Abrindo o zíper, percebo o quão rígido está, assim que meus dedos tocam de leve sua ereção um suspiro escapa dos lábios do meu namorado. Com ajuda dele, tiro a calça e coloco dentro do cesto.

Puxo as alças finas do meu macaquinho preto com estampa floral e deixo cair nos meus pés, ficando apenas de sutiã tomara que caia roxo e calcinha branca. Thiago passa as mãos na minha cintura e me abraça, cheirando meu pescoço. Retribuo, acariciando suas costas musculosa. Quando ele aperta nossos corpos um pouco mais, sinto o volume debaixo de sua box e o meu corpo arrepia outra vez. Os seus dedos tocam minha pele ao abri o fecho do sutiã.

Sem dizer nada, o mesmo desce a única peça do corpo e vai para debaixo do chuveiro e abre o mesmo. Não consigo desviar meus olhos de sua masculinidade bem ereta.

— Você não vem? — pergunta com a voz rouca, em seguida passa a mão nos cabelos alisando-os para trás.

— C-claro — o meu rosto esquenta enquanto abaixo para pegar as roupas do chão, jogando-as no cesto.

Assim que a água fria bate em minha pele, parece diminuir a temperatura quente, que comecei sentir quando Thiago me abraçou. Mas retorna em poucos segundos, pois o meu namorado me abraça novamente, dessa vez por trás prendendo ao seu corpo.

Ele fecha o chuveiro e me pega no colo, trazendo novamente para a outra cabine e me põe sobre a bancada fria ao lado da pia. Distribui beijos pelo meu pescoço, enquanto posiciona entre minhas pernas abertas. Sinto sua ereção rígida tocar a minha coxa esquerda e suas mãos as minhas nádegas.

Seguro em seu ombro largo acariciando-o e a outra mão alisando suas costas dura. Ondas calorosa percorrem toda a extensão das costas no momento em que Thiago me acaricia e mordisca um mamilo. Ele dá um sorriso quando solto um gemido. Fico um pouco decepcionada ao se afastar de mim, ainda com o sorriso safado nos lábios.

Ele vai até a sua calça e pega o preservativo de um dos bolsos colocando em seu membro. Observo cada movimento, com ansiedade de tê-lo dentro de mim.

— Está preparada para mim? — sussurra ao tocar a minha intimidade e percebê-la toda encharcada.

— Sempre! — sussurro de volta.

Thiago encaixa outra vez em meu corpo. Me penetra lentamente, enlaço minhas pernas em sua cintura e puxo-o mais para perto, para que me preencha totalmente. Afundo minha cabeça em seu pescoço, distribuindo beijos ali, assim que o mesmo começa a meter devagar e depois aumenta os ritmos.

Nossas respirações tornam ofegantes e se misturam aos batimentos cardíacos. Sinto o prazer me invadir, não consigo conter os gemidos em seu nome e peço para não parar com os movimentos. Ouvir seu nome sair da minha boca, o faz ficar louco de tesão e aumentar ritmicamente sem parar, logo chego ao ápice. Não demora muito e Thiago fica trêmulo e me abraça com força soltando um gemido alto.

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Sem Direção (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora