JAMES P. MARCH | PART I

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Com a visão turva e cambaleando, você caminha a passos desleixados até a entrada brilhosa, a essa altura não sabia exatamente onde estava, e que lugar era aquele, você só precisava continuar fugindo

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Com a visão turva e cambaleando, você caminha a passos desleixados até a entrada brilhosa, a essa altura não sabia exatamente onde estava, e que lugar era aquele, você só precisava continuar fugindo.

Se aproximando mais da entrada, você pôde ver com clareza o letreiro "Hotel Cortez".

"Tanto faz..."

Pensou, e passou pelas portas, o lugar apesar de ser bem iluminado, parecia ser escuro ao mesmo tempo, era como se todo o ambiente tivesse parado no tempo devido a decoração rústica e antiga. Tentando focar melhor a visão, você tentava procurar a recepção, que ficava logo ao lado esquerdo daquele enorme salão.

Após chegar até o balcão e praticamente se debruçar sobre ele por estar quase apagando, uma mulher alta e com uma maquiagem extravagante lhe diz:

— Minha nossa, querida — ela se pronuncia, sem demonstrar surpresa pelo seu estado. — O que você usou?

— Me drogaram, porra... — você responde com dificuldade, e com a voz embargada.

— Nem deu pra notar — ela responde com o tom carregado de ironia.

Casanda, você apenas fechou os olhos por breves segundos ao ouvir o barulho dos saltos da mulher ecoar pelo azulejo, e em seguida um barulho de chaves sendo remexidas.

Abrindo os olhos novamente, você vê a silhueta da mulher e a mesma colocar a chave com uma plaqueda numerada sobre o balcão, bem próximo ao seu rosto.

— É por conta da casa — ela fala com delicadeza.

Por um momento, você pensou em agradecer a gentileza, mas agora, você só queria uma cama para dormir e lamentar pela atrocidade que sua amiga deixou aqueles caras cometerem com você. Ela permitiu que te drogassem, e você podia ouvir claramente ela dizer que você merecia ser estrupada e jogada numa vala.

A sorte é que antes desse horror acontecer, você conseguiu escapar por uma janela que havia no quarto, mas o que resultou em roupas sujas de terra e alguns ralados pelo seu corpo causados pela queda, poderia ter sido pior, se não tivesse alguns arbustos para amortecer seu corpo.

Reunindo o restante das suas forças, você pegou a chave e se levantou do balcão, voltando a caminhar desengonçada até o elevador.

Quando você entrou no mesmo, começou a rir sozinha por achar aquele hotel uma espelunca, o elevador era antigo e parecia não querer funcionar, você apertava os botões insistentemente, começando a se irritar.

— Mas que caralho! — exclamando com a voz embargada, você continua apertando o botão excessivamente.

Com um pouco mais de insistência, o elevador começa a se mover, e a subir, alguns minutos depois, ele para no andar, que você mal sabia qual era, apenas saiu do elevador e se concentrou em olhar o número do quarto na placa da chave.

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