JAMES P. MARCH | PART VI

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Boa noite, povo!
Tudo bem?

Eu confesso que não iria atualizar durante a semana, mas como hoje é Halloween, eu me senti no dever de atualizar! 🎃

O imagine está indo pra reta final; preciso saber, o que estão achando até agora? Lembrando que ainda tem mais um capítulo pra fechar a história + um bônus. 🥰

TW: violência explícita e crise existencial.

A pura sensação de estar vivendo em seu próprio inferno; dia após dia você vivia a mesma rotina de somente sair do seu quarto quando seu expediente na cozinha começava, e era a partir daí que sua tortura diária começava, era como se de fato você e...

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A pura sensação de estar vivendo em seu próprio inferno; dia após dia você vivia a mesma rotina de somente sair do seu quarto quando seu expediente na cozinha começava, e era a partir daí que sua tortura diária começava, era como se de fato você estivesse no seu inferno particular revivendo algo traumático e que lhe causa sua maior dor. As poucas comandas que chegavam na cozinha te deixavam animada, mas assim que pegava nas panelas e começava a preparar, se sentia desesperada, a cada colherada para provar da comida que estava sendo preparada era como se uma adaga se afundasse em seu peito; não sentia gosto, era uma sensação desesperadora para qualquer pessoa que tem apreço pela arte culinária, a cozinha era o motivo de você continuar seguindo em frente, era seu maior propósito e isso foi brutalmente arrancado de você.

Cada dia que passava você se sentia mais esgotada, o sentimento de raiva e rancor crescendo em seu âmago de forma gradual. Pensou que a qualquer momento iria acabar enlouquecendo; a única coisa que tinha um gosto aceitável naquele lugar era o álcool e isso consequentemente fez com que você passasse a beber em grandes escalas, mas nem mesmo o álcool surtia algum efeito de embriaguez em você; tudo que ousou ingerir não causou nenhum efeito no seu corpo, bebia quase uma garrafa de vodka inteira por dia e você não sentia nem mesmo ficar-se alegre com isso, nada, era como se você estivesse bebendo água saborizada. Aquilo te frustrava e fazia com que se sentisse ainda mais presa naquela bolha torturante.

— Desculpa te interromper — Iris se pronuncia assim que entrou na cozinha —, mas tem um cliente na sala de jantar pedindo pra falar com você. Ele parece um pouco alterado.

Seu braço travou no lugar, seus movimentos ousados para mexer os ingredientes da frigideira sem usar uma colher pararam imediatamente após escutar as falas de Iris; desligou o fogo e soltou o cabo da frigideira, se virou para a mulher baixa que estava na porta da cozinha com uma expressão neutra. Seu rosto suava minimamente, não só pelo calor que estava dentro da cozinha, mas pelos sentimentos perturbadores que estavam te consumindo aos poucos.

— Tô indo — respondeu quase em um sussurro sombrio.

Iris piscou algumas vezes, percebendo seu estado e em como você ficava pior a cada dia. A mulher de cabelos grisalhos se conteve em apenas balançar a cabeça positivamente e sair da cozinha em seguida.

Soltou um longo suspiro, pois você tinha quase cem porcento de certeza que receberia críticas novamente, e mesmo que alguns clientes fizessem isso de maneira educada, sempre era muito difícil de escutar cada palavra. Pegou um pano limpo e secou minimamente seu rosto, procurou se concentrar no seus passos em uma forma de tentar se acalmar, contou eles devagar até que chegasse na sala de jantar — que não era muito grande, já que os hóspedes preferiam comer em seus quartos —, esboçou um sorriso torto em seu rosto em uma tentativa de ser receptiva com o cliente. Havia somente aquele cliente ali, e sua respiração começou a ficar levemente alterada conforme se aproximava do mesmo.

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