AUSTIN SOMMERS | PART IV

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Boa tarde, meus bens preciosos! ❤️
Tudo bem com vocês?

Talvez esse capítulo seja um gatilho pra algumas pessoas, se não estiverem se sentindo bem, peço para por favor, interromper a leitura.

TW: citação de tristeza/depressão profunda, estresse pós-traumático, violência e vício em entorpecentes.

Passou quase uma semana na casa de Austin, no total foram cinco dias se hospedando lá e fazendo suas refeições no The Muse — na maioria das vezes —, tentou pagar Austin pela despesa que você dera durante esses dias, mas ele recusou com veemência, ...

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Passou quase uma semana na casa de Austin, no total foram cinco dias se hospedando lá e fazendo suas refeições no The Muse — na maioria das vezes —, tentou pagar Austin pela despesa que você dera durante esses dias, mas ele recusou com veemência, o que levou você a desistir de tentar pagá-lo. Ele queria que você ficasse mais tempo, mas você insistiu em voltar para casa; apesar de sempre lembrar do ataque que sofreu, aquilo passou a ser uma lembrança que não te afetava tanto quanto no início, já que Austin era bom em te deixar entretida e distraída na maior parte do tempo em que passou na casa dele. Não sentiu falta dos seus antidepressivos no tempo em que ficou com ele, não se lembrava desde a última vez que havia se divertido, mesmo que pouco, fazia tanto tempo em que você não se sentia minimamente bem, que por um momento você sentiu vontade de passar mais dias na companhia irônica, zombeteira e levemente narcisista de Austin, ele era um tipo de cara que tinha um humor mais ácido ao fazer piadas eróticas, mas você sabia que aquilo não passava de falsos flertes vindos dele apenas por pura diversão em ver você sem saber como reagir. Apesar de ter essa vontade, você sabia que deveria voltar para casa e parar de abusar da boa vontade dele, que estranhamente te fez pegar confiança mais rápido do que gostaria por não fazer muito tempo que se conhecem.

Fazia quatro dias desde que você voltou para casa, desde que voltou, sentiu aquele mesmo vazio vir à tona de novo, era como tivessem jogado um balde de água fria no seu rosto e te levassem para a sua realidade dura e fria; aquele sentimento de estar morta por dentro, seus olhos não brilhavam mais, voltaram a ser opacos e sem vida, suas expressões pareciam mais de um morto vivo, sentia que se passasse perto de algum estúdio em Los Angeles eles te contratariam para fazer um filme de terror. Você não ligou para Gavin — inventou desculpas para não atender suas ligações —, não falou com ninguém sobre sua decaída, você apenas se esforçava para que sua entonação de voz saísse minimamente estável e alegre toda vez que seu irmão insistia e te ligava para perguntar como as coisas estavam.

Assim foi se arrastando os longos quatro dias, depois da sua última estadia na casa de Austin, você nem sequer deu as caras no The Muse, mal levantava da cama, estava vivendo a base de sanduíches de pasta de amendoim, água e seus remédios — que começou a tomar em doses maiores desde que voltou da casa de Austin.

Você não queria incomodar ninguém com seus problemas; ainda podia ouvir o urro do homem e da imagem de seu corpo morto no asfalto frio e úmido, aquelas imagens e sons voltaram a te assombrar, assim como seu passado. Segurou o celular várias vezes na mão enquanto olhava para o nome de Austin gravado na sua lista de contatos, tentou inúmeras vezes mandar mensagens ou até ligar, mas você nunca conseguiu. Nunca conseguiu pedir ajuda, nunca conseguiu pedir socorro, você apenas se isolava e fingia que estava tudo bem.

IMAGINES • AHSWhere stories live. Discover now