PENSANDO NELA

53 10 0
                                    


Saio da clínica e passo no hospital antes de voltar para casa.

Não paro de pensar em Açucena nenhum instante. Vibro quando, mesmo profissionalmente, vi e toquei a sua boceta, comprovando que ela é mais bonita que em meus sonhos e que ela sente desejo por mim, gerando toda aquela umidade.

Gostei de ver seus olhos brilhando na hora do parto que ela assistiu e efetivamente me ajudou.

Fiquei de quatro, totalmente vendido, quando ela me beijou e senti aquela quentura no peito, o coração acelerado e uma súbita vontade de rasgar a sua roupa e invadir sua intimidade. Lembrei dos seus limites e mantive o momento especial, só não sei até quando conseguirei segurar meu tesão por ela.

Receio machucá-la mais uma vez.

Estou me dirigindo para casa quando recebo um convite de Thereza para jantar com elas na mansão. Claro que aceito, quero aproveitar todas as chances de ficar perto, conhecê-la melhor e também fazer com que ela adquira segurança e confiança.

Chego em casa, faço um lanche, tomo um banho e coloco uma bermuda com camiseta. Estou cuidando dos meus cabelos quando ouço uma buzina e depois uma batida na porta. Quando abro, surpreendo-me com a Mayara diante dela.

— Oi, gato, fugiu de mim o dia todo, então resolvi vir para ver o que está acontecendo. — Ela já chega me abraçando, beijando a minha boca e apertando a minha bunda.

— Olá, Mayara. Não fugi de você, tive um parto de emergência e passei no hospital apenas para visitar minhas pacientes. — Viro-me de costas para ela, tentando esconder meus sentimentos.

— Podemos sair para jantar e depois passar naquele hotelzinho, o que você acha? — Mayara entra na cozinha e bebe um copo de água.

— Tenho um compromisso, gata. Vou jantar na casa da Thereza. Estava de saída, na verdade. – Ela vem em minha direção e me abraça.

— Então acho que não tem problema nenhum te acompanhar, Thereza sabe que saímos juntos há algum tempo.

Porra, que saia justa. Se falo que não, terei que explicar coisas que ainda quero guardar só para mim, a fim de amadurecer esse sentimento. Não tenho saída a não ser levá-la a tiracolo.

Prefiro entrar pela porta principal, já que estou acompanhado. Toco a campainha e a Thereza mesmo abre a porta.

— Que formalidade é essa, Leonardo? — Ela visualiza a Mayara, mas não esboça reação nenhuma.

Ai... querida, desculpe, não sabia que o Leonardo traria você. Entre, entrem... — Thereza abre mais a porta para entrarmos.

— Na verdade, Thereza, a Mayara chegou em casa sem avisar, tem algum problema ela ficar?

— Não, querido, ela é sua amiga, portanto, é bem-vinda. O Bento está fazendo um drink para nós. Veja lá o que vocês querem beber.

Quando entramos na sala, está Açucena e seus pais. Ela olha para mim toda sorrisos e percebo uma decepção no seu olhar ao ver uma mulher me acompanhando. Seus pais logo levantam e me abraçam, agradecendo mais uma vez minha atuação no sequestro. Apresento Mayara como uma amiga e eles são muito gentis com ela.

Passado este início desconfortável a noite flui muito bem, a comida está excepcional, porém é visível a tensão entre mim e Açucena. Acho que até a Mayara percebe, porque fica o tempo todo me pegando, fazendo questão de marcar território. Ninguém comenta nada.

Por volta das onze horas, despeço-me de todos, pedindo desculpas por sair assim, mas justificando que estou muito cansado. Quando chego à porta de casa, Mayara ronrona no meu ouvido.

— Pode deixar que vou fazer você relaxar, doutor.

— Desculpe, Mayara, mas hoje preciso mesmo é de uma boa noite de sono. Estou com dor de cabeça, também. — Já dou um corte.

— Está me dispensando, Leonardo? — Ela não gosta muito.

— Não, Mayara. Estou somente adiando nossa saída. Você ficou no jantar não foi, agora preciso mesmo descansar. — Pela sua expressão não aceita muito bem o meu argumento, fecha a cara e pega a chave do carro na bolsa.

— Tudo bem, Leo, vamos marcar outro dia. — Ainda me beija, tentando me fazer mudar de ideia e rapidamente a acompanho até o carro.

Entro em casa e ligo o ar-condicionado. Apesar de ser altas horas da noite, está muito calor. Tomo um remédio para a dor de cabeça que é real e deito uma meia hora para ela sumir. Cochilo e quando acordo estou molhado de suor. Olho no relógio, ainda é meia-noite e meia e estou sentindo muito calor. Um pouco sufocado também. Resolvo dar um mergulho na piscina para queimar a adrenalina do dia que não abaixa de jeito nenhum. Coloco uma sunga e vou até à piscina que sempre fica com uns postes de luzes acesos.

Mergulho e dou braçadas por vinte minutos até cansar meu corpo. Subo na borda, chacoalho os cabelos e quando olho para a espreguiçadeira à minha frente, Açucena está me olhando boquiaberta. A descarga elétrica que acontece na troca de olhares faz automaticamente meu pau endurecer dentro da sunga molhada.

Começo a caminhar em sua direção, mostrando que não estou de brincadeira nesse instante. Vejo quando seu olhar abaixa e focaliza meu pau, quase pulando da sunga.

Estremeço de tesão.

Ela não foge, é corajosa.

VEM CUIDAR DE MIMOnde histórias criam vida. Descubra agora