DESEJO INCONTROLÁVEL

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Fugi do Leonardo o quanto pude. Ele também se distanciou, o que agradeci. Estou com muita expectativa de reencontrá-lo e isso está me deixando nervosa.

Hoje é o dia do retorno ao consultório. Todos os exames ficaram prontos e ele precisa me avaliar.

Com o calor que faz em Cabo, só mesmo um vestido para não derreter. Chego ao consultório e Leonardo está atendendo uma gestante. Isso ajuda a acalmar o meu coração, que bate rapidamente, enquanto aguardo a minha vez. A gestante sai da sala dele com uma barriga enorme que deve estar para dar à luz a qualquer momento. Sinto uma dorzinha no peito em ver uma mulher grávida.

— Dona Açucena, a sua vez. Pode entrar.

— Obrigada. — Aqui estou eu de novo, só que agora sei de seu sonho erótico e de todo o seu furor sexual. Ainda bem que hoje não tenho exame clínico, senão ele iria me pegar molhada de novo.

Entro no consultório e ele levanta para me receber. Quando os seus olhos encontram os meus, sinto de novo aquela palpitação no peito. Ele estica a mão e ao tocar na minha sinto um desejo inexplicável. Aquela corrente elétrica nos envolve e até o ar fica rarefeito.

— Até que enfim, te encontrei. Não consegui nem pedir desculpas pelo que aconteceu naquele dia.

— Desculpa, doutor Leonardo, mas achei melhor não interferir em nenhuma decisão de vocês.

— Quero deixar bem claro para você que independentemente da criança, eu não tenho nenhum relacionamento com a Mayara. Nunca tive, apenas curtíamos juntos quando dava vontade. — Logo corto ele.

— Você não precisa me dar satisfação, doutor. Também não tem nada acontecendo entre a gente. ­ — Decido interrompê-lo, é o melhor a ser feito.

— É aí que você se engana, Açucena. Desde que coloquei os olhos em você, te desejei. Desculpa ser assim tão direto, mas você já me atraiu quando te peguei no colo nua, naquele lugar fétido. Eu só queria te proteger de todo o mal que alguém pudesse ter feito a você. Quero o seu corpo quente junto ao meu, quero sentir a sua boca na minha boca enfim, desejo ouvir você gemer de prazer, do prazer que eu te proporcionei.

Nesse momento eu só quero que ele faça o que está falando. Sem pensar, levanto-me da cadeira e dou a volta na mesa. Vejo na sua calça branca o tamanho do seu tesão por mim. Ele não se mexe, quando abro o botão da sua calça e desço o zíper.

Não entendo o que dá em mim para agir com tanta ousadia. Ajoelho, tiro o seu pau para fora e simplesmente o engulo. Sexo oral nunca foi tão excitante e perigoso e isso me excita de uma maneira surpreendente. Leo fecha os olhos, recostado na sua cadeira, respirando descompassado,adorando meu movimento ritmado, tentando engolir o máximo possível dele. Leo geme baixo, sem pudor algum.

— Meu Deus, Açucena, isso está me deixando louco. Que boca quente, nem em sonho você me sugou assim. Uau... gata, se você não parar agora, vou encher a sua boca de porra.

— Ainda não, Leo, preciso sentir você é de verdade. Quero você me preenchendo mais uma vez.

Ele abre a gaveta, pega um preservativo e me entrega. Rasgo-o no dente, desenrolo em seu belo mastro, viro na mesa de costas para ele e me debruço. Ele ergue meu vestido e enfia sua cara na minha calcinha.

Humm... como você é cheirosa, Açucena. — Empurra a cadeira, puxa a calcinha de lado e, delicadamente, entra dentro de mim, acariciando a minha bunda.

— Puta que pariu... puta merda, que perfeição. Que calor delicioso que você tem, sua boceta é uma tentação. — Leo começa a me foder lentamente e fala palavras quentes em meu ouvido. Seu sotaque carioca se acentua quando está excitado. Ele não aumenta o ritmo, a sensação que tenho é que ele está me degustando, vagarosamente, como se tivesse saboreando uma iguaria cara, de sabor indescritível.

— Preciso de você, Açucena, quero você, gata. Vou gozar agora, mas quero mais, quero tudo. Boceta quente... vou gozar... Porra! — Sinto-o chegar ao ápice e estremeço com o meu gozo em sintonia com o dele. Ambos ofegantes, extremamentes entregues, em uma união que parece somente sexual, só que tem algo a mais que não sei explicar.

Leonardo se senta em sua cadeira e me puxa para seu colo. Olho para ele envergonhada e na mesma hora estou sorrindo, vendo seu semblante entorpecido.

— Tratamento vip, doutor Leonardo?

— Você é mais do que vip, Açucena. Só preciso lembrar que estamos no meio de uma consulta médica. Minha carreira ficaria muito prejudicada se fosse pego assim com você, minha paciente.

— Posso usar o banheiro? — pergunto, aturdida, ele balança a cabeça sinalizando que sim. Enquanto uso o banheiro, ele se torna apresentável novamente. Está me aguardando com os exames nas mãos.

— Tenho conserto, Leo?

— Adoro quando me chama assim, mas isso você já sabe. Seus exames estão ótimos, todos normais. Papanicolau classe I, praticamente uma virgem. — Levanta os olhos e dá um sorriso sacana para mim, que correspondo com uma virada de olhos. Virgens não se atiram no colo do seu médico.

— Em relação aos meus problemas pessoais, prometo que vou resolvê-los e você será a primeira pessoa a saber. Também quero deixar bem claro, que isso que aconteceu aqui, foi a primeira vez. Não costumo misturar as estações, nunca tive atração por nenhuma paciente, você realmente é a primeira e sempre foi para mim uma mulher especial.

— A culpa foi minha, me perdoa pela minha audácia. Até mais, Leo.

— Até breve, gata.

Junto com Leonardo deixo um pedaço do meu coração. Foi muito bom aquele momento de loucura. Sendo bem sincera, foi inesquecível. Leonardo consegue me fazer relaxar, ser eu mesma, ousar mais. Em nenhum momento da minha vida fiz uma coisa tão louca como essa. Talvez seja reflexo de tudo que vem acontecendo na minha vida, uma nova família, segredos descobertos, o abuso, o carinho que recebo dele. Não posso esquecer que ele tem uma pendência a resolver para que seja meu.

Meu...

Nunca pensei no doutor Leonardo como meu.

VEM CUIDAR DE MIMWhere stories live. Discover now