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Aviso!! Contém abusivo e tortura nesse capítulo!!!⚠️⚠️

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11 de setembro de 2021 às 14:30

Todas estão no escritório, Helena queria juntar com elas, mas as duas não deixaram e é um assunto particular, Kayla sentada em frente delas encarando na porta em silêncio entre elas. Helena foi descendo com a carinha triste, Amber adentrou e Sophia adentra fechando a porta e tranca na mesma, - "obrigada por não deixar ela entrar..." - falou tão baixo olhando no carpete cinza.

A pequena abraçou entre pernas e encarando nas duas se sentando nas poltronas, pensando em falar ou não falar, Amber ia começar e Sophia pergunta logo preocupada e a mesma assente sorrindo fraco, - "Irei começar, tudo bem?" - Sophia estendeu a mão e Amber segura fazendo carinho no torso da mão, - "O que você fez na semana passada foi irresponsável. Deixou preocupada da tia Maria, deixando sem entrar no quarto e sem comer o dia inteiro. Isso faz mal pra sua saúde, não faça isso. Ela só quer que você alimente bem e tudo bem em não comer tudo, mas não o deixe sem alimentar, pode ser?" - pergunta e ela assente, olhou pra Amber - "Ficamos preocupadas por você sair de casa, não sabemos se conhece esse bairro ou a cidade apesar de estar morando aqui não faz muito tempo. Pode ser 4 meses, mas não adianta, poxa... Não saía de casa o tempo todo, viramos a noite toda te procurando e quase mandamos a polícia, detetive particular até o FBI e por sorte a minha irmã me impediu de fazer loucura..." - Kayla escapa o riso e tampou a boca, não sabia das duas realmente iria mandar a polícia ir atrás de mim - "agora você ri, né? Fique sabendo que eu mal dormi direito e fui direto pro hospital por 72 horas sem descansos longos." - Amber falou deixando a Kayla atordoada, olhos marejados e pisca várias vezes pra não chorar, percebeu que fez errado fugindo de casa, ignorar todas chamadas e desligar o celular.

- "Alguém me mandou ir tirar folga e foi a Sophia e a minha irmã Helena, não queriam que eu ficasse morta de exaustão. Esperei Helena no estacionamento para irmos embora, foi aí que você mandou a mensagem. Não pude descansar e ansiosa de receber nos meus braços. Morri de preocupação, mas fiquei tranquila em que estava segura e salva, dormi por um dia inteiro no seu lado." – Kayla tenta segurar, saindo a lágrima solitária e limpa logo, Amber sai da poltrona e se senta no lado, segura o queixo virando na sua direção – "não se segure, pode chorar." – o abraça e solta as lágrimas pedindo desculpas por fugir de casa, por ignorar as ligações, por deixar em preocupações e por deixar em trabalhar sem descansar.

Esperou a pequena se acalmar de jogar fora o que se mantinha presa nó da garganta, arrependida de deixar... – "Kayla, acho que precisamos saber da chupeta... é por medo de ser julgada a nós?" – voz serena, a pequena observou assentindo tímida, – "Bebè, eu e Amber não iríamos te julgar. Amo você, Amber ama você, nós amamos!" – encaminhou em frente e puxou o banquinho que estava ao lado da poltrona, sentou-se nela e limpou a lágrima da pequena, – "Não chore, está tudo bem." – ela se nega sorrindo refreado... – "Tem uma coisa que vai deixar aborrecida... Precisa me contar tudo porque nós não aguentamos dos seus irmãos vivem soltando os segredos. Qual é a deles?" – solta o riso abafado não acreditando.

- "Eles não têm filtros e isso puxou a mãe Emily" - brincou as mãos, o celular toca de repente e vê o visor, abriu a mensagem mandando algo e desliga, - "Por onde começo? Garanto que precisem aguentar... não me interrompe e estou querendo tirar o peso nas minhas costas... Talvez eu use palavras inadequados." - voz inexpressiva e elas assentiram confortando nas mãos fazendo carícias no torso.

- "Fui encontrada em menos de cinco semanas no portão do... maldito inferno... o orfanato" - olhos inquietos - "quando eu tinha sete anos, os mais velhos me atormentavam, as funcionárias me empurravam nos trabalhos manuais como lavar as roupas, arrumar os móveis e não me deixava comer. Sem querer, ouvi um homem no escritório com o merda de bosta, eles aceitaram apenas uma condição para receber as fortunas desviadas... no caso... eu..." - ela estava lutando contra as lágrimas - "de receber as pancadas, mas não posso estar morta antes de completar a maioridade." - riu irônico - "Não sabia naquela época, todo mundo mudou completamente menos os mais novos porque eles me amam, pois era eu quem cuidava e as moças ou mais velhos não importava de quem estava doente, ou fome." - suas expressões enfureceu. Amber ia levantar-se, só não o fez porque quer ouvir até o fim e sabem o quão sensível ela é com as pessoas ficam doentes sem o tratamento.

- "Os dias mais tranquilos era passar o tempo integral na escola, tive bons colegas e professores, mas eles me afastaram e descobri os 'irmãos mais velhos' espalhava os boatos que eu roubava e infortunava dos novos, era tudo mentira e eles não acreditaram em mim. O mais difícil..." - deu relance nas duas - "Tentei o suicídio. A irmãzinha me viu o estilete na minha mão e começou a chorar, impedi de chorar pra não ter a comoção, fiquei tranquilizando nela e não faria isso." - argumentou dando o sorriso envergonhado, - "Com 14 anos, a Bella e as migas tentaram convencer de não entrar na briga, mas não aguentei devido aos babacas que me humilhava na sala de aula e o professor nem aí, e isso sei por que eles recebiam o suborno. Fui suspensa por duas semanas" - deu o sorriso desprezo e o celular apita a mensagem, frustrada com esse celular, ela verifica a mensagem e suspira mandando vender e mandou não perturbar.

A face da Sophia fechou-se dura, Amber franziu o cenho e ela fez o sorriso refreado querendo saber do celular que não parava de mandar, - "O merda de bosta estava no hall quando me viu meu rosto soterrado, fui jogada na parede e chutada por olhar com desprezo..." - suspirou massageando a têmpora e encara nelas sorrindo falso, - "de noite, fui socorrida e voltei do inferno com o cara de merda da bosta imunda. Ele descobriu que me suicidei e me levou naquele lugar que nem imaginam." - sentiu o aperto das duas - "Me violentou, me enfiava as agulhas no corpo que não tive o poder de mover, me cortava..." - tocou nos braços tatuados e elas perceberam de onde veio as cicatrizes – "Fiquei toda fudida e nisso me pegou o trauma... as agulhas... coisas bem pontudas que nem devo imaginar..." - voz estridente olhando pra Amber angustiada e Sophia com a expressão endurecida.

As duas não acreditaram de ouvir da sua pequena que sofreu bastante durante a infância, violentada e modos de abusos físicos e psicológicos, Sophia por dentro está muito enfurecida ao contrário da sua mulher Amber.

- "Nas mãos..." - constatou nas luvas e riu cínico por lembrar - "sem querer quase matei a minha própria irmãzinha, o imundo se protegeu jogando a irmãzinha na minha frente. Entrei em pânico por ferir e fugi ali sem olhar pra trás. Desde então peguei a trauma tudo isso e medo de confiar nas pessoas certas, odeio de ser tocada pelas pessoas mais velhos ou da mesma idade. Por isso não sei sorrir ou de sentimentos felizes, peguei a notinha de observações para saber como são os sorrisos ou de expressões, mas larguei tudo isso porque me incomodava ou entediada. Também não sentia nada quando o Luca te falou" - 

Minha bébé...Onde as histórias ganham vida. Descobre agora