17

250 16 3
                                    


- "Que braços é esse, garota?" - reclamou Ana.

Amber respondeu tão óbvia - "Tatuagem ué." - dá de ombros.

- "Je ne peux pas croire ma fille. Quelle envie de dire des blasphèmes" - falou Ana, as duas entreolharam e deu o aviso para Kayla que é a hora.

- "Ne sois pas comme ça, je l'ai seulement fait parce que j'ai... des cicatrices et que je suis bien avec les tatouages qui me recouvrent. S'il vous plaît ne me demandez pas pourquoi. (Não fique assim, eu só fiz porque tenho... cicatrizes e estou bem com as tatuagens me cobrindo. Por favor, não me pergunte o motivo.) - falou sincera, todas ficaram surpreendidas por entender o francês e falou perfeitamente, menos os esposos das irmãs e a criança que não entendeu nem um pouco.

Kayla terminou o pequeno desenho, a tinta havia sujado nas mãos como a Mel previu, olhou de relance nas mãos e tentou afastar as memórias, antes de entrar em desespero, Sophia encostou o seu queixo e virando para olhar nela pedindo em respirar fundo enquanto a Amber pega o lenço umedecido, limpa o restante de vestígio e pôs a luvas.

- "Espere. Como você fala bem? Meus alunos mal falam direito." – exclamou Louise.

Kayla colocou a blusa de volta e se sentou no meio das duas dando beijo nas bochechas, - "Estudos e práticas, fiz o cursinho da universidade na França." – falou com um tiquinho de orgulho.

- "Ela passou do teste, pai e Lou?" – sorriu esperançosa, Olivier cerra olhos e Louise revira olhos e dá sinal positivo.

 - "Pai?" – chamou e ele mandou ficar em silêncio.

- "Só espere, Amber. Preciso saber mais." – Amber bufa e Kayla assiste em silêncio esperando a pergunta, - "Você só sabe falar francês, inglês e espanhol, estou certo?" – Começou a fazer perguntas.

 - "Não só isso, senhor. É que sou poliglota, falo mais de seis idiomas. Estudei muito para conseguir o emprego e conhecer o mundo, a senhora Ana sabe que eu era a bolsista da escola prestigiada e de matérias difíceis." – respondeu e ele olhou pra esposa e assentiu ser verdadeiro.

 As duas estavam encarando nos olhos de lado, ouvindo tudo sem distrair e sorrindo de orelha a orelha, as irmãs também prestava a cada palavras que ela dizia claramente.

- "Que surpresa... Posso saber quais idiomas?" – perguntou e ela assentiu contando os idiomas.

A família nem imaginam o quão a jovem é inteligente e tem menos de 25 anos, - "Nossa... O quanto você ganha pelo emprego?" – analisou, o Olivier teve que ter algum plano tirando as informações e viu a Kayla dando o relance e seus olhos estava dilatada, pegou a isca, olhou pra Louise e entreolharam que também percebeu algo.

- "Ganho 7.727 reais por mês, de analista da relação internacional." – respondeu distorcendo.

- "Vi seu rosto distorcendo por falar número, tem algo errado." – acusou disfarce.

- "Desculpe senhor, é que não gosto quando há falta de número. Não gosto de falar ímpar nos últimos dígitos. Prefiro falar de '7.720 ou 7.730', Senhor." – respondeu bem óbvio, Olivier lembrou de um amigo que também tem o mesmo costume dos dígitos.

- "Interessante, mas sinto que tem alguma coisa. Poderia me contar?" – jogou a isca e avistou o olhar receosa, a Kayla realmente pegou a isca e sorriu.

- "Acho que sim, senhor. Não posso me esconder nada do senhor." –

- "Não ligue pra suas namoradas, quero saber o quanto ganha mesmo. Isso é entre nós com esse assunto." – falou honesto e ela assente. Começou contando o tique das mãos, pensou se isso é por hábito de contar os números ou por nervoso brincando as mãos.

- "Seis dígitos por ano, senhor. Invisto neles..." – viu a Sophia engasgar-se a própria saliva e a Amber tentando processar o pane de sistema, - "Surpresa..." – Kayla sorriu sem graça para as duas e ainda falou – "Tenho três empregos, senhor. Analista de sistema, de financeiro e de relação internacional." – olhou nas duas sem palavras e pelo olhar, parece que está querendo matar, não pelo segredo e sim pelo excesso de trabalho.

Olivier entendeu como isso iria afetar a saúde e olhou a filha e a nora dando o esforço e de cuidados para a nova namorada, entendeu bem no que a filha contou que a jovem precisava de apoio e a zona de conforto, a esposa Ana também contou que sofreu a infância no orfanato e descobriu tarde demais pra desaparecer, ela ficou arrependida por não ajudar e não tinha como saber naquela época e a Helena falou pra ter a paciência, que havia fugido da casa e voltou três dias depois, a preocupação das duas quase explodiu de mandar a polícia, entre a crises e do ataque de pânico, deu o avanço da netinha mandando tirar as luvas não sabendo qual é a trauma e de explicação por trás das tatuagens.

Essa jovem realmente precisa conhecer a si mesma e descobrir o propósito de vida, o Olivier não aceitou bem e não gostou de saber o quanto a jovem Kayla sofreu tanto que cresceu sem confiança, sem afetos e sem amor. Decidiu aceitar pela felicidade da sua filha Amber e tentará aproximar a Kayla para aprender tudo.

- "Filha, a sua namorada passou o teste." – falou sorrindo e a Amber comemora abraçando nas duas e dando selinhos, - "Hey, não na frente da minha neta." –

- "Poxa, vovô. A tia só deu beijinho da tia Sophia e da namorada Kala, deixem elas darem beijinhos de felicidade." – mel murmurou e fez beiço não aprovando no que o vô impediu, ele suspirou pela fofa e aceitou a darem os beijinhos.

16:40

- "Voltei, mãe e pai!" - uníssono de dois adolescentes.

- "Clara e Enzo, chegaram bem na hora." - falou o Bruno indo abraçar nos filhos.

Kayla observou os dois adolescentes bem iguaizinhos e a Louise sorri tomando o gole de vinho e achando se está confusa ou o porquê que são.

- "Meus filhos são gêmeos, Kayla." - dá de ombro - "Nenhum deles parecem comigo, isso é triste. Puxou todos os genes do meu marido Bruno." - 

 Os dois filhos dão beijos na bochecha de cada lado. Eles o cumprimentam todas na família menos a Kayla que retribui dando o soco.

Kayla se nega de uma coisa quando a Louise falou em um pequeno tempo, - "Já percebi, mas vejo os dois tem um pouco traços vindo de você, o Enzo tem até com a personalidade e a Clara do Bruno. Tem treze ou catorze?" - perguntou e eles responderam com catorze anos, - "Quando chegar com 17 anos, vai entender o que estou falando." - esclareceu sorrindo ladino.

Amber puxou para mais perto quase deitada no peito e abraçando a pequena e Sophia faz carinho no cabelo, - "Quanta melação!" - Louise revira olhos - "Como poderia ter certeza?" -

- "Isso é porque ela tem irmãos mais novos. Lorenzo e Luca." - Sophia responde no lugar da pequena.

- "Irmãos?" - perguntou a Ana acompanhando a conversa e a Kayla assente.

- "O pai de criação se casou e conheci os dois gêmeos que tinham 15 anos e já tem vinte e dois anos." - citou.

- "Ah." - lembrou - "Posso saber quem é o artista?" - Kayla perguntou a Ana, - "Qual delas?" - sorriu ao saber o interesse, Kayla apontou um dos quadros que viu antes e ela sorriu em um específico. 

Minha bébé...Where stories live. Discover now