NOITE IN ESQUECÍVEL l.

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♦ Erik Ludwig ♦

— Eu tenho certeza, e se você colaborar eu vou conseguir consertar o estrago que fiz e voltará a ter as informações que precisa.


Me surpreendo com sua afirmação, mas pensar em seu plano é assustador, já que essa cabecinha parece imaginar coisas perigosas.


— E qual é o seu plano? Como pretende voltar para perto dele sem que ele te chame? — Pergunto a encarando.


Então ela sorri tímida, se levanta e caminha na minha direção, me empurrando até o sofá. Ela se senta em meu colo, de pernas abertas, me deixando atônito.


— Ele quer meu corpo, então é o que preciso dar a ele. Mas eu não quero dar minha inocência a um ogro... Ele vai me machucar. Eu preciso me aproximar dele para me ver livre e te livrar de suas garras... então, a solução é você me ensinar o que fazer para ambos se beneficiar. Me faça mulher, Erik, eu quero que seja você o meu primeiro.


Eu desconfio da minha própria audição, olho para Valentina que está ruborizada. Ela afunda seu rosto no meu ombro e agarra meu terno com força. As mãos que seguram minha roupa tremem sem parar, mostrando claramente seu nervosismo...


Suspiro fundo e então toco sua nuca. Ela não reage. Apenas sinto seu corpo estremecer em meus braços.


Afasto ela do meu ombro e a olho, mas seu olhar não consegue fixar o meu. Sua respiração está pesada e seu peito sobe e desce.


— Valentina, olhe para mim.


Valentina tem um perfume natural que me deixa inebriado.


— Valentina, olhe para mim. — Pedi novamente. Relutante ela me olha ainda mais corada, logo desviou o olhar outra vez. Isso acrescenta a ela uma beleza genuína e que me fascina. Se fosse uma mulher com experiência já estaria nua e me despindo. Mas Valentina está anestesiada, ela me propôs algo, mas não tem a mínima ideia do que fazer. Seu olhar está perdido e vagueia para todos os lados, evitando um contato visual comigo.


— Tira a minha gravata.


Ela me olha com olhos arregalados.


— Tira minha gravata. — Repito e suas mãos sobem trêmulas até a peça. Segura o nó da gravata e a encara por alguns segundos, antes de voltar a me olhar como estivesse pedindo "ajuda" e um sorriso brotar nos meus lábios.


Afrouxo o nó para facilitar para ela, que observava atenta como fiz, e, com um pouco de dificuldade, consegue remover com sucesso.


— Não foi tão difícil, foi? Vem comigo.


Seguro a mão dela e a puxo para fora da biblioteca, em direção ao meu quarto. Suas palavras e olhar de ansiedade me tiraram o juízo, e o silêncio da calada da noite e a casa somente para nós dois é o cenário perfeito. Quando entramos, tranco a porta por precaução, com ela a alguns passos de mim. Me aproximo e seguro sua nuca. Deslizo minha outra mão pela lateral do seu corpo esguio e ela estremece...


— Valentina, você tem certeza do que me pediu? Não quero ser um arrependimento em sua vida. Ainda está em tempo, podemos sair daqui e fingir que nada aconteceu. Posso ser um bom amigo se assim desejar.


Ela cola sua boca na minha e abraça minha cintura. Seus lábios emanam um gosto delicioso de um dos bourbons de Marcelo, me tirando o resquício de juízo que me restava. Pego o seu gesto como sinal verde e a levanto, segurando suas nádegas e caminho até a cama, sem separar nossos lábios. Suas mãos trêmulas passeiam por meio dos fios do meu cabelo, fazendo meu corpo se arrepiar. Aperto sua cintura e seu quadril contra minha ereção e ouço um gemido abafado. Interrompo o beijo e a coloco sentada na cama. Dou um beijo casto e me abaixo ficando no meio de suas pernas.


A respiração dela está ofegante e seu olhar é intenso.


— Isso é errado, minha mente grita constante isso mas meu corpo diz ao contrário. Você é uma criança e eu que repreendi tanto Marcelo. — Aqui estou eu, sendo um maldito como ele desejando você, o meu "fruto proibido".


Mesmo sem ter falado os pensamentos finais, parece ser transparentes. Ela segura com firmeza meu rosto e me encara.


— Não fala assim, é uma pessoa boa que se preocupa com o meu bem estar. É por isso que escolhi você, Erik. Sei que não é o que você quer, e isso é um fardo, mas, por favor...
Seu olhar fica melancólico e meu coração dispara. Sem tirar os olhos dela, minha mão toca em seu joelho e afasto suas pernas uma da outra, então tiro sua bota e em seguida sua meia.


— Agora quero que relaxe.


Toco sua coxa e aperto dando sequência, em uma massagem a qual Valentina parece gostar. Ela sorri e apoia os braços no colchão, jogando a cabeça para trás. Vou subindo até chegar na borda da calcinha. Passo a mão de modo suave e ela dá um pulo e se assusta. Vou conversando, acalmando ela. Tiro sua calcinha e sinto sua respiração sair pesada. Junto nossos lábios mais uma vez na intenção de passar segurança e tranquilidade. Minha mão então toca sua parte íntima que está quente, sua temperatura está elevada. Deslizo meu dedo por sua extensão, ela se contorce e seu gemido é abafado pelo beijo. Sinto meu pau pulsar dentro da calça que o massacrava.


Encerro o beijo e tiro seu vestido. Meu tesão se foi assim que vi os hematomas ainda em seu corpo... então me afasto, atordoado.


— Não posso Valentina, olha o que eu fiz com você... — Ela segura meu rosto e cola sua testa na minha.


— Você não fez isso. Marcelo fez. Erik, não pode me deixar nas mãos dele... vai deixar com que ele me machuque ainda mais? Não deixe que ele me tire o que eu tanto valorizo em mim. Permita-me escolher você.


— Não consigo, te ver assim não ajuda. Meu pensamento me acusa e não vai funcionar...


— Precisa funcionar, o que eu tenho que fazer para isso acontecer? Me fala? Eu faço. Prometo tentar ser uma boa aluna, Erik me ensina.

♣ ♥ ♠ ♦ Contínua no próximo capítulo. ♣ ♥ ♠ ♦

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