HIERARQUIA DOS BRINQUEDOS FAVORITOS l.

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♠️ Marcelo Clark ♠️


Depois que mandei Valentina para Dover a casa ficou silenciosa. Finalmente tenho paz, mas meu coração continua no meio de uma tortuosa tempestade que luta com o fantasma de Valentina. Minha cabeça não pensava em nada além do terror estampado no rosto da minha esposa, nem mesmo os ataques medíocres dos Strauss na tentativa de retomar o Brooklyn. Dormir foi impossível, os gritos e os choros dela eram meu martírio.


Assim que amanheceu, liguei para Tiffany e mandei que viesse. Precisava me aliviar. Estava tomando meu café quando ela já entrou pulando em meu colo e me beijando.


— Marcelo, que bom que me chamou. Estava com tanta saudades. — Desceu sua mão até a minha calça e começou a me tocar. Fui para o escritório com ela.


Ao sentar, ela vem e abre minha calça e começa a fazer o seu trabalho. Sua língua deslizava com agilidade e nos meus dias normais eu estaria fodendo aquela boca dela com violência. Mas por mais que eu estivesse com uma mulher incrível no boquete, ela não conseguiu se diferenciar da sombra da senhora Clark.


Aquilo estava me tirando do sério. Foquei minha mente naquele dia que chupei Valentina e curti o momento, eu consegui me aliviar. Mas ao abrir os olhos e ver um rosto diferente do dela me decepcionou.


— Saia, fez um bom trabalho.


— Marcelo, por que está assim? Eu sou sua favorita, se lembra? — Sua afirmação me fez sorrir.


— Você era, minha favorita. Esse cargo agora pertence a Valentina. Como disse, fez um bom trabalho. Não me faça repetir mais uma vez a mesma coisa ou terei que te dar um fim. E não quero me desfazer do meu brinquedo favorito número dois. — Peguei a arma e coloquei sobre a mesa.


Ela arrumou sua roupa e seu cabelo desgrenhado antes de sair do meu escritório.
Os dias se passaram e eu tentava manter o foco nos negócios. Estava vendo o balanço no escritório quando batidas na porta soaram e a governanta apontou pedindo permissão para entrar.


— O que foi, Arlete? Algum problema?


— Senhor, sua esposa acaba de ligar e pediu sua permissão para que eu vá cuidar dela em Dover. Aparentemente a senhora não se sente muito à vontade com Helga.
Me lembro das marcas que deixei nela ao sair daqui.


— Não sei porque, mas minha esposa gosta e tem um apreço por você. É a única serviçal que ela procura. Se ela pediu por sua presença, vá. Cuide bem dela. Mande Helga vir para cá enquanto estiverem por lá.


Essa menina me tira do sério, qual é o problema dela? É bipolar? Uma hora ela está rebelde, outra hora age como uma boa esposa e pede de uma maneira que não consigo negar.
Após a troca das governantas, semanas se passaram e, segundo relatório de Erik, Valentina não interagia com ninguém, sua companhia eram os livros.


— O que há de errado com você, Celo? — John toca em meu ombro bom chamando minha atenção. — Se quiser conversar, estou aqui.


— Obrigado, John, estou bem. Vamos continuar onde paramos?


Pergunto e a porta do escritório se abre, me revelando a presença de Valentina. Apesar de eu não gostar de surpresas, a maneira como ela reagiu ao nosso reencontro, de certa forma me deixa até mesmo aliviado em vê-la.


— Aconteceu alguma coisa entre vocês? Está tudo bem?

♣ ♥ ♠ ♦ Contínua no próximo capítulo ♣ ♥ ♠ ♦

Sem EscolhaWhere stories live. Discover now