84 • PROTEGER OS MEUS

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Naquele momento, somente eu, o Benício e o Davis estávamos na sala com o investigador, que se acomodava na poltrona enquanto nos avaliava

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Naquele momento, somente eu, o Benício e o Davis estávamos na sala com o investigador, que se acomodava na poltrona enquanto nos avaliava.

Bretonne, Jason e Russel saíram da casa antes que ele chegasse a pedido meu, já que eu não queria envolver nenhum deles nisso, principalmente a dupla dinâmica infernal que não tinha bom histórico com autoridades.

— Obrigado por atender esse chamado na madrugada, investigador.

Agradeci e ele assentiu.

— Quando uma das possíveis vítimas da sua investigação aparece viva, você atende ela em qualquer horário. Confesso que pensei ser um trote ou uma armadilha. Tanto que deixei algumas viaturas de prontidão nas duas esquinas da residência. Inclusive, vou avisar que está tudo bem para que eles não invadam o local.

— Por favor.

Benício pediu e esperamos que ele mandasse sua mensagem.

— Senhor Guerra, eu acho que nem preciso perguntar o óbvio. Então, por favor, me explique tudo com riqueza de detalhes.

Pediu encarando o curativo na minha perna.

— Sei que quer saber da explosão, mas a história começa bem antes.

— Sou todo ouvidos.

Ele disse e assenti.

— Tudo começou no dia que invadiram a minha empresa durante um evento interno de apresentação dos nossos veículos. Inclusive você era o responsável pela investigação, detetive.

— Que você dificultou quando não me cedeu as imagens das câmeras, alegando que estavam desativadas.

Ele pontuou e senti a crítica na sua voz.

— Se eu disse que estavam, elas estavam, detetive. Mas voltando ao foco, depois daquele dia as coisas ficaram mais tranquilas, até o dia do evento automobilístico. No momento do apagão, um homem surgiu e me conduziu para o setor dos camarins e lá eu pude ver o rosto da pessoa que tanto tentava me alcançar.

— E quem era?

— Eu não o conhecia, mas ele era pai de uma tenente que trabalhou comigo por muitos anos no exército. Ela havia morrido em combate por fogo amigo. E eu havia autorizado o ataque ao local onde ela estava, sem saber que ela estava lá dentro, porque eu estava em outra zona.

Expliquei e ele assentiu.

— A questão é que o senhor Clegg enquanto pai nunca aceitou a morte da filha. Ele passou todos esses anos investigando e recolhendo provas com contatos que deviam ser muito bons, porque ele sabia que a morte da filha havia sido planejada para parecer um acidente, mas que na verdade a Penny Clegg havia sido assassinada.

— Assassinada? Por quem?

— A pergunta correta é "a mando de quem?", investigador.

Corrigi e ele se manteve calado.

SELENA FERRARIWhere stories live. Discover now