Capítulo 3

25.4K 2K 2.2K
                                    


William

Louis saiu do banheiro e foi dormir depois de ter comido, talvez acorde só na hora de ir pra aula, e como ele é fraco, com certeza vai acordar com dor. Enquanto isso continuo conversando com a gatinha novata, o nome dela é yasmin, e ao que tudo indica Louis já conheceu ela, eu não me preocupo com isso, Louis não parece oferecer perigo pra mim em relação há garotas, talvez eu até posso me aproveitar da amizade deles dois e conseguir ela pra mim por uma noite, mas enfim estamos conversando, e ela fala só de sonhos e livros que nunca li nem quero ler, apenas finjo interesse.

Uma coisa que sempre funciona é fingir interesse em algo que alguém goste, sempre funciona quando você quer que o assunto anda pra frente, é uma canalhice? Sim, mas quem se importa?

6:00 dia seguinte

Louis

Acordei e me arrependi, após me mexer pra levantar da cama senti uma dor aguda no corpo e acabei deitando de novo, após mais alguns minutos conseguir juntas forças e caminhar até o banheiro pra um banho longo, William já estava  acordado, me vesti para a aula e desci as escadas não tive tempo de tomar café porque William disse que íamos nos atrasar, mas ainda faltavam trinta minutos para aula, pedi para ele fazer uma parada pra mim comprar lanche no mercado e ele concordou. Quando desci do carro senti uma pontada de dor e acabei soltando um gemido, que ele percebeu e me encarou.

— Tá sentindo dor né? — william perguntou e apenas fiz que sim com a cabeça.

— Okay fica aí deixa que eu compro o lanche pra você — ele disse saindo do carro, fiquei surpreso mas resolvi não falar nada.

— Obrigado — disse voltando para o banco e pude perceber que o carro estava limpo, acho que ele limpou.

Logo ele voltou com uma caixa de cookies e suco e me entregou, comecei comer no carro mesmo, o trajeto foi calmo, Brad Ford como sempre estava nublado e de manhã dava sensação de ser fim de tarde o que não era muito diferente da Irlanda. Após chegarmos na escola desci do carro e os amigos do meu primo já estavam lá inclusive o que me bateu, encolhi os ombros e passei por eles sem falar nada, pude perceber risadas quando eu estava entrando no corredor. A parte mais difícil de ontem foi tirar o cheiro horrível que impregnou em mim.

Após entrar na sala me refugiei na última fileira, e fiquei até a aula começar, eu não deveria me sentir tão inferior, abaixei a cabeça na mesa e acabei dormindo fui acordado pela sirene indicando o próximo horário de aula que seria sociologia.

A professora era uma senhora de mais ou menos cinquenta e quatro anos, ela entrou fez a frequência e disse que iríamos fazer um pequeno debate sobre as conquistas da mulher na sociedade e discutir sobre as idéias da sala.

— Vamos dar início ao nosso debate, vou escolher alguns alunos e terão de dar suas respectivas opiniões e comentários a respeito disso. — e então começou passar o olhar pela turma, ela escolheu uma garota chamada bruna e ela logo começou falar.

— Bom acho que o sexo feminino é muito subestimado, nós mulheres somos capazes de várias coisas sem precisarmos do homem as mulheres conquistaram seu lugar na sociedade com muita luta e sacrifícios são guerreiras desde o começo. — concordei mentalmente com cada palavra.

— Muito bem senhorita bruna — nesse mesmo instante um garoto levantou a mão.

— Sim diga — a professora deu a fala para ele.

— As mulheres não fizeram nada, desde o princípio tudo foi originado pelo homem, o homem é quem sustenta a família, lugar das mulheres é em casa, cuidando, lavando e passando, essa é a função natural das coisas — ele finalizou e a sala estava estática, eu estava olhando pra ele e é só pensava na forma grosseira e machista que ele se referiu as mulheres, mamãe era uma mulher forte e independente, isso fazia ela ser a diretora da empresa junto com meu pai, fui tirado dos meus devaneios pela voz da professora que estava me fitando, talvez por eu ter me distraídos um pouco.

Um Amor ProibidoWhere stories live. Discover now