Capítulo 60

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Caio

Acordei quando o dia estava nascendo, saí da barraca tentando não acordar os dois, o que não tive muito sucesso. Will e lou acordaram e saíram em seguida, ficamos os três sentados no tronco esperando o sol nascer, mas ele não veio, ficou atrás das nuvens densas. Minha cabeça doía um pouco, na verdade doía muito, nunca mais eu vou beber na minha vida.

Lou ainda mantinha os olhos fechados escorado em mim, o cheirinho de floresta e o vento frio era muito agradável, Will me olhou e sorriu, ficamos olhando para o lago por um bom tempo, começamos desmontar a barraca, e arrumar as coisas. Como da última vez, nós iríamos na confeitaria tomar café da manhã, e depois ir pra casa. Dormir numa barraca com pouco espaço, com os amores da sua vida era ótimo, mas dormir em sua cama fofa e macia era melhor ainda.

Vi ícaro sair da barraca dele, estava com uma queimadura em forma de garfo, comecei rir imediatamente e o mesmo ficou de carranca, Luna apenas sorriu abafado e ele olhou indignado pra ela. Não faço ideia de como aquela queimadura aconteceu, depois que terminamos de desmontar tudo, limpar o lixo do local e guardar em sacos, entramos nos carros e seguimos para confeitaria.

De início quase fomos barrados, até porque um grupo de adolescentes a maioria de ressaca, não é algo que transmite confiança, mas logo a gerente resolveu o problema e só sabíamos rir daquilo, Will fechou a cara para um rapaz que trabalhava lá, fiquei confuso e sem entender nada daquilo. Todos pedimos bolo de chocolate, só as bebidas que foram variadas, conversamos sobre a festa, sobre a queimadura do ícaro que rendeu várias risadas, e também sobre o baile que está mais perto do que pensamos.

Assim acabamos tudo, nos despedimos e cada um foi para suas respectivas casas, ainda tinha o final de semana para aproveitar, Will ia dirigindo pensativo e com calma, lou tava apagado no banco de trás, entrou e já foi se prendendo no cinto e dormindo. Assim que chegamos, carreguei ele para o andar de cima enquanto o Will arrumava as coisas, tomei um banho e troquei de roupa e fiquei deitado com o lou. Will apareceu minutos depois e me chamou na porta, sai do quarto do lou e fui para o dele.

— Oi, quer falar sobre algo? — perguntei e ele confirmou balançando a cabeça.

— A pessoa anônima era o Diego, jogador do nosso time, inclusive era nosso amigo — disse suspirando e deitando na cama.

— Como descobriu isso? — fitei sua expressão, não tinha reparado até então, mas ele parecia bem cansado.

— Ele mesmo se revelou, com uma história de paixão e troca. Quando ele ia fazer a grande merda, o Cassius apareceu e disse que tinha apagado tudo em relação a gente — will sentou e ficou me encarando.

— Não faz sentido isso, tipo nenhum mesmo — falei olhando para ele, mas na verdade fazia sentindo sim, Diogo nunca gostou tanto de mim, e eu sempre senti isso, era meio que uma falsidade fingida de amizade, comecei perceber isso ano passado, quando ele fazia de tudo para agradar o Will.

— Acho que estamos fora de perigo — disse sorrindo e me abraçando.

— Sim, hey o baile já é daqui duas semanas, o que acha da gente ir ver os ternos essa semana ainda, por mais que a gente não saiba de quem vai levar, pelo menos isso já fica resolvido — disse sentindo o abraçado cada vez mais.

— Tudo bem, a gente vê sim — will disse me dando um beijinho.
— Por que o Cassius apagou as coisas, se ele não suporta você, ou não suportava? — isso realmente tinha me intrigado, ele tinha a faca e o queijo nas mãos.

— Pelo lou, ele disse que toda a confusão criada ia fazer o lou sofrer, e que não fez por mim nem por você, e sim por ele. Lou amoleceu a pedreira pelo que percebi, não sei se você tem noção disso, mas a maioria das pessoas que acabam conhecendo ele, sempre acham algo bom, ou se tornam boas de alguma forma — afirmei, isso era a mais pura verdade.

Um Amor ProibidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora