Capítulo 56

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Louis

Estava na fila de uma loja no shopping, comprando uma sunga para uma festa que os meninos vão, Ícaro também comprou e o mesmo se encontrava distraído olhando as vitrines, achei estranho uma festa na piscina sendo que estamos caminhando para o inverno, mas a probabilidade da maioria das pessoas estarem bêbadas é bem grande.

Assim que chegou minha vez, entreguei a sunga vermelha na tonalidade vinho, a atendente removeu uma etiqueta e passou os dados pra gerar a nota no computador. Paguei e fiquei esperando Ícaro próximo a saída, em menos de um dois minutos ele vem balançando a sacola na mão.

— O que você quer fazer? São apenas 13:50, os meninos devem estar próximo de sair do treino — disse caminhando ao meu lado pelo shopping.

— Não sei, podemos comer alguma coisa e depois irmos pra casa?

— Vamos, o que você quer comer? — nos sentamos a uma mesa na praça de alimentação, olhei ao redor as várias lanchonetes tentando decidir o que pedir.

— Nuggets, aquela lanchonete ali vende um balde com 50 pedaços — disse fitando o slogan da lanchonete.

Ícaro se levantou e foi em direção do local, fez os pedidos e em seguida voltou, ele parecia meio aéreo ou entediado, os olhos percorriam por todo canto. Fiquei observando as feições dele por alguns minutos, até perceber um rubor aparecer levemente em suas bochechas.

— Lou, por que tá me encarando? — ri com a pergunta desviando o olhar.

— Nada, é que você parece cansado.

— Não é nada, apenas aqueles trabalhos que o professor de literatura passou, mas de tanto você me encarar, por um minuto pensei que você estava cogitando a ideia de um terceiro namorado — acabei gargalhando e fazendo Ícaro rir junto.

— Então você corou por ter pensado nisso foi? — e logo o rubor voltou e eu apenas sorri, observei o número brilhar num painel próximo a lanchonete, olhei o número no cupom do nosso pedido e Ícaro foi buscar.

Resolvi levantar e ir ajudar, chegava ser engraçado ver Ícaro tentando equilibrar o balde de nugget, dois copos de refrigerante e dois potinhos com molho. Peguei os refrigerantes e sentei na mesa, e em seguida ele fez o mesmo.

Começamos comer, a conversa fluía sobre assuntos diversificados, após uns minutos senti meu celular vibrar e logo peguei, talvez os meninos estivessem mandando mensagem. Abri a caixa de entrada, e logo estava o anônimo.

" que casal lindo." e com anexo estava uma foto nossa daquele exato momento, olhei ao redor por impulso e logo recebi outra mensagem  "não adianta procurar, você não vai achar baby lou", mostrei a mensagem pro Ícaro, e ele quis que nós fossemos embora, pegamos o lanche e saímos caminhando para o estacionamento.

— A gente pode ir lá pra casa, daí você avisa os meninos que está comigo — Ícaro disse saindo do estacionamento do shopping, apenas assenti.

Fiquei tão perdido pensando na mensagem que só despertei do meu transe particular, quando Ícaro parou em um semáforo me chamando a atenção.

— Está tudo bem? - disse retirando uma mecha de cabelo da minha testa.

— Tá sim, só tô pensando um pouco, fico com um sentimento ruim em relação a essas mensagens — digo suspirando e olhando o céu nublado.

— Não se preocupa, ninguém vai encostar em você se depender de mim, você sabe disso — logo o semáforo abriu e o carro voltou a rodar, assim que paramos em frente a casa de Ícaro, descemos com nosso lanche, e quando entramos ele parou na cozinha pegando uns cubos de gelo pro refrigerante.

Um Amor ProibidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora