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Passei meu olhar envergonhado pelas meninas, Patrícia me fuzilava com os olhos, acho que se ela pudesse me enforcava ali, naquele momento.

Desviei meu olhar para Paloma, ela sorriu satisfeita e piscou o olho para mim, sorri para ela também, me confortando e voltei a olhar para Vitória, que permanecia batendo palmas, com aqueles olhos cravados aos meus peitos.

Fechei minha cara um pouco, olhando para o lado, era nítido meu incômodo. Vitória parou com o seu show e se dirigiu a porta, rindo ainda:

— Vamos, minhas putinhas preciosas.

Chamou, animada.

Todas as meninas se dirigiram a porta e eu fiz o mesmo. Na minha vez de sair, Vitória segurou meu braço.

— Adoro as difíceis, ainda mais se ela tiverem um corpo assim.

Sussurou, ao pé do meu ouvido.

Puxei meu braço de suas mãos com força, sem encara-la e apertei meu passo para alcançar as meninas. Eu estava toda arrepiada, confesso que o medo tomava conta de mim.

Peguei na mão de Paloma e segurei, ela apertou minha mão e colou nossos braços, me dando força com o olhar, me senti segura. Eu me sentia confortável com ela de uma maneira surreal.

Tinha uma van, preta e enorme, parada a nossa frente. Patrícia abriu a porta e entrou pisando fundo, ela estava com um semblante horrível, tratei de não olha-la. Logo depois, todas nós entramos e nos acomodamos nos bancos.

Não dava pra ver quem estava dirigindo, havia uma placa preta, que dividia os setores da grande van. Ao fechar a porta, deram partida.

(.....)

Ao descer da van, fiquei reparando cada detalhe. A rua em que estávamos era completamente deserta, só havia carros estacionando a todo momento, e outros entrando em um estacionamento.

A boate era bem chamativa. Tinha luzes vermelhas em contorno de toda entrada e encima, estava destacado o nome bem grande:

La Puta - mood 24.

Havia uma mulher também, com dedos na boca, semi-nua, ao lado do nome.

Arrepiei-me com o vento gelado que tomou conta do meu corpo.

Estava super-tensa.

Vitória saiu da van, no banco do carona da frente. Ela bateu a porta e se aproximou de nós.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora