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O cliente estava deitado tentando regularizar sua respiração. Eu queria mais, dentro de mim mas eu não era paga para o meu prazer.

Fiquei ô olhando, tudo ardia em mim.

— Senta aqui.

Chamou, batendo na cama.

Assenti e fui em direção das minhas roupas, fazendo menção de vesti-las.

— Não, não se veste, quero te olhar nua.

Exigiu ele.

Fiquei sem graça mas tentei não deixar transparecer. Eu tinha que fazer.

Larguei as roupas e caminhei até ele, sentando. Ele não parava de me olhar. O pior era que ele tinha um olhar bem analisador, daqueles que tentam descobrir tudo de você, só observando. Era excitante e tenso, na mesma medida.

— Então, qual é o seu nome?

Ele indagou, sorrindo. Os dentes dele eram tão brancos que pareciam não ser reais e ele tinha um sorriso largo, bonito, confortável.

Eu pensei em mentir meu nome.

- É... é.

Droga, puta merda!

Eu era péssima com mentiras, ficou notório demais.

— O verdadeiro.

Ele reforçou. Certeza que havia percebido.

Não me contive e acabei sorrindo sem graça. Eu era uma tola, não fazia sentido estar na merda e querer fugir dela.

— Gabriela. Meu nome é Gabriela. O verdadeiro.

Respondi, relaxando os ombros.

— Nome bonito, como você.

— E o seu?

— Edgar.

— Nome bonito, como você...

Repeti sua frase no mesmo tom. Nos encaramos alguns segundos e acabamos rindo juntos.

— Qual sua idade, Gabriela?

Muitas perguntas me causavam falta de ar, eu ficava nervosa. Me virei pra ele, lançando um olhar provocativo e fui passando a mão no meu cabelo devagar, jogando pro lado.

— Curioso você, em?! Poderia usar essa curiosidade pra conhecer cada parte do meu corpo e eu do seu.

Propus. Senti seus olhos passearem sobre o meu corpo com rapidez dessa vez. Ele sorriu de canto.

— Tudo bem. Não quer falar da sua vida, certo?

— Certo.

Assim que terminei de falar, ele levantou e foi pro banheiro. Para minha frustração.

La putaWhere stories live. Discover now