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Senti duas mãos preencherem meus ombros e um corpo se instalar atrás de mim. Despertei-me de pensamentos distantes.
Me contorci, olhando de rabo de olho pra trás e suspirei. Vitor alisou meus ombros e afastou meu cabelo devagar. Mordisquei meu lábio inferior, nervosa.

— Olha Vitor, eu.. 

— Shiu..

Vitor me interrompeu, e encostou sua boca gelada no meu ouvido, enquanto descia suas mãos lentamente pelo meu corpo. Ele mordiscou a ponta do meu ouvido e eu me arrepiei por inteira.

— Só quero continuar o que começamos naquela cozinha. Não estou conseguindo parar de lembrar do prazer que você me deu.

Estremessi e ele apertou meu quadril, contraíndo seu pau por cima do meu vestido.

Engoli em seco e tentei novamente:

— Vi.. tor, eu estou no horário de..

— Shiu... calma, não quero atrapalhar seu trabalho, loira.

— Vitor, eu...

— Depois do expediente, me espera.

Cortou ele, por final, dando um beijo no meu pescoço e soltando meus quadris.

Queria dizer que não, que não ia fazer nada com ele mas ele tinha um poder de prazer sobre mim, me deixava super-excitada, eu o queria.

Por um impulso, assenti.
Vitor se direcionou á mesa novamente e se sentou. Ele me olhou com um sorrisinho e mumurrou:

— Pode ir, loira.

Eu não tinha o que falar. Minhas pernas estavam bambas. Dei passos largos até a porta, abri e sai. Do lado de fora, me reecostei na porta com as mãos na maçaneta ainda.

Que diabos está acontecendo com a minha vida?

Fiquei alguns minutos ali pensando no que tinha acabado de acontecer, ou melhor, no que ia acontecer depois dali. Me torturei um pouco mas logo, voltei a mim. Resolvi voltar ao trabalho, tinha uma noite longa pela frente. Assim que me desencostei da porta, uma mão puxou meu braço, segurando e apertando fortemente.

Santo Deus, hoje é o dia internacional do: segure meus braços e machuque?

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora