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Acordei com a porta do quarto batendo, não vi quem era mas fiquei furiosa. Um mal-humor horrível habitava em mim, e olha que eu nem havia me levantado ainda.

Respirei fundo e passei o olho no quarto. Não tinha ninguém. Me levantei, passando as mãos sobre o rosto e me espreguiçando.

— Papai do céu, por favor, me ajude a não matar ninguém hoje, quero ficar do seu ladinho se eu morrer. Amém!

Pedi, olhando o céu da janela. Em seguida, fui para o banheiro.

(...)

Mirela estava na sala conversando com Patrícia quando desci, ela era a única que aguentava essa chata.

Passei direto, não tava boa pra aguentar as piadinhas daquela bruxa hoje.

Cheguei na cozinha e Manu estava cozinhando, Paloma lavava alguns recipientes na pia, elas estavam rindo.

— Bom dia, grupo.

‎Brinquei, elas me olharam.

— Bom dia, pessoa que dorme pra caraio.

Cumprimentou Paloma.

— Bom dia, feia.

Respondeu Manu.

— Eu não sou feia, poxa. Sou uma dama, uma princesa.

Elas riram e assentiram.

— Dama da noite! Casa, comida e sexo. Xinga, bebe e transa.

Olhei pra ela com expressão séria e botei a mão na testa.

— É, fodeu.

Elas me olharam confusa.

— O que?

Perguntaram juntas.

— Não sou uma dama.

Elas me deram dedo e caímos na gargalhada.

Passei por elas dando um tapinha no bumbum de cada uma, sentei na mesa e fiquei pensando na vida. O relógio marcava 13:40h. Eu dormia demais mesmo.

Ouvi um estrondo vindo da sala e me assustei, parecia a porta. As meninas me olharam assustadas. Levantei da cadeira e corri até a porta da cozinha. Quando cheguei para virar em direção a sala, fui esbarrada com força, me desequilíbrei, caindo para trás. Duas mãos puxaram meu braço, me dando equilíbrio. Estremeci assim que vi as tatuagens nas mãos que me seguravam.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora