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— Por que você quer saber sobre isso?

Pego fazendo-me a mesma pergunta. Pisco os olhos, nervosa e suspiro.

— Eu. Eu. Só estou curiosa. Ele sumiu.

Minto. Minto descaradamente, Vitor continua me analisando com o olhar reprovativo.

— E por que você nota a ausência dele?

Me irrito na mesma hora e franzo o cenho.

— Oras, Vitor, era só uma pergunta! Não quer responder, não responda. Que caralho!

Gesticulando com as mãos, me desencosto da janela e saio andando até minha cama frustrada, dando as costas pra ele.

— Sábado.

A voz de Vitor soa falhada atrás de mim. Estremesso com a notícia.

— Estamos em que dia?

— Quinta.

Me viro. Ele, com expressão decepcionada ainda me encara. Eu não consigo controlar meu sorriso.

— Obrigada, Vitor. Mesmo!

Eu não queria admitir, mas o fato era que eu estava morrendo de saudades. Nada daquilo era explicável.

Dois dias, que passem voando!!!

— Ficou bastante feliz com a notícia.

Ele sussurou, e eu saí do transe. Estava pensantiva sem me dar conta. Balancei a cabeça e tentei disfarçar a felicidade.

— Estava pensando. Viajei sozinha.

— Sobre o que eu te falei do Gustavo?

Me sento na cama.

— Sim. Quer dizer, não exatamente. Estava pensando na boate hoje. Muito trabalho e..

— O que vocês tem?

Vitor havia me cortado e junto, meu ar tinha ido todo embora. Minha expressão nervosa me denunciou.

— O que?

— Você ouviu.

— Quem?

— Não se faz.

— Eu não sei do que você está falando.

— Eu estava na duvida mas você me deu o trunfo agora. Qual é, Gabi? Você foge de mim, eu vi vocês trancados no quarto, vocês subindo pro terraço, seu rosto vermelho no dia que ele viajou e o jeito como ele está tratando a Júlia.

— Que jeito?

Pergunto desesperada.

— Tá vendo?

As palavras desapareceram. Quando faço mensão de responde-lo, Paloma entra com tudo no quarto resmungando. Ela vai até sua cama e se deita, pega o seu edredom e olha em nossa direção.

— Vocês dois são uns filhos da puta, e eu espero que ardam no inferno.

— Olha o respeito com seu chefe, garota!

Vitor diz, cruzando os braços. Ela se levanta novamente e vai até bem próximo dele, Paloma inclina os pés, tentando ficar da altura dele e aponta o dedo indicador em seu rosto.

— Desde que você entrou de amiguinho e participou das palhaçadas daquela diabinha ali, ó, você perdeu o respeito de todas nós. Agora somos igual, chefinho.

Ele sorri, e aproxima mais o rosto deles.

— Se você continuar sendo sexy desse jeito eu juro que não respondo por mim e te agarro. Mulheres que apontam o dedo desse jeito na minha cara, eu não resisto.

Na mesma hora, Paloma cora.

Ela ficou com vergonha? aaaa

Ela soca o ombro dele e grita, se afastando:

— Imbecil.

Eu solto algumas gargalhadas enquanto Vitor caminha até a porta. Ele chega até lá e se vira, encarando Paloma.

— A propósito, você tá muito gostosa nesse baby doll, que ruiva, que bunda!

Mais uma vez, solto outra gargalhada, dizendo:

— Ei, eu estou aqui. Me respeitem!

— Você pode participar também, bebê.

Paloma arremessa um sapato nele e ele se esquiva.

— Nossa bebê, gostei. Quanto mais agressiva melhor, mais tarde a gente conversa.

Dito isso, ele sai do quarto, rindo.
Olho pra cara dela e nós duas caímos na risada.

(....)
Depois de um tempo conversando com Paloma no quarto, ela volta a dormir e eu descido sair dali.

La putaWhere stories live. Discover now