52

55.5K 3.6K 137
                                    

Ficamos um bom tempo repassando tudo o que tinha para fazer. Gustavo, Vitória e Vitor sumiram, não apareceram pra perturbar em nenhum momento. Eu estava agradecendo a Deus por isso.

Por volta das nove horas da noite, a recepção começou.

(...)

— Gabriela, pode começar á servir o salão principal. Já tem bastante gente.

‎Paloma avisou, me apontando as bandejas encima do carrinho.

Assenti e fui até elas, respirando fundo. Eu estava uma pilha de nervos. Na bancada, peguei a bandeja de canapés. Saí da cozinha e comecei meu circuíto. Primeiro pelas pessoas que estavam localizadas no sofá, logo, segui para porta e depois para os que estavam na varanda. Sorrindo, eu oferecia gentilmente, falando o nome e saía.

Avistei Gustavo parado conversando com uma mulher. Apertei os olhos e aquele rosto não me era estranho. Fui chegando mais perto, enquanto servia. A menina abraçou Gustavo e virou o rosto. Levei um susto, era a menina que havia levado um tapa no rosto, bem aqui nesse apartamento. Ele abraçou ela de volta e os dois ficaram assim.

Balancei minha cabeça, me desprendendo dali e voltei a servir sem me aproximar deles.

Dava para eu não ter nenhum tipo de proximidade com Gustavo essa noite. Havia mais três meninas rodando o salão com as bandejas. Era possível. Agradeci mais uma vez a Deus por isso.

Terminei de servir tudo que havia na bandeja e voltei á cozinha, rapidamente. Cida, a senhora que nos atendeu, já havia preparado minha segunda bandeja, agora, com bebidas.

Peguei e saí da cozinha novamente, começando á servir. Olhei para onde Gustavo estava com a mulher mas não os vi. Comecei a analisar o salão e eles também não estavam.

Ótimo, que vão para o inferno.

Me livrei dos pensamentos e fui fazendo meu percurso. Os convidados eram todos muito refinados e educados. Alguns, nariz em pé mas não tinha tido nenhum problema.

Esvaziei minha bandeja e voltei a cozinha. Chegando lá, não havia ninguém. Passei os olhos pela bancada e não tinha mais bandeja.

— Cida?

Gritei, tentando olhar por ali. Ninguém respondeu.

— Puta merda, como vou servir?

Resmunguei, batendo a bandeja vazia na coxa.

Resolvi procurar e fiquei caçando por toda parte. Não achei nada.

— Oh inferno!

Falei em um tom alto.

Na mesma hora, ouvi barulhos de ponta de salto. Me virei, olhando para trás e vi a mulher com quem Gustavo estava abraçado.

Ela me encarou de cima á baixo, colocando as mãos sobre a cintura. Encarei de volta, e torci o nariz, frazindo o cenho.

La putaWhere stories live. Discover now