45

56.7K 3.8K 288
                                    

Descidi não esquentar minha cabeça e dei de ombros.

— Vai rebola, minha dona, e vai descendo até embaixo ao som do pancadão!!!!

Gritei, provocando.

Ela semi-serrou os olhos e me encarou, encarei-a de volta e sorri de lado.

— Garota, voc..

— Gabriela, Patrícia, Manuela e Paloma, a comida tá pronta!

Mirela berrou da cozinha, interrompendo o que ela ia falar.

Levantei, rebolando. Fui caminhando em direção a cozinha e quando cheguei perto do sofá de Patrícia, rebolei em sua direção. Se o olhar dela atirasse, eu estava mortinha.

Dei uma risada e fui para a cozinha.

As meninas logo desceram e nos sentamos sobre a mesa.

Mirela tirou uma torta de queijo do forno e meu estômago roncou bem forte.

— Que isso, Mirela, eu já disse que eu te amo?

Paloma berrou rindo e encarando a torta.

Todas nós soltamos uma risada.

— Mirelinha nem é gente, é anjo do céu.

Brincou Manu.

— Todas nós diremos amém à Mirela.

Falei, fazendo saldações com as mãos.

— Amém Mirela.

As meninas repetiram, menos Patrícia.

Mirela mandou um beijo no ar para nós e assoprou.

— Vamos comer logo. E em paz.

Patrícia disse, sem esboçar nenhum sorriso em seu rosto.

Ela estava me dando nos nervos. Que menina mais amarga. Chata.

— Vocês ouviram a dona da casa: vamos comer logo e em paz.

Repeti a frase, debochando.

As meninas caíram na risada.

Patrícia semi-serrou mais uma vez os olhos.

Ela bateu a mão na mesa e me encarou.

— Você é muito abusada.

Sorri.

— Mas cê jura, linda?

Debochei mais uma vez.

— Garot..

— Aí gente, chega, vamos comer, né? Comida.

Mirela interrompeu.

Ela calou na mesma hora e eu continuei encarando ela, com sorriso no rosto.

Todas se serviram e nós comemos. Não parei de debochar dela em nenhum segundo.

Quando terminamos, eu lavei as louças e guardei, depois me desloquei para sala.

Estava inquieta, um pouco nervosa, talvez muito. Olhei para o relógio da sala e suspirei pela milésima vez.

— Que horas eles vão chegar?

— Já devem estar chega..

Na mesma hora, Vitor abriu a porta da sala, logo em seguida, entrou Vitória e depois Gustavo.

Nossos olhos se encontraram, sem eu querer. Meu coração acelerou e eu desviei.

Encarei Vitória. Muito pelo contrário das outras vezes que há vi, agora, ela estava séria. Todos eles, na verdade, estavam de cara fechada.

As meninas estavam se entre-olhando, de bico fechado. Todo aquele silêncio aumentava mais o nervoso.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora