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Sohyun P.O.V.

Acordei com um feixe de luz me atingindo na altura dos meus olhos. Girei-me para o outro lado da cama, ficando de encontro com a parede de uma forma que o sol não alcançasse minhas vistas e cuidadosamente abri meus olhos enquanto me acostumava com a claridade. Estava confusa, não me lembrava de como havia parado na minha cama.

Ergui meu braço para a direção contrária da que eu estava em uma tentativa de alcançar meu celular, que se encontrava na mesa ao lado da cama onde dormia. Tateei toda a superfície a procura do aparelho e quando cheguei próximo a borda meus dedos entraram em contato com algo que definitivamente não era meu aparelho. Virei-me prontamente me deparando com um papel perfeitamente dobrado. Minha feição confusa se tornou presente. Algo no fundo dos meu pensamentos me dizia que era uma carta do meu admirador secreto, mas eu tentava me convencer de que não era, pois se fosse a teoria de que o autor das cartas é o Jimin se torna cada vez mais perto de ser verdade.

Sohyun pare de besteira, óbvio que não é nada demais – tentei me convencer.

Balancei a cabeça tentando desviar os pensamentos enquanto pegava a folha entre os dedos e a desdobrava. Logo aquela caricatura conhecida preencheu minha visão.

“Ganho vida ao vislumbrar os seus olhos brilhantes e singelos pequena Sohyun, são com eles que sonho todas as noites e aguardo para ver todas as manhãs. Os seus lindos olhos estrelados, com constelações registradas ao perpassar da íris e estrelas cadentes ao cerrá-los suavemente, eles me dispersam a todo momento, eles fazem com que eu não consiga pensar em mais ninguém.”

Fiquei estupefata, não sabia como reagir a tamanhos elogios. Li e o pequeno texto no mínimo cinco vezes e tudo que se voltava aos meus pensamentos era como ele terminava, meu admirador parecia realmente gostar de mim.

Logo ao final da folha tinha um desenho, eram a representação de estrelas com um fundo azulado. Estampei um sorriso nos lábios ao analisar a carta novamente. A levei de encontro com meu peito, abraçando-a. Sempre que recebia as cartas tinha uma certa dúvida de quem as escrevia, tudo naquele momento indicava que era Jimin o autor das cartas. A aproximação repentina, o nosso quase beijo... Mas porque ele não tem coragem de me dizer o que sente? Jimin não era tímido neste ponto.

Dobrei novamente a carta e a coloquei na minha caixa de desenhos. Ela estaria bem escondida lá, já que ninguém além de mim tem acesso a ela. Tentei parar de pensar no texto enquanto me dirigia até a cozinha, precisava comer alguma coisa.

A casa estava silenciosa, parecia que todos dormiam. Verifiquei as horas e ainda era bem cedo, não passava das oito horas. Segui até a geladeira a procura de alguma fruta quando encontrei um bilhete fixado na mesma.

"Bom dia filhos! Fui acompanhar sua mãe na feira nacional de jardinagem. Voltamos antes do almoço. Amo vocês!"

Sorri ao reconhecer a caligrafia do meu pai, os dois passavam tanto tempo no escritório que sempre procuravam fazer algo juntos nos fins de semana.

Abri a geladeira e comecei a procurar algo para comer. Revirei todos os potes e não encontrava nada, foi quando em um deslize acabei deixando um dos recipientes ir ao chão, reproduzindo um barulho alto que foi ecoado por toda a casa.

— Merda – iniciei a recolher os restos de comida que se encontravam despejados ao chão.

Estas coisas só acontecem comigo, eu sou muito desastrada.

— Hyun? Está acordada? – escutei a voz abafada do Taehyung vindo do lado de fora do cômodo.

Me virei para a porta, o garoto me encarava com os olhos quase se fechando devido ao sono enquanto organizava as mechas de cabelo.

Just one day × jjkWhere stories live. Discover now