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ei meus amores!
boa leitura 💙

Narrador P.O.V.

Taehyung estava inquieto, mal conseguia ficar com as cobertas cobrindo todo seu corpo pelos movimentos bruscos que fazia sob o colchão, repassava o plano criado por Jungkook pela décima vez para que não fizesse nada de errado e estragasse tudo. Seria fácil, ele só tinha que fingir estar dormindo enquanto vigiava a porta do quarto de Namjoon e se caso o Kim aparecesse, ele deveria distraí-lo. E, em hipótese alguma, deixá-lo descer.

— Taehyung você consegue fazer isso! – ele cochichava para si mesmo em incentivo.

Tudo que ele precisava era ter calma, o Kim se conhecia bem o suficiente para saber que se ele entrasse em desespero iria fazer merda, por isso, ele recolheu o travesseiro que antes Jungkook utilizava para fingir que dormia e abraçou o mesmo, se acomodando da melhor forma que conseguiu no colchão macio, ele esvaziou os pensamentos e respirou fundo. Para as demais pessoas a sua tarefa poderia até parecer banal, e realmente era, mas ela deveria ser realizada com bastante meticulosidade, não tinha espaço para erros, o menor dos desvios já poderia causar um problema gigantesco.

Ao passar dos minutos, Taehyung conseguiu se acalmar, tudo corria como o planejado. Jungkook já tinha descido e Namjoon parecia dormir profundamente, só restava ao Kim ficar passando o tempo até que Jungkook voltasse sem dormir. O mais novo alegou que não demoraria e obviamente que Tae duvidou disso, já que, ele tinha plena noção de que ficaria ao menos uma hora plantado ali, mas não se importou muito com aquele fato.

Entretanto, o vigia estava morrendo de sono por causa do final de semana mais intenso do ano e como a última noite de sono dele havia sido no sofá, não demorou muito para que logos os pequenos cochilos se iniciassem. Começou com um piscar de olhos mais demorado, depois ele cochilou brevemente, até que já estava até mesmo roncando contra os travesseiros macios. "Alguns minutinhos não vão fazer mal" pensou antes de ser tomado pelo sono.

Os minutos se prolongaram sem que o vigia acordasse e após quase quarenta minutos, um barulho o despertou. Taehyung acordou assustado, rapidamente levando os olhos à escada, a qual sua atenção não tinha que ser quebrada para início de conversa, e ele não teve tempo nem mesmo para raciocinar, tudo que seu cérebro processava era "Namjoon, escada, vigiar, Jungkook, Sohyun" e assim que captou a imagem nítida do Kim mais velho coçando os olhos com um copo na mão, ele não pensou duas vezes antes de correr em sua direção. Ainda tomado pelo sono, Tae não tinha a visão nítida de nada que não fosse o seu alvo.

— Namjoon! – sua exclamação saiu rouca, sem intensidade – Pare aí.. – ele esticou os braços para agarrar o amigo.

Portanto, ele havia sim chegado até o amigo, mas sua visão prejudicada pelo sono não o ajudou muito, sendo assim, ao se jogar na direção a qual julgou que correspondesse ao Kim, errou alguns centímetros. As palmas de suas mãos tocaram levemente o corpo de Namjoon, mas não foi o suficiente para que ele conseguisse se apoiar e quando o garoto jogou todo o peso do corpo na intenção de parar o amigo, acabou tropeçando.

Namjoon não entendeu nada que acontecia, sua sonolência não permitiu que ele tivesse alguma reação imediata, tudo que ele sentiu foi um toque suave passando pelo seu braço, antes de visualizar um vulto indo ao chão, mas não parou por ali, o universitário estava na beirada da escada, sendo assim, o corpo que depois descobriu ser de Taehyung passou direto.

Os barulhos dos degraus envelhecidos indicou que algo rolava pela escada.

Tae só foi começar a entender o que estava acontecendo quando sentiu seu corpo rolar escada abaixo, o garoto tentou usar os braços para que pudesse parar, mas sua tentativa foi em vão e seu sofrimento só teve fim quando alcançou o piso do primeiro andar, caindo de frente. Sua primeira reação foi tentar se levantar, mas ao tentar mover o braço, sentiu uma dor absurda, seguida de uma leve queimação no seu braço direito, o que resultou em um choramingo antes que o garoto voltasse ao chão. Ele passou a segurar o choro, mas a dor estava tão intensa que não demorou para que logo estivesse derramando lágrimas no chão de madeira.

Just one day × jjkOnde as histórias ganham vida. Descobre agora