GOOD NIGHT ✿ JJK (Livro 1) |EM EDIÇÃO|

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Eu não me arrependia de ter beijado Jimin, na verdade, acho que venho ansiando por isso a algum tempo, ele sim parecia ser alguém decente, alguém que não brincaria com meus sentimentos.

Quando meus lábios deixam os de Jimin, sinto que não queria ter os deixado. Meu olhar se volta para Jungkook, ele está imóvel observando minha expressão vitoriosa. Eu nunca fui o tipo de garota vingativa, talvez ainda não fosse, quer dizer, pra mim isso não foi vingança, foi impulso por arrependimento, eu estava arrependida por ter me apaixonando por Jungkook.

- Bom, se já acabaram eu preciso me preparar, tenho uma competição pra ganhar. - Jungkook tira a chave do carro de seu bolso e olha uma última vez em meus olhos e diz antes de sair como se nada houvesse acontecido - Obrigado.

Obrigado? Eu acabei de beija o melhor amigo dele e ele diz obrigado? Que tipo de gostar foi aquele que ele disse estar sentindo? Eu me recuso a acr3ditar que era realmente um jogo, por que ele faria isso? Por que jogaria esse tipo de jogo com a garota menos popular e atraente deste campus? Por que ele partiria meu coração em mil pedaços? O que eu fiz pra ele?

- Yeon, eu... - Jimin começa e o paro imediatamente.

- Desculpa Jimin, me desculpa mesmo. Sei que sou uma idiota e prometo que isso nunca mais vai acontecer. - Não quero chorar, não na frente de Jimin - Eu preciso ir embora.

- Yeon! - Sinto meu corpo tremer quando ele me chama e coloca a mão em meu rosto, o acariciando - Eu quero que isso volte a acontecer, quero que me beije de novo, quero beijar você quantas vezes eu quiser. Eu gosto de você Yeon, e quero que goste de mim também.

Estas palavras, estas palavras doces que me deixam nauseada e quebram o chão que está abaixo de mim, não quero acreditar que Jimin gosta desta garota, esta garota que mudou completamente em menos de dois meses, esta garota que sou eu.

Não posso iludir ele, não posso dizer que não me sinto atraída por ele, mas não posso negar que minha atração por Jungkook é ainda maior, e sendo assim, sei que se Jungkook voltasse agora e pedisse para que eu esquecesse tudo o que aconteceu, eu esqueceria, eu escolheria ele ao invés do lindo e doce homem a minha frente agora.

- Não posso. - Digo, minha voz sai baixa, como se não fosse isso que eu realmente quisesse dizer - Gosto dele Jimin, e não quero machucar você. Desculpe pelo beijo, eu só... fui idiota demais. Perdão.

Antes que ele possa me parar com suas palavras mais uma vez, ando em direção à qualquer lugar, sem rumo, sem certeza de para onde eu deveria ir depois de perceber que meu, odeio admitir isso, meu primeiro amor acabou de dizer que sou parte de um jogo ridículo pra ele, que não importo em sentido nenhum pra ele, mas, por algum motivo não me sinto tão mal, é como se chorar não fosse necessário agora.

Sigo meu caminho para onde quer que eu esteja indo, talvez para um café fora do campus ou para aquele restaurante perto do prédio azul em que as pessoas insistem em colocar seus nomes nas árvores do parque ao lado. Sempre que passo pelo parque perto deste restaurante, me deparo com alguns casais gravando seus nomes com giletes nas árvores, ele gravam sempre um amor eterno, para sempre ou até mesmo Por toda a eternidade, não acredito que isso exista, nunca vi alguém ficar junto até o fim de tudo, pelo menos não até o fim de suas miseráveis vidas.

- Yeon? - Escuto uma voz não familiar me chamar, opto por não dar a mínima e continuar meu percurso, até alguém entrar na minha frente, um garoto - Achei que esse fosse o seu nome.

Analiso ele de cima a baixo e percebo que já o vi antes, é o garoto que vi no turfe antes, se não me engano ele se chama Jason.

- Jason? - Falo como uma pergunta.

- Sim, Jason Clark, um grande amigo do seu namorado. - Penso em dizer que Jungkook não é meu namorado, mas não sei se devo fazer isso - Onde está indo?

- A lugar nenhum.

- Sabe que seu namorado vai competir amanhã não sabe? - Balanço a cabeça em positivo mesmo que a palavra namorado me incomode um pouco - Então, não quero que leve isso para o lado pessoal, ok?

- Do que está falando?

- Bom, não é nada com você querida, só não queremos mais ter problemas com aquele capitão metido.

Rapidamente um tecido com um cheiro forte é pressionado contra o meu nariz, me debato tentando segurar a respiração, mas no meio do desespero é impossível. Como o esperado, meus olhos perdem sua utilidade fazendo com que tudo embasse e se transforme de pressa em uma escuridão. Estou dopada. Estou inconsciente.