GOOD NIGHT ✿ JJK (Livro 1) |EM EDIÇÃO|

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Jungkook olha para trás e eu para trás dele, quando nossos olhos encontram Moon Bin, engulo em seco e sinto Jungkook ficar ofegante.

Como ele chegou aqui?

- Bin? - Não tiro os olhos dele, que parece incomodado mas sorri quando digo o nome dele - O que está fazendo aqui?

- Eu trouxe ele. - Wendy diz andando até nós, ela segura minha mão e me puxa para um abraço falando em meu ouvido - Desculpe, mas eu precisava muito fazer isso, não posso desperdiçar nenhum segundo.

- Tudo bem. - Digo para que somente ela possa ouvir.

( • • • )

Desde que chegou, Moon Bin não disse nada, apenas ficou olhando para o céu e para a água do mar, em silêncio profundo ele me lançava alguns poucos olhares, como se estivesse querendo dizer algo.

- Quero mostrar o seu quarto. - Jungkook diz levantando da areia - Já está tarde e amanhã vamos fazer várias coisas.

- Ok. - Digo e levanto, mas Bin segura minha mão e levanta também olhando para a areia - Você está bem?

- Sim, eu só... preciso conversar com você. - Quando as palavras dele saem da sua boca, Jungkook se põe entre nós, ficando de frente para ele.

- Vai magoar ela de novo? - Jungkook pergunta e fico em silêncio, esperando ansiosamente a resposta do meu irmão mais novo.

- Eu não sou você! - Bin responde.

- Engraçado, ontem me pareceu que eu era o mocinho e você o vilão. - Jeon retruca e vejo Bin fechar os punhos com força.

- Tudo bem garotos, eu sei me cuidar sozinha e não estou magoada com o Bin, obrigada por tentar me proteger Jungkook. - Digo e lanço um sorriso a ele - Eu já volto.

Seguro o pulso de Moon Bin e andamos pela areia até estarmos um pouco afastados de onde estávamos. Seus olhos estão voltados para baixo e suas mãos estão em seus bolsos, a expressão dolorosa dele está me matando, não quero mais ter que passar por isso, essa tensão entre nós é horrível e tudo que eu mais quero é que sejamos como antes.

Quando crianças éramos unidos, tão unidos que não fazíamos nada separados, ele era a única pessoa que eu tinha na vida, e eu sempre agradeci por isso, nas noites frias ele me abraçava e quando não tínhamos muito para comer, ele sempre queria compartilhar o que tinha comigo, mesmo que fosse pouco, ele me protegia dos pais dele e todas as noites me dava boa noite, isso fazia com que eu me sentisse parte de algo, pra nós, crianças órfãs, um boa noite é a coisa mais importante que se pode ter, pois tínhamos a esperança de acordar no outro dia, e descobrir que todo o nosso sofrimento, não passou de um pesadelo.

- Então... - Falamos juntos e nos olhamos.

- Pode falar. - Digo.

- Não, você ia dizer algo primeiro. - Ele diz e o silêncio se instala por alguns segundos entre nós.

- Eu... - Falamos juntos outra vez e nos olhando por alguns segundos, caímos na gargalhada.

A risada dele é doce e sincera, como sempre foi, a tensão entre nós se dissolve e paramos de andar, quando nossos olhos se encontram eu sinto uma imensa vontade de chorar. Por que estamos assim? Quando isso começou? Por que essa distância entre nós?