Casada Com Um Psicopata (Série Mentes Insanas - Livro 1)

CAPÍTULO 1

Estava ansiosa pela chegada dele e era a terceira vez na mesma noite antes do jantar que eu olhava pela janela do meu quarto que tinha a vista perfeita para o jardim e entrada da minha casa.

Já estavam quase todos presentes na enorme mesa da sala mas eu apenas conseguia andar de lado para o outro do quarto estalando os dedos e roendo as unhas.

O que será que ele iria me trazer dessa vez?

Sorri só de imaginar aquele sorriso lindo e contagiante surgir na minha mente e os seus lábios rosados encostarem na minha testa, mas o seu perfume viciante era o que mais me atraía e anunciava a sua presença mesmo sem nem ainda tê-lo visto chegar.

Apenas saí das minhas fantasias quando alguém bateu na porta, era o meu pai.

     - Não vai descer? - Perguntou ríspido fechando a porta atrás de si. - Estão todos te esperando.

Todos não.

Philipe Helthon mais conhecido por amor da minha vida ainda não havia chegado e isso já estava me deixando ligeiramente preocupada embora ainda fosse muito cedo.

     - Já estou indo papai... Estou só... - Pensei numa desculpa. - Terminando a maquiagem.

Vi-o suspirar e caminhar até mim impaciente, por muitas vezes me questionei se a festa de noivado era dele ou minha.

     - Você não está pensando em desistir, está? - Questionou segurando o meu braço com força

     - Claro que não, porquê eu...

     - Perfeito, é bom que seja inteligente e não cometa esse erro. - Soltou o meu braço que agora tinha a marca dos seus dedos. - Você tem cinco minutos e nada mais!

Apertei o celular em minhas mãos e mordi o lábio tentando me acalmar, não havia necessidade de ele continuar agindo assim e ele sabia disso, a muito tempo que eu havia aceitado a decisão dele de me casar com Philipe, filho de empresário sócio do meu pai.

Inicialmente a ideia não me agradou e durante muito tempo eu vivi ignorando as investidas de Philipe para me conquistar por mais que ele fosse lindo e educado para mim.

Eu simplesmente parecia enxergar naquela altura algo de ruim em relação a ele mas com o passar do tempo mudei completamente os meus pensamentos e decidi que iria ser feliz com ele.

Até porque além de ser atraente, Philipe também era o único garoto que o meu pai deixava que eu conversasse ou que se tornasse meu amigo, ele sempre fora um garoto de poucas palavras e muito misterioso na maioria das vezes, mas era isso que me fazia ter tanta curiosidade em saber mais sobre ele e de estar com ele.

A sua forma de demonstrar carinho sobre mim era única e muita das vezes autoritária, mas esse era o seu jeito e certamante posso aprender a lidar com isso para toda a vida.

Olhei para a janela pela última vez e sorri alegre quando vi o seu carro se aproximar, reconhecia aquele carro a metros de distância.

Ajeitei o vestido, passei mais um pouco de batom e finalmente saí do meu quarto descendo as escadas em direção à sala, realmente já estavam todos presentes.

Papai, Thomás meu irmão mais velho, senhor Helthon pai do Philipe e algumas outras pessoas que eu não conhecia, com certeza alguns sócios e amigos do meu pai.

Os olhos de Thomás rapidamente caíram em mim e ele se aproximou sorrindo, ele estava lindo num terno preto e o cabelo bagunçado como sempre.

     - O seu noivo finalmente desistiu dessa ideia ridícula? - Fuzilei-o com o olhar, Thomás e Philipe nunca se deram bem desde pequenos e maior parte das brigas eram por minha causa.

     - Engraçadinho... - Respondi sem tirar os olhos da porta de entrada, Thomás pareceu notar e suspirou.

     - Sabe que ainda vai a tempo de desistir, não sabe Meg? - Já não estava gostando do rumo dessa conversa. Eu amava muito o Thomás e agradecia muito o seu carinho e cuidado sobre mim, mas ele deveria saber que já estava na hora de me deixar tomar as minhas próprias decisões.

     - Thomás por favor, já conversamos sobre isso. A sua implicância pelo Philipe não vai me impedir de ser feliz e viver a minha vida ao lado dele. - Thomás colocou as mãos nos bolsos

     - Eu apenas estou dizendo que... - Só pude escutar até ali quando um dos empregados abriu a porta e de lá surgiu Philipe.

Vestia um terno preto parecido com o de todos os homens presentes na sala, uma camisa social por baixo e as suas mãos seguravam algumas flores vermelhas.

Eu estava mais do que hipnotizada olhando cumprimentar as pessoas por onde passava até os seus lindos olhos azuis finalmente pousarem mim. O seu olhar era intenso e fixo, muitas das vezes sentia que ele podia desvendar todos os meus pensamentos apenas quando me olhava dessa forma, era intimidador, mas eu adorava, me sentia protegida e desejada por ele.

     - Está linda, Megan. - A sua voz grossa disse próxima ao meu ouvido, me arrepiei apenas por tê-la escutado.

     - Obrigada. - Tinha a cabeça baixa e evitava olhar nos seus olhos, sabia que ele iria notar o meu nervosismo assim que me olhasse nos olhos.

     - Olhe para mim! - A frase soou mais como uma ordem do que um pedido, rapidamente obedeci. - Olhe sempre nos meus olhos quando eu falar com você, entendeu?

     - Sim... - Respondi envergonhada

Ele pareceu relaxar depois de escutar a minha resposta e estendeu as flores que trazia na mão para mim, um sorriso ladino surgiu nos seus lábios e rapidamente me contagiou. Segurei-as com as mãos tremulas e agradeci em voz baixa, como ele conseguia ser tão carinhoso?

Apenas me lembrei que Thomás ainda estava do meu lado quando o escutei dizer algo como: "Que palhaçada" e se afastar a passos largos.

     - Desculpa pelo meu irmão, ele ainda não aceitou a minha decisão.

     - Mais cedo ou mais tarde terá que aceitar. - Philipe pousou as suas duas mãos nos meus ombros e beijou a minha testa num beijo delicado e longo. Tenho a certeza que eu estava corada porque sentia o meu rosto aquecer.

Meu deus, como eu conseguia ficar nervosa apenas com um simples beijo na testa? Devo estar fazendo uma figura patética diante de Philipe.

O seu polegar contornou a linha dos meus lábios lentamente e o seu olhar estava preso ao meu de uma forma incrível, tão incrível que era impossível eu conseguir olhar para qualquer outro lado que não fosse pra ele.

     - Mal posso esperar pelo nosso casamento. - Sorriu ladino

Pensei numa resposta adequada mas nada me ocorreu, por isso apenas me limitei a sorrir envergonhada.

Realmente eu também estava ansiosa pelo nosso casamento, era tudo o que eu mais queria agora. Aos dez anos me recusei a aceitar que estava prometida a ele, mas só agora vejo o quão idiota eu estava sendo.

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AVISO

Sejam bem vindos ao meu primeiro livro da saga e quero que saiba que fico muito feliz em ter você como leitora.

Mas antes que continuem, gostaria de avisar desde já que se não gosta ou é sensível a temas como relacionamento abusivo, estupro, violência doméstica, morte, violência e agressão, eu pesso gentilmente que POR FAVOR NÃO CONTINUE!

A minha única intenção aqui é que vocês entendam a mensagem que eu quis passar que é o fato de Psicopatas também podem amar. Quero avisar também que em nenhum momento eu estive de acordo com o comportamentos dos meus personagens ou insentivei tais comportamentos!

Desculpem se pareci grosseira mas eu realmente preciso fazer isso a fim de evitar certos comentários.

Sintam-se a vontade para comentar e votar (se quiserem) mas infelizmente não posso agradar a todos. Lembrando que: O fato de eu escrever sobre um certo tema mais pesado, não significa que eu o estou romantizando!

Se quiser continuar, seja bem vinda, se não quiser, obrigada por ter lido até aqui.

Obgada pela atenção!♡